Ninguém pára a recuperação da economia

Dos telejornais de hoje: "Preço da 'bica' pode chegar a um euro até ao final do ano".

Dúvidas

Serei eu o único português a não ter estados de alma, a não sentir suspense, a não ser percorrido por frémitos patrióticos, por causa da iminente ida de Mourinho para não sei que clube italiano, auferir não sei quantos milhões de euros por ano? E serei eu um mau português por isso?

Rodrigo Emílio — Presente!

Rodrigo Emílio

18 de Fevereiro de 1944 — 28 de Março de 2004

Eleições americanas

O ticket Obama/Clinton como nunca ninguém ainda o imaginou (exceptuando a Mad TV).

Está mesmo a pedi-las

Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), disse hoje ao DN, a propósito do triste episódio do telemóvel, da professora e da aluna ocorrido na Escola Carolina Michaelis, que "lidar com a indisciplina não é uma prioridade". Isto porque, segundo o dito senhor, "é mais importante reflectir sobre os factores que estão na origem destes comportamentos", que são "de natureza diversa: familiares, sociais, e também, sem dúvida de natureza política". Ou seja: não nos preocupemos em castigar os delinquentezinhos e delinquentezinhas, porque a culpa da violência, da indisciplina e da falta de respeito pelos professores nas escolas é da "sociedade", das "desigualdades", do "autoritarismo", do "sistema", quiçá ainda do "fascismo". Há professores que estão mesmo a pedir que os alunos lhes caiam em cima com toda a força.

A propósito de casamentos...

Chard comenta os casamentos homossexuais, as subsequentes adopções de criancinhas - e o que as pode esperar no futuro.

Distracções

Portugal deverá igualar a taxa europeia de incidência da tuberculose em três anos, passando dos actuais 25,7 para 18 casos por cem mil habitantes, anunciou hoje, Dia Mundial da Tuberculose, a Direcção-Geral da Saúde. Certamente por distracção, não foi referido que a doença estava praticamente erradicada no nosso país antes do 25 de Abril.

A boa escola

Ora aqui está o que se chama uma escola-modelo. (Rock'n'Roll High School, Allan Arkush).

A educação pelos astros

Uma senhora jornalista devota dos esoterismos e especialmente da astrologia, acaba de lançar um livro para ajudar os pais (e os adultos em geral) a melhor compreenderem e formarem os filhos (e a juventude em geral). É uma nova ideia, esta da aplicação da astrologia à educação e à pedagogia. Talvez se descubra agora que a lamentável cena do telemóvel entre professora e aluna na Escola Carolina Michaelis, se deveu ao facto da docente ser Touro e da discente ser Gémeos, e os nativos dos dois signos serem como cão e gato. E dado que os "peritos" do nosso Ministério da Educação estão sempre abertos a experiências e inovações, porque não usar o novo livro como inspiração e formar um Gabinete de Apoio Astrológico às escolas "problemáticas" e aos alunos "difíceis" e psicologica e socialmente "fragilizados", dirigido pela Maya ou pelo Professor Hórus?

Choque educativo

A cena chocante passada na Escola Carolina Michaelis, no Porto, ontem divulgada por todas as televisões, configura uma condenável atitude repressiva - quiçá mesmo fascizante - por parte da professora de Francês, que impediu à aluna o normal acesso às novas tecnologias e correu o risco de a fragilizar emocionalmente e traumatizar psicológicamente com a sua postura de confronto físico e verbal, em vez de optar pelas vias do diálogo democrático e da compreensão pedagógica. Foram assim contrariados todos os sãos princípios da "escola aberta" que forma para a cidadania e a liberdade, onde professor e aluno protagonizam uma relação de igual para igual, trocam experiências mutuamente enriquecedoras e libertadoras e aprendem um com o outro. Urge a abertura de um inquérito para decidir da punição da docente, obrigatoriamente severa e exemplar. Quanto à aluna, a oferta de apoio psicológico pelo tempo que se julgar necessário, a dispensa de frequência da aula de Francês pelo resto do ano seguida de passagem administrativa, e a colocação de 100 euros de saldo no telemóvel por parte da escola, deverão compensar os eventuais danos psico-emocionais sofridos. Serão ainda apresentadas desculpas formais aos seus encarregados de educação.

«A raça é uma questão que a nação não pode ignorar»

A frase que dá título a este post não é de Adolf Hitler, mas de Barack Obama, para espanto e revolta dos que hoje em dia proclamam a inexistência de raças humanas. Aquele que pretende ser o "primeiro presidente negro" dos EUA não esquece a importância da questão racial, quanto mais não seja porque, para além de ser impossível de ignorar, lhe ser nos tempos que correm muito favorável.

A cabeça na areia

Após uma visita à zona, Luís Filipe Menezes disse aos media que o problema da crescente insegurança e violência no concelho de Sintra tem a ver com o agravamento "das condições socio-económicas" do país. Mais um que mete a cabeça na areia, e não pronuncia sequer uma palavra sobre o facto do problema da crescente insegurança e violência no concelho de Sintra, e não apenas aí, ser uma consequência directa das políticas de imigração suicidas vigentes em Portugal. Ou não andassem "jovens" aos tiros em Rio de Mouro e a praticar a arte do carjacking na Grande Lisboa, brasileiros a assaltar estações de correio no Alentejo e romenos a roubar vivendas e aterrorizar os seus proprietários no Algarve.

Arthur C. Clarke (1917-2008)

Morreu o último grande nome da idade de ouro da literatura de ficção científica. Ficam aqui as reflexões feitas por Sir Arthur C. Clarke no dia do seu 90º aniversário - "as minhas 90 órbitas" -, no passado dia 16 de Dezembro, premonitoriamente rematadas com uma citação de um poema de Rudyard Kipling sobre o escritor e os seus leitores.

Leitura recomendada

Tudo o que nunca lerá na imprensa portuguesa sobre Hugo Chávez, as suas relações com os terroristas das FARC e o seu plano de destabilização da América Latina, à frente dos outros governantes radicais da região. Esqueça a Visão e a Sábado. Se há uma revista em português que merece ser lida todas as semanas, é a brasileira Veja.

A publicidade mais infeliz da semana

Lido num outdoor de promoção de uma bebida energética associada à Maratona de Lisboa: "Liberta o queniano que há em ti".

Abortos, furos e escritos

Como é contraditório este governo PS. Então a filosofia "No meu corpo mando eu!" vale para o aborto, mas já não vale para os piercings e para as tatuagens?

Tempos de Médici

Faz hoje 34 anos sobre o termo do mandato do General Emilio Garrastazu Médici, um dos maiores presidentes do Brasil moderno.
Foram cinco anos de renascimento imperial e afirmação da soberania do Brasil, durante os quais se deu o "Milagre Económico" (com um crescimento do PIB superior a 10%), se lançou os projectos Transamazônica e Ponte de Rio-Niterói, se acordou a construção da mega-barrragem de Itaipú, se criou o Plano de Intergração Social e o Programa de Assistência Rural (PRORURAL) que previa benefícios de aposentadoria a ampliação dos serviços de saúde atribuídos aos trabalhadores rurais. "Com Médici", confessou há anos um velho taxista negro do Rio, numa entrevista a uma cadeia de TV, "havia sempre feijão e arroz no prato do povo".
Foi também o tempo em que os terroristas urbanos de extrema-esquerda, Marighella e Lamarca, foram desratizados pelo DOI e em que a guerrilha comunista do Araguaya recebeu o golpe de misericórdia do Exército, sendo o Brasil o primeiro País da América Latina a desarticular a contra-insurgência marxista com o menor número de baixas inimigas e sem a carnificina espúria da Argentina.
Foi finalmente um tempo de democracia musculada, de propaganda patriótica (o incontornável slogan "Brasil, Ame-o ou Deixe-o", foi recentemente readaptado na campanha eleitoral de Sarkozy), de florescimento cultural e musical, de vitórias eleitorais da direitista ARENA sobre o MDB (situação que se inverteu com o sucessor de Médici) e de triunfos desportivos inesquecíveis, como a conquista do Campeonato do Mundo de Futebol, em 1970.
Cessando funções no auge da sua imensa popularidade, recusando uma emenda constitucional para se recandidatar e optando por um retiro para uma vida privada que viveu discreta e frugalmente até à sua morte, Médici contrasta na sua glória de César austero, com a corrupção desenfreada do governo Lula, capitaneada pelos ex-terroristas que sobreviveram à contra-insurgência, como os ex-ministros Genoíno e Dirceu, que aguardam julgamento no Supremo Tribunal federal.
Homenageando um grande amigo de Portugal, posta-se um vídeo da sua posse em 30 de Outubro de 1969.

Mansos, fraternos e iguais

Shimon Peres, o presidente da Pequena Democracia do Médio Oriente, disse ontem na abertura do Salão do Livro de Paris, boicotado por vários países árabes devido ao facto de Israel ser o país convidado este ano: "Se eles só boicotassem os livros, mas boicotam também os Dez Mandamentos, incluindo o que diz 'Não Matarás'". Também segundo Peres, ser judeu "é não querer dominar os outros e procurar a fraternidade e a igualdade entre os homens". Que o digam os palestinianos e todos os que habitam o gueto de Gaza, acostumados que estão ao rigoroso respeito pelo Sétimo Mandamento, às muitas manifestações de mansidão e às incessantes demonstrações de fraternidade e igualdade por parte da Pequena Democracia do Médio Oriente.

A pequena e exemplar democracia

O ministro da Segurança Pública da Pequena Democracia do Médio Oriente, vulgo Israel, ordenou a destruição da casa em Jerusalém da família do israelita árabe Alaa Abu Dhaim, que há dias matou oito estudantes no ataque a um seminário hebraico daquela cidade. A família de Dhaim será espoliada e expulsa, sem qualquer acusação ou julgamento. Mais um exemplo de procedimento democrático, exercício isento da justiça e anti-racismo da Pequena Democracia do Médio Oriente.

Grandes cartazes

Progressos

Portugal vai ter um Provedor do Trabalho Temporário, cargo a ser ocupado pelo intrépido Vitalino Canas. Portugal progride.

Uma solução para a insegurança

E porque não um BOPE português?

Não resistam

Relatava há pouco a televisão, que Sócrates disse num discurso no CCB que "os portugueses não podem resistir à mudança". Já parece aquele conselho que a PSP dá aos cidadãos se forem assaltados ou vítimas de carjacking: "nunca oferecer resistência".

O peso do passado

Corrijam-me se estou enganado e se a memória me trai, mas o ministro Santos Silva, que apareceu hoje nos telejornais a perorar sobre um protesto de professores, a dizer que estes não sabiam o que era "lutar contra o fascismo", a alardear os seus pergaminhos de combatente pela democracia em Portugal, contra o antigo regime e depois contra a "tentativa de instauração de um regime comunista", não pertenceu outrora ao MES, movimento cujas simpatias iam bem mais para os lados da "ditadura do proletariado" do que da democracia liberal?

A gargalhada da semana

Luís Filipe Menezes muito preocupado com as ameaças "ao espírito de Abril".

Não, senhor ministro

Ontem à noite, num programa de debate da RTP, o inefável ministro Rui Pereira mostrava-se muito preocupado em evitar que a polícia "violasse os direitos dos cidadãos". O ministro parece não ter reparado que os cidadãos estão infinitamente mais preocupados com as crescentes violações da sua segurança, da sua integridade física e da sua propriedade privada pelos criminosos.

Números redondos

Segundo o The Sunday Times, a inflação no Zimbabwe de Robert Mugabe já chegou aos 100 mil por cento. Mais uma proeza económica registada por um "paraíso" socialista africano.

Fidel no Além

Fidel Castro morre e chega ao Céu, mas não estava na lista. Assim, São Pedro manda-o para o Inferno. Quando chega lá, o Diabo em pessoa recebe-o e diz:
- Olá Fidel, sê bem-vindo. Eu estava à tua espera. Aqui, vais sentir-te em casa.
- Obrigado Satanás, mas passei primeiro pelo Céu e esqueci as minhas malas lá em cima.
- Não te preocupes. Vou enviar dois diabinhos para ir buscar as tuas coisas.
Os dois diabinhos chegam às portas do Céu, mas encontram-nas fechadas porque São Pedro tinha saído para almoçar.
- Olha, tá ali aquele barco... atravessamos o rio e apanhamos as malas sem perturbar ninguém, diz um diabinho para o colega.
Então, os dois diabinhos começam a remar em direcção à outra margem. Dois anjinhos que passavam por ali, ao verem os diabinhos, comentam um para o outro:
- Incrível, não faz nem dez minutos que o Fidel Castro está no Inferno e já temos balseros!!!

Não se assustem

A SIC Notícias acaba de noticiar que, há minutos, um segurança do Centro Comercial Colombo foi assassinado à facada por um delinquente. Não há motivo para alarme, é apenas mais um "caso pontual de violência", como diz o ministro Rui Pereira.

Pontapé no centro

Aquele rapaz Rui Marques, responsável pela fantochada do navio para Timor-Leste e irresponsável ex-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, anuncia agora a criação do MEP, ou Movimento Esperança Portugal, que quer ser partido, estar "ao centro do centro político, entre o PS e o PSD", e ser um espaço "de inclusão". De partidos estamos nós todos fartinhos, no pântano do centrão já andamos atolados há muito tempo, e quanto à "inclusão", estamos conversados com o lindo trabalho feito pelo Sr. Marques quando era comissário de imigrantes e minorias. Façam-me um favor e dêem-lhe mas é um pontapé no centro.

Raça de media

Um diário titulava hoje em primeira página, a propósito da notícia sobre um crime violento ocorrido na Grande Lisboa, que o caso tem um "suspeito branco". Pergunto-me se o suspeito fosse, por exemplo, negro, cigano ou asiático, o jornal teria referido a sua raça de forma tão clara e afirmativa. Estou mesmo a ouvir a conversa na redacção: "Uf, parece que o suspeito do assassínio é branco, podemos pôr na capa à vontade!".

Se o pão aumentar 50 por cento...

... vamos ter que começar a considerar alternativas destas.

Absurdo lisboeta (2)

Na Baixa, em frente aos Armazéns do Chiado, dois agentes da Polícia Municipal empoleirados em Segways. Lá que fazem vista, fazem, mas estes (caríssimos) veículos não são, decididamente, os mais recomendados para perseguir carteiristas ou outros delinquentes por aquelas ruas íngremes, com altos e baixos dignos de uma Montanha Russa, nem pelas vielas estreitinhas e esburacadas. É o "choque tecnológico" socretino na vertente absurda lisboeta, subsidiado pelas carteiras dos munícipes.