terça-feira, julho 29, 2008

A "indústria" de Salazar

A exploração além-túmulo da figura de Salazar prossegue. Agora foi a SIC a anunciar a minissérie A Vida Privada de Salazar. Soraia Chaves vai fazer o papel de uma das "amantes" de Salazar, e vai também "tirar a roupa". O actor Diogo Morgado, tão parecido com Salazar como Soraia Chaves com o general Humberto Delgado, interpretará o papel principal. (O Jantar das Quartas não conseguiu confirmar se é Catarina Furtado que irá personificar a D. Maria). Nuno Santos, director de programas da SIC, disse na apresentação que "o público não vai ficar indiferente a uma produção que mostra o lado íntimo da vida do ditador". Um "ditador" que continua a dar de trabalho e de comer a muita gente, mesmo depois de morto há quase 40 anos.

segunda-feira, julho 28, 2008

A Lisboa dos vândalos (3)


Os "desfavorecidos" da grande cidade desumanizada expressam radicalmente o seu protesto, e o seu desespero. Mais fotos aqui.

domingo, julho 27, 2008

Ainda a propósito de criminosos de guerra


Os media ocidentais, os políticos de Washington e os eurocratas de Bruxelas andam com a boca cheia do "monstro genocida" sérvio Radovan Karadzic, mas ninguém evoca, por exemplo, o nome de Nasir Oric, o comandante muçulmano bósnio de Srebrenica. Durante o conflito dos Balcãs, Oric fez um vídeo documentando as várias barbaridades cometidas pelas suas forças sobre populações sérvias de vilas dos arredores de Srebrenica - em grande parte idosos que se tinham recusado a abandonar as suas casas -, uma espécie de "Greatest Hits "genocida, como lhe chamou o jornalista canadiano Bill Schiller, que o viu na companhia do militar e sobre ele escreveu no jornal Toronto Star de 16 de Julho de 1995:

"On a cold and snowy night, I sat in his living room watching a shocking video version of what might had been called Nasir Oric's Greatest Hits. There were burning houses, dead bodies, severed heads, and people fleeing. Oric grinned throughout admiring his handiwork. 'We ambushed them,' he said when a number of dead Serbs appeared on the screen. The next sequence of dead bodies had been done in by explosives: 'We launched those guys to the moon,' he boasted. When a footage of a bullet-marked ghost town appeared without any visible bodies, Oric hastened to announce: 'We killed 114 Serbs there.' Later there were celebrations, with singers with wobbly voices chanting his praises."

Este vídeo foi também visto e referido pelo repórter John Pomfret, do The Washington Post, que o refere num perfil de Oric que escreveu para o seu jornal, no início de 1994: "Nasir Oric's war trophies don't line the wall of his comfortable apartment - one of the few with electricity in this besieged Muslim enclave stuck in the forbidding mountains of eastern Bosnia. They're on a videocassette tape: burned Serb houses and headless Serb men, their bodies crumpled in a pathetic heap. "We had to use cold weapons that night," Oric explains as scenes of dead men sliced by knives roll over his 21-inch Sony. "This is the house of a Serb named Ratso," he offers as the camera cuts to a burned-out ruin. "He killed two of my men, so we torched it. Tough luck." Reclining on an overstuffed couch, clothed head to toe in camouflage fatigues, a U.S. Army patch proudly displayed over his heart, Oric gives the impression of a lion in his den. For sure, the Muslim commander is the toughest guy in this town, which the U.N. Security Council has declared a protected "safe area."

Em 2006, Oric foi condenado a dois anos de prisão pelo Tribunal Criminal Internacional para a Antiga Jugoslávia, em Haia, por "não haver impedido a morte de cinco prisioneiros sérvios bósnios, e o tratamento violento de outros onze", entre 1992 e 1993. Foi absolvido das acusações de "destruição indiscriminada e de danos causados a infraestruturas civis para lá da necessidade militar imediata", por "falta de provas".

Nasir Oric vive hoje em Tuzla, onde é proprietário de um clube de fitness.

E depois o criminoso de guerra é o Karadzic...

- Número de iraquianos mortos desde a invasão e ocupação do Iraque: 1.245.538.
- Número de soldados americanos mortos desde a invasão e ocupação do Iraque: 4.124.

sábado, julho 26, 2008

No mesmo bolso


McCain ou Obama, tanto faz.

NObama' 08

sexta-feira, julho 25, 2008

Retrato nacional


Em "visita-relâmpago" a Portugal, o lateiro Hugo Chávez e os "armários" que lhe protegem a carcaça comportaram-se como se estivessem na Venezuela, como se viu na deslocação de "el presidente" à Fundação Mário Soares, mostrada pela televisão. Rua cortada e populares impedidos de circular, jornalistas empurrados e bloqueados, agentes da PSP humilhados pela arrogante legião de "seguranças" de Chávez, que deixou Soares à sua espera mais de uma hora, sentado à porta da chafarica (é no que dá ter "amigos" entre gente desta - e é bem feita). Um governo, um ex-Presidente da República e uma cidade de calças deitadas abaixo e de rabo para o ar por causa de um Tapioca com petróleo. O retrato de Portugal no início do século XXI.

quinta-feira, julho 24, 2008

A Lisboa dos vândalos (2)


Alívios da bexiga tristemente simbólicos.

A Lisboa dos vândalos


Estátua de Antero de Quental, no Jardim da Estrela, alvo de uma acção de "arte urbana".

'Come to Europe's West Coast!'

quarta-feira, julho 23, 2008

Laços (muito) estreitos

De visita a Israel, Barack Obama disse que pretendia estreitar os laços existentes entre os EUA e Israel. O quê, ainda mais?


Durante o ano fiscal de 2007, os EUA deram mais de 6.8 milhões de dólares por dia a Israel, e 300 mil dólares por dia aos Palestinianos.

O trambolho

Dos jornais: "Angola e Moçambique desvalorizam a cimeira da CPLP". Por uma vez, estou de acordo. Mas este trambolho da "lusofonia" serve, alguma vez serviu, para alguma coisa?

terça-feira, julho 22, 2008

Insegurança crescente em Lisboa

A minha mãe, uma senhora quase octogenária, foi alvo de uma tentativa de assalto na rua onde vive - Rua Latino Coelho, centro de Lisboa, zona do Saldanha, bairro normalíssimo de classe média -, às 10 da manhã de ontem. Seguia pelo passeio quando um carro potente, de vidros fumados, passou junto a ela e, lá de dentro, por um vidro apenas entreaberto, alguém disse: "Como vai, está boa? Como vão os filhos?".

A minha mãe não identificou o carro nem a voz, e como além de desconfiada e precavida, está a par das notícias de assaltos a idosos, respondeu que não estava a ver quem era e continuou a seguir o seu caminho. De dentro do carro, insistiram: "Não me diga que não me está a conhecer... Se se chegar aqui e entrar para o carro, vê logo quem é". Aí, a minha mãe já nem respondeu e seguiu direita para um hotel que há na rua, para estar junto de pessoas. Do carro, insistiram: "Vou ali parquear e a senhora vê logo quem sou". Por esta altura já a minha mãe estava à porta do hotel e o carro seguiu rua abaixo. É mais do que óbvio que os ocupantes andavam à procura de senhoras de idade incautas, que se chegam à beira do vidro para ver quem as está a interpelar, e ficam sem a carteira num abrir e fechar de olhos.

Chegada a casa, a minha mãe ligou para a esquadra da PSP mais próxima - situada na Avenida Miguel Bombarda -, comunicou o caso e aproveitou para perguntar porque é que não se tem visto polícia no bairro há muitos meses. Dantes, costumava inclusivamente haver sempre polícias de piquete às embaixadas da África do Sul e do Vaticano, situadas no eixo da Rua Latino Coelho com a Avenida Luís Bivar.

O agente, sempre muito simpático e prestável, assinale-se, pediu alguns segundos para consultar o mapa de rondas, e informou a minha mãe que, efectivamente, não havia policiamento no bairro "há bastante tempo", e que até os referidos polícias de serviço permanente às embaixadas haviam sido retirados. Ambas as coisas devidas "à falta de dinheiro". E mais disse: a própria esquadra do bairro de onde estava a falar vai fechar em breve. "E a quem recorremos quando acontecer alguma coisa grave aqui no bairro, ou for preciso polícia com urgência?", inquiriu a minha mãe. Resposta do agente: "Pois é, minha senhora... não sei o que lhe dizer. O que pode tentar é fazer um abaixo-assinado com mais pessoas do seu bairro, o maior número que puder juntar, e entregá-lo na Junta de Freguesia. De resto, não a posso ajudar com mais nada".

Curiosamente - ou talvez não - a falta de dinheiro para assegurar o policiamento regular do bairro onde a minha mãe mora parece não afectar a embaixada de Israel, situada na Rua António Enes. Certamente por se temer um ataque terrorista, ou talvez uma missão suicida de comandos iranianos, parte da António Enes está fechada com barreiras desde a fracassada invasão do Líbano pelos israelitas, faz agora dois anos, e há polícia pesadamente armada de guarda ao edifício, 24 horas sobre 24 horas.

Que Câmara Municipal é esta, que privilegia uma representação diplomática estrangeira com condições de segurança excepcionais, e deixa sem policiamento os moradores de um bairro inteiro, ignorando também outras embaixadas situadas nesta zona?

De certeza que se neste bairro residisse um membro do governo, estava a casa do dito guardada de sol a sol. Não há por aí um senhor ministro que queira vir para aqui morar? A zona é boa e sossegada. E era maneira de, pelo menos, a vizinhança ver polícia na rua todos os dias.

segunda-feira, julho 21, 2008

O estranho caso da celeridade camarária

Repararam na invugar rapidez com que o processo de decisão de entrega da Casa dos Bicos à Fundação José Saramago foi tratado e consumado? Até parece o título de um livro policial: O Estranho Caso da Celeridade Camarária. Não era bom que a Câmara Municipal de Lisboa de António Costa fosse assim tão célere a tratar todos os outros problemas que afligem os lisboetas, desde o licenciamento de obras até ao deficiente policiamento da cidade, passando pela limpeza das ruas, que estão cada vez mais imundas?

domingo, julho 20, 2008

O Portugal dos braços abertos

Título da Lusa: "Nova Lei da Imigração já permitiu legalizar 12 mil num ano".

O Portugal da retoma

Título do DN de hoje: "Classe média já pede comida por e-mail às misericórdias".

Para onde vai o nosso dinheirinho

Tendo a conta a forma acelerada como o Estado português, actualmente representado pelo governo de José Sócrates, está a esmifrar o contribuinte, o Jantar das Quartas inaugura hoje uma nova rubrica de utilidade pública, baptizada Para Onde Vai o Nosso Dinheirinho. Eis a primeira informação: o governo acaba de perdoar uma dívida de 22 milhões de euros a São Tomé e Príncipe.

sábado, julho 19, 2008

Alerta vermelho

Eu queria escrever um postal incendiário sobre os vergonhosos elogios de José Sócrates à cleptocracia angolana governada por José Eduardo dos Santos, e sobre a próxima visita a Portugal do alucinado lateiro Hugo Chávez. Mas como o calor me atirou ao tapete, fico-me por esta: o diabo que os carregue a todos!

quinta-feira, julho 17, 2008

A miséria

É um sinal significativo da miséria a que isto chegou, que a Câmara Municipal de Lisboa tenha cedido a Casa dos Bicos, monumento nacional, ao casal Saramago, defensor contumaz da união ibérica, para aí ser instalada a fundação privada do escrevinhador. E que isto se tenha passado sem uma tempestade de indignação pública, sem uma onda de protesto geral.

O verde depois do eléctrico


O Jantar das Quartas soube em rigoroso exclusivo, que além do carro eléctrico, o governo de José Sócrates está a preparar-se para anunciar o carro "verde", fruto de uma parceria entre o Ministério da Economia e Inovação, e o Ministério do Ambiente. Eis, também em rigoroso exclusivo, uma fotografia do ousado protótipo.

terça-feira, julho 15, 2008

Nem pio

Ainda não se ouviu o sempre tão pressuroso SOS Racismo pronunciar-se sobre os acontecimentos no bairro da Quinta da Fonte, onde parece que até já há arremedos de limpeza étnica. Será porque não divisaram nem traço dos "suspeitos do costume", e ficaram completamente desnorteados?

segunda-feira, julho 14, 2008

Antes o bacalhau que os Saramagos

António Costa, o presidente da Câmara de Lisboa cujos cidadãos só conseguem ver no programa Quadratura do Círculo, da SIC Notícias, pretende ceder a Casa dos Bicos à Fundação José Saramago. Se já é mau que um monumento nacional seja entregue de bandeja a uma instituição privada, pior ainda quando se trata da fundação de um escritor mais espanhol que português e que defende a união ibérica, presidida pela sua insofrível mulher, outra que também gostaria muito de ver Portugal sob o domínio de Espanha. Mal por mal, antes voltar a fazer da Casa dos Bicos o armazém de bacalhau que já foi em tempos idos e de desleixo, do que entregá-la a tal gente.

domingo, julho 13, 2008

A cabeça na areia

Neste caso dos tiroteios em Loures, nem o governo, nem as autarquias, nem os media, nem os "psicólogos sociais" - caso daquele inenarrável Dr. Soldado que tem assinatura para bolsar idiotices na SIC Notícias - se atrevem a falar no óbvio. Que na base de tais acontecimentos estão realidades incontornáveis como o ódio e as fricções raciais de longa data entre ciganos e africanos, a política de imigração de portas escancaradas e palmadinhas nas costas, e a naturalização de estrangeiros em sistema de bodo aos necessitados.
Não, o governo, as autarquias, os media e os "psicólogos sociais" preferem inventar mil razões mirabolantes para os acontecimentos, das mais hilariantes - a abundância de "armas ilegais" - às mais piedosas - a nossa velha amiga, a "exclusão social". Recusando-se a encarar a realidade com terror de serem considerados politicamente incorrectos e "xenófobos", fazem como a avestruz e enfiam a cabeça na areia bem fundo. (Antes de o fazer, governo e autarquias atiram uns milhares de euros para cima do problema - ontem foram mais 20 mil para curar a "delinquência juvenil" em Loures).
Quando os bairros "problemáticos" ficarem a ferro e fogo um dia destes, com a agudização da crise económica a apressar a explosão, e a violência passar da periferia de Lisboa para a cidade em si, talvez eles tirem a cabeça da areia e percebam o que fizeram, como foi incomensurável a sua estupidez, como foi miserável a sua condescendência, como foram suicidas as suas políticas. Mas será tarde demais.

Para o caso de ninguém ter reparado



Ron Paul sobre os mísseis iranianos, os jogos de guerra de Israel e o "agitar de sabres" em Washington.

sábado, julho 12, 2008

Revolucionário


O Jantar das Quartas revela, em exclusivo, uma imagem do carro eléctrico anunciado por José Sócrates.

sexta-feira, julho 11, 2008

Ao fundo, mas de iPhone


É o novíssimo gadget da moda, o mais recente troféu do novo-riquismo das telecomunicações 3G. O iPhone da Apple já está à venda em Portugal e custa entre 500 e 600 euros - o mais caro em toda a Europa. Ontem, houve filas em Lisboa e no Porto para admirar e comprar a novidade. Os pedidos de aparelhos recebidos pela Optimus e pela Vodafone já estarão perto das 50 mil unidades. E ainda falta a TMN. Pelintra e endividado, Portugal afunda-se cada vez mais no buraco da crise, mas vai todo contente, agarrado ao seu iPhone novo.

Trafulhas

Local: uma bomba da Galp algures em Lisboa, algumas horas depois de José Sócrates ter anunciado, no debate do Estado da Nação, a "Taxa Robin dos Bosques". Um funcionário da gasolineira mudava descaradamente a placa do preço da gasolina com chumbo 95, aumentando-o alguns cêntimos. A trafulhice começa em cima e acaba em baixo.

quinta-feira, julho 10, 2008

De pantanas

Debater o estado da Nação? Para quê? Qualquer pessoa que tenha que se levantar de manhã para ir trabalhar, ouça as notícias, abra a caixa do correio e veja as contas para pagar, almoce fora todos os dias, ponha gasolina no carro, tenha filhos a estudar, recorra ao sistema de saúde, vá fazer compras ao hipermercado ao fim-de-semana, veja os preços de tudo sempre a subir e o ordenado a ficar cada vez mais para trás, e precise de desenvolver dotes de contorcionismo contabilístico chegado o fim do mês, sabe, infinitamente melhor do que qualquer deputado, ministro, membro da nomenklatura ou que o "menino de ouro", qual é o estado da Nação.

quarta-feira, julho 09, 2008

O filho e o enteado

Então Telavive pode ter armamento nuclear que cobre não só todo o Médio Oriente como pode até alcançar a Europa, e Teerão não pode ter uns mísseis que chegam a Telavive?

terça-feira, julho 08, 2008

De Gaulle 1958

Descobri com grande agrado que está disponível em linha o grand débat, no verdadeiro sentido do termo, dedicado ao tema «De Gaulle 1958 : la grande méprise ?». Um programa do canal francês Histoire, muito bem conduzido pelo jornalista Vincent Hervouët, com os comentários de Eric Zemmour, do Figaro Magazine, e a presença dos convidados Lucien Neuwirth, Georges Fleury, Dominique Venner e Lucien Bitterlin, que viveram em lados distintos os acontecimentos de Maio de 1958, todos autores de obras sobre esse período.

Qualidade, seriedade, respeito, discussão de ideias e opiniões, conduzidas e comentadas por pessoas preparadas e conhecedoras. Um cenário bem diferente das imitações nacionais do tipo "prós e prós" ou "lado a lado".

A voir absolument !

segunda-feira, julho 07, 2008

Leituras

O novo "romance" de Margarida Rebelo Pinto, Português Suave, está à frente da biografia autorizada de José Sócrates no top de livros nacional. Mal por mal, os portugueses ainda preferem as histórias da carochinha da Margarida.

Cem mil

E assim como quem não quer a coisa, já tivemos 100 mil visitas. Muito obrigado pela preferência e continuem a aparecer.

sábado, julho 05, 2008

Puxar pela memória

Sempre que se fala no projecto do Museu Salazar, em Santa Comba Dão, a esquerda puxa logo da "memória". A dela, claro, a do "antifascismo". Um dos muitos problemas da esquerda portuguesa é que, entre outras coisas, julga que tem o exclusivo da memória histórica.

sexta-feira, julho 04, 2008

Libertados

Ingrid Betancourt revê os filhos após seis anos de cativeiro

Leio a notícia da operação de libertação de Ingrid Betancourt, a mais famosa dos 15 reféns resgatados pelo Exército Nacional Colombiano, entre os quais se incluía o luso-descendente Marc Gonsalves. Por momentos, parece que voltei aos romances da Guerra Fria da minha adolescência; o relato dá-nos conta de uma operação exemplar, onde nem uma gota de sangue foi derramada. É claro que o apoio americano, entre outros, contribuiu para este sucesso, mas a verdade é que é possível às autoridades afirmar que esta foi uma acção "100% colombiana".

Para além da satisfação óbvia pela libertação de reféns, está a derrota exemplar de um grupo terrorista que vive à custa de narco-traficantes e utiliza o rapto como forma de "luta política" (seria melhor dizer de subsistência). Dá-me real gozo ver o desabar das FARC (será por acaso que por acaso que rima com NARC?), organização sinistra, tanto do agrado dos comunistas europeus e convidados da festa do avante. Gosto de ver a demonstração de que situações destas não se resolvem com o diálogo, como quer a Esquerda, ou com apelos de semelhantes, como Chávez, mas pelo recurso às forças da ordem. Também dá que pensar as t-shirts com a imagem do Che Guevara usadas pelos infiltrados que levaram a cabo esta missão, tão em voga nos meios politicamente correctos do nosso continente. Para reflectir...

quinta-feira, julho 03, 2008

Outro que se ri


Quem se pode rir também é Joe Berardo. O seu Museu Colecção Berardo faz um ano a contabilizar um pouco mais de meio milhão de visitantes - se bem que com bilhetes de graça. Quem já não se rirá é o contribuinte, tenha ou não interesses culturais. O espaço do CCB - instituição pública, recorde-se - onde se encontra o Museu Berardo era o do antigo Centro de Exposições, pelo que os portugueses perderam um local onde chegavam do estrangeiro, anualmente, grandes exposições de artes plásticas e de fotografia, para ficarem com uma colecção de interesse e qualidade muito irregular, cheia de palha, tralha e de embustes de "arte" contemporânea. E como "não há almoços grátis", convém recordar que os visitantes do Museu Colecção Berardo que ficam todos contentes por o poderem percorrer à borla, e participarem hoje e amanhã na festa do primeiro aniversário sem pagarem um cêntimo, são os mesmos cujos impostos mantêm o CCB, agora sem Centro de Exposições, e o museu que o Estado deu de mão beijada ao muito risonho Joe Berardo.

quarta-feira, julho 02, 2008

Assim também eu rio...


Nós aqui cada vez mais aflitos, com uma mão à frente e outra atrás, e o governo socretino não só perdoa a dívida de Moçambique a Portugal (250 milhões de euros, coisa de somenos...), como ainda lhe atribui uma linha de crédito no valor de mais 100 milhões (uma ninharia...). Parece que temos que começar a pintar-nos de preto, e a invocar o estatuto de país altamente endividado, para que o governo socretino considere dar-nos algum alívio económico, e possamos rir como o membro da nomenklatura moçambicana da ilustração.

terça-feira, julho 01, 2008

Não é porreiro, pá!

Depois daqueles ingratos dos irlandeses, que morderam a mão que generosamente lhes deu tanto dinheirinho, agora é aquele perigoso conservador e direitista do Presidente da Polónia, Lech Kaczynski, que diz que não assinará o Tratado de Lisboa, por estar "sem substância" após o "não" da Irlanda. Mas que homem tão mau, tão mal-educado, que quer comprometer todo o esforço e toda a boa-vontade do nosso José Sócrates e do nosso Durão Barroso, e manchar o nome da nossa linda e buliçosa capital, que ficou associado ao documento para a posteridade! O presidente Kaczynski não é porreiro, pá! É feio! Merece é tau-tau! Muito tau-tau!