Salvar a Europa

O senescente Mário Soares e um senhor que foi director-geral desse organismo inútil, chupista e politicamente correcto chamado UNESCO, publicaram um livro em associação e disseram, em entrevista ao 'Público', que "só os povos, não os políticos, podem salvar a Europa". No caso de Soares, que passou todo o seu tempo no poder a escavacar a "pesada herança" do antigo regime, a lixar a vida aos portugueses e a comprometer Portugal com a Europa da pior forma possível, esta afirmação ganha um significado especialmente perverso. Quanto aos europeus lúcidos, já há muito tempo perceberam que não podem esperar nada de bom vindo da classe política instalada, no que diz respeito à protecção das identidades nacionais e à defesa do continente contra os vários inimigos que o ameaçam de fora e por dentro. Pelo contrário: só podem temer tudo de mau.

Vox Populi

Ouvido hoje, num restaurante do centro de Lisboa:

Primeiro amigo: "E tu, és contra ou a favor nisto do aborto?"
Segundo amigo: "Sou a favor do aborto, mas do aborto retroactivo. Olha, e começava já pelos nossos políticos, os ministros primeiro."

Pausa musical

Roxy Music, «Do the Strand». Sim, Bryan!

Urânio «bom» e urânio «mau»

Suponho que o urânio aqui referido seja «bom», porque controlado por Israel, e que o o urânio do Irão seja «mau», porque escapa ao controlo da «democracia» do Médio Oriente.

Sócrates por Nilton

«Ou tem pais ricos, ou ganhou a lotaria... ou foi ao PS.»

A batalha pelo Futuro trava-se aqui:

Junta a Tua à nossa voz!

Os anões

Repararam com são pequeninas, minúsculas de mesquinhez, ressabiamento e ignorância, as "personalidades" convidadas a comentar os 'Grandes Portugueses'? Apenas se salvaram Ricardo Araújo Pereira, pelo sentido de humor, e José Hermano Saraiva, pela dignidade. O resto, só anões e anãs, portugueses rasteiros.

Gato escondido com rabo de fora

Parece que Miguel Sousa Tavares, que não herdou o talento literário da mãe mas herdou o péssimo feitio do pai, "traduziu" nacos do livro 'Esta Noite a Liberdade', de Dominique Lapierre e Larry Collins, e encaixou-os no seu sucesso de vendas 'Equador'. Ele, que há tempos armou um banzé desalmado quando o grupo de teatro Fatias de Cá fez uma adaptação ao palco da dita obra sem lhe ter pedido autorização. Se a coisa se provar, será que a arrogante criatura continuará a pontificar como pseudo-consciência moral da nação, por escrito e por imagens, no semanário de maior tiragem e na televisão de maior audiência? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. De preferência, não "traduzidas" de outro lado.

Budapeste, 2006

Cinquenta anos depois, os húngaros levantam-se de novo, agora contra a repressão e a mentira do socialismo recauchutado.

A manchete da semana

Mostrada ontem, num jornal falso, por Jay Leno, no seu programa 'Tonight Show' na SIC Comédia: «Muçulmanos anunciam que se ofendem com tudo».

Budapeste, 1956

Há 50 anos, a revolta dos húngaros contra o jugo totalitário soviético. Como escreveu Giovanni Guareschi: «Os comunistas não comem criancinhas. Engolem povos inteiros».

Eles fazem o que querem

O governo de Israel admitiu pela primeira vez que usou bombas de fósforo contra o Hezbollah durante a recente invasão do Líbano, noticiou a BBC. Não foi dito quando, onde ou como os engenhos foram utilizados. Durante os combates no Verão, muitas pessoas, em especial médicos de hospitais no sul do Líbano, tinham dito que suspeitavam que algumas das queimaduras em civis haviam sido provocadas por bombas de fósforo. A Convenção de Genebra interdita o uso de fósforo branco como arma incendiária contra populações civis e em ataques aéreos contra forças militares em áreas civis. Mas Israel faz o que muito bem quer, fica impune e ninguém lhe pede contas ou chama à pedra. Seria anti-semitismo, e isso é que é inadmissível. Vão antes incomodar o Irão. Esse sim, é um perigo e não respeita nada nem ninguém.

Portugal é um país onde... (2)

... o ministro da Economia anuncia o "fim da crise" e poucos dias depois o governo sobe a electricidade mais de 15 por cento, um secretário de Estado diz que a culpa do aumento "é dos consumidores", o governo engasga-se, mete os pés pelas mãos e reduz o aumento da electricidade "apenas" para 6 por cento, e entretanto o Parlamento anuncia que vai fazer obras no valor de 3 milhões de euros enquanto se corta a torto e a direito, menos nos confortos e nas modernices dos senhores deputados.

Os nossos Heróis

Boa ideia, Mendo. Mas antes, a música: 'O Inventor'. «É muito provável que a riqueza do mundo/Esteja em Portugal»...

Ao Eurico de Barros

Na certeza de que apreciará e na esperança de que disserte sobre o tema, ajudando a reconstruir a memória dos anos 1980, a partir do seu ponto-de-vista, como aqui faz Humberto Nuno de Oliveira. Os mais novos agradecem.

Pró-vida

Activismo anti-aborto nos EUA: "Rock for Life". Inteligente, animado e eficaz. E por cá, vamos seguir este bom exemplo americano?

Madonna anti-aborto

Madonna pode andar agora a crucificar-se estilizadamente em concertos ao vivo e a aderir ao "Cabala chic", mas há 20 anos, em 1986, gravou esta canção anti-aborto, 'Papa Don't Preach', aplaudida e endossada nos EUA pelos movimentos pró-vida.

Portugal é um país onde...

... o ministro da Economia anuncia o "fim da crise" e poucos dias depois o governo sobe a electricidade mais de 15 por cento.

Duplicidade

Um grupo de pais que teme pela segurança dos seus filhos encerra a escola com um cadeado como forma de protesto, é acusado de praticar uma ilegalidade e vai lá logo a polícia rebentar com as correntes. Um grupo de "artistas" e de pândegos desocupados fecha-se num teatro municipal, é apaparicado pelos media, recebe a solidariedade da ministra da Cultura, e polícia para acabar com a ilegalidade, nem vê-la. De uma escola perigosa ao Teatro Rivoli vai, na verdade, uma grande distância, neste país de critérios dúplices.

História militar

Filme de propaganda alemão em francês, sobre um U-Boot em acção no Atlântico.

Será a extrema-direita?

Moshe Katzav, Presidente de Israel, arrisca entre 3 a 16 anos de prisão por violação, escutas ilegais, fraude e abuso de confiança, podendo perder o seu cargo se as acusações forem provadas. Mais uma conspiração anti-semita, sem dúvida.

Deixem-nos fugir, zurrou ele

A alimária que tem nome de gente e desempenha funções de gente, no caso de Inspector-Geral da Administração Interna, e que zurrou a um diário que as perseguições da polícia aos delinquentes não fazem sentido e potenciam os perigos, e que o mais sensato é deixá-los fugir se as transgressões não são graves, porque se capturam depois mais tarde, não estava mesmo a pedir que lhe fossem uns ladrões lá ao estábulo roubar a ração e as ferraduras, a ver se ele não escouceava pelos agentes da autoridade os irem apanhar, imediatamente e a toda a velocidade?

Ligações

Estive a actualizar as ligações, coisa que não era feita nesta casa há muito tempo. Inseri novos blogs que nos ligaram permanentemente e retirei alguns falecidos. Caso tenha escapado algum — o que aconteceu com certeza — por favor informem.

Os fabricantes de ameaças

A administração de George W. Bush e dos "neocons" vai ficar para a História como aquela que mais ameaças criou para os EUA e para o mundo, com a sua submissão cega aos interesses de Israel, a sua política impenitente e caninamente pró-judaica no Médio Oriente e a sua embusteira e sangrenta invasão do Iraque. Fabricou terroristas, causou a multiplicação do fundamentalismo islâmico e gerou uma hostilidade à América e ao Ocidente com dimensões nunca antes vistas, especialmente no mundo árabe. Agora, por causa da sua gebice política, de uma absoluta falta de visão diplomática e da sua arrogância e agressividade imperial, acaba de dar origem a uma Coreia do Norte nuclear, que poderá por sua vez fazer rebentar um gravíssimo conflito regional asiático. Como escreve Justin Raimondo sobre a desgraçada política externa dos EUA na sua coluna no 'site' www.antiwar.com :"estamos a colher o que semeámos - e transformámos o mundo num lugar muito menos seguro".

Mais uma do "serviço público" (3)

E se Salazar ganha o "Grandes Portugueses", o que fará a RTP? Anula a votação e finge que o programa nunca existiu?

Mais uma do "serviço público" (2)

A RTP já pôs o nome de Salazar (e o de Marcelo Caetano, que também tinha sido omitido) na lista de votação dos "Grandes Portugueses". Segundo o "serviço público", tratou-se de "uma falha". Pois, pois...

Mais uma do "serviço público"

Segundo noticiaram algumas gazetas, A RTP omitiu o nome do Professor Oliveira Salazar da lista de figuras nacionais para votação no novo programa "Grandes Portugueses", publicada no seu 'site'. Tendo em conta este saneamento demo-estalinista levado a cabo pela televisão dita "pública", o programa terá que passar a ser conhecido por "Grandes Portugueses, Menos Um dos Maiores".

Eleições na Bélgica

Um Bloco às direitas.

Assim se vê a força da TV?

Serei eu o único a estranhar o facto do Governo Civil e da Câmara Municipal de Lisboa, aparentemente uma capital europeia, terem autorizado o fecho durante horas a fio, no sábado, de uma das principais artérias da cidade - a Avenida da Liberdade -, para que um canal de televisão - a SIC - comemorasse o seu aniversário com uma interminável e auto-congratulatória pangaiada? Ou a força da TV é assim tanta em Portugal?

Mulheres de armas

E como me puxaram o dedo para o gatilho num comentário ao "post" do Victor aqui abaixo... eis «Chicks Who Love Guns»! (Os mais cinéfilos detectarão logo de onde é que estas imagens vieram).

Os tiros

Convém lembrar aos mais impressionáveis, aos mal informados e sobretudo aos jornalistas que gostam mais de carpir os criminosos do que atender às vítimas, que o «jovem» morto a tiro pela GNR há dias no Porto, na sequência de uma operação stop, tinha cadastro por tráfico de droga e por assalto; que houve uma perseguição de meia hora; e que os agentes só dispararam depois do carro não ter parado à ordem da GNR, passado vários sinais vermelhos, circulado em sentido proibido e ignorado vários avisos para que encostasse. A pontaria da GNR não terá sido a melhor e teria sido preferível que as balas atingissem os pneus do carro em vez do condutor. Mas ninguém pode negar que os disparos foram perfeitamente legítimos. Ou queriam que os agentes da autoridade envolvidos na perseguição pegassem num altifalante para avisar os perseguidos e pedir licença, porque tinham que fazer fogo?

O regresso do Rei

E já que se andou a falar de reis... eis um Rei incontestado. «Stand, men of the West!».

A pior educação

Quando olho para o estado da educação em Portugal, quando vejo os constantes e crescentes protestos por causa da educação, quando ouço a ministra da Educação, lembro-me sempre do falecido e saudoso professor Orlando Vitorino. Quando se candidatou sem sucesso à Presidência da República nos anos 80 e lhe perguntaram qual seria a sua solução para melhorar o funcionamento do ministério da Educação, respondeu: «Um fósforo».

A citação do dia

«Um facto sumamente grave preocupava no entanto a atenção dos que isoladamente contemplavam a integral concatenação dos acontecimentos. Esse facto era a decomposição da sociedade, lentamente, surdamente, progressivamente contaminada pela mansa e sinuosa corrupção política. Quantos sintomas inquietantes! a indisciplina geral, o progressivo rebaixamento dos caracteres, a desqualificação do mérito, o descomedimento das ambições, o espírito de insubordinação, a decadência mental da imprensa, a pusilanimidade da opinião, o rareamento dos homens modelares, o abastardamento das letras, a anarquia da arte, o desgosto do trabalho, a irreligião e, finalmente, a pavorosa inconsciência do povo.»

Ramalho Ortigão, in «Rei D. Carlos-O Martirizado»

Alameda Digital

A imprensa no nosso país é o que se sabe... valha-nos a internet! Espaço livre por excelência, é o local ideal para surgirem projectos interessantes de qualidade. É o caso da «Alameda Digital» que, depois de um número de lançamento, põe em linha o seu n.º 1. Vale a pena dar uma espreitadela.

A direita detergente

A nossa direitinha lava mais branco. Tão branco, que até compete com a esquerda na lavagem do passado. Hoje, no Panteão Nacional, com o "Alto Patrocínio" do Presidente da República (bem feita, que é para aprenderem a não votar!), vai haver uma grande sessão de homenagem ao general Humberto "Coca-Cola" Delgado, do qual a História oficial omite o passado de apoiante duraço e "ultra" do antigo regime (até esteve no Alcazar de Toledo após a vitória franquista, e disse certa vez a um visitante espanhol que achava o salazarismo "pouco fascista"), para salientar apenas o troca-tintas ideológico e "kamikaze" político que cuspiu no prato onde andou a comer anos e anos, e manter a todo o custo o polimento do conveniente mito do "sem medo". Pois a nossa direitinha "Omo" vai alinhar com a esquerda que estimulou, manipulou, apoiou e depois abandonou Humberto Delgado, mas despudorada e hipocritamente o celebra sempre que pode, e dedicar-lhe uma grande barrela... perdão, cerimónia, com apresentação, leitura de poemas e evocação de palavras do autor do "Manual da Legião Portuguesa" por actores e actrizes sortidos (o drama!), com uma discursata "do centenário" por Pacheco Pereira (a "cultura"!) e uma "actuação" do conhecido cantor antifascista Miguel Ângelo (o horror!). O que se segue para a nossa direita "Fairy Ultra"? Uma homenagem a Álvaro Cunhal nos Jerónimos?

Chegou o Outono

Keith Jarrett (piano), Jack DeJohnette (bateria) e Gary Peacock (contrabaixo) tocam "Les Feuilles Mortes" em Tóquio, em 1996. Música para este Outono que chega com chuva e vento. E folhas a cair das árvores.

Lexicografia

O Conselho Representativo das Associações Negras de França e o Movimento Contra o Racismo e pela Amizade Entre os Povos tentaram censurar a edição de 2007 do famoso dicionário "Petit Robert", pedindo a retirada do mercado dos 170 mil exemplares impressos. Motivo desta reivindicação sem precedentes em França: as definições de colonização («Valorização, exploração dos países tornados colónias») e do verbo colonizar («Colonizar um país para o valorizar, explorar as suas riquezas»), que segundo aquelas duas organizações apresentam a colonização «sob uma luz positiva». Os responsáveis pelo "Petit Robert" não cederam a esta exigência de censura politicamente correcta e responderam: «As definições dos lexicógrafos e linguistas profissionais não serão em nenhum caso ditadas por grupos de pressão, quaisquer que eles sejam». Uma pequena vitória dentro de um grande combate.

Nem dado

O "Expresso" oferece com pompa aos leitores este sábado uma edição em DVD miseravelmente trucidada do belo filme de Jane Campion "O Piano". Até um vendedor de DVD piratas tinha vergonha de pôr aquilo na sua banca na feira, mas parece que o "Expresso" tem menos consideração pelos seus leitores do que um candongueiro do audiovisual. É caso para dizer: nem dado.