A Ambar acaba de editar o livro de Rochus Misch, «Eu fui guarda-costas de Hitler (1940-1945)». Não comento a obra, que ainda não li, mas este género de títulos dá-me sempre vontade de rir. Em Portugal, durante o PREC, um artista qualquer mandou a mulher às malvas e editou um livro fundamental: «Fui casado com uma PIDE». Dezenas de milhares de leitores compreenderam a desgraça do escriba. Se fosse com uma
companheira da clandestinidade, uma adúltera compulsiva ou até um travesti, ainda se admitia o matrimónio, agora com uma PIDE é que não.
Ideias para futuras edições da Ambar:
— Eu fui cozinheira de Hitler;
— Eu fui motorista de Hitler;
— Eu fui amante de Hitler*;
— Eu vi o Hitler uma vez na minha terra;
— Uma prima do meu padrasto conheceu o Hitler;
— Eu também fui nazi (até Abril de 1945).
* De sucesso garantido, sobretudo se escrito por um homem.