O padrinho

Primeiro Hugo Chávez, agora Robert Mugabe. A senescência deu em Mário Soares para apadrinhar ditadores terceiro-mundistas.

Vox Populi

Ouvido ontem, num comboio a caminho de Lisboa:

- Jovem executivo: "Acha que se o entrevistado fosse um figurão do PS, a SIC Notícias interrompia a emissão para fazer aquele directo do Mourinho?"
- Executivo de meia-idade: "Qual! Então com com o irmão do António Costa a mandar na chafarica da política... Não seja ingénuo, que não vai longe!"

Só para confirmar (2)

"A SIC Notícias entende que não faltou ao respeito a Pedro Santana Lopes", lê-se numa arrogante e sorna nota da direcção de informação do canal divulgada ainda agora. Pois a verdade é que o canal faltou ao respeito não só ao seu convidado Pedro Santana Lopes, ao interromper a entrevista que lhe estava a fazer para ir em directo cobrir uma não-notícia que era a chegada a Portugal de José Mourinho, como também aos certamente muitos telespectadores que queriam ouvir o que Santana tinha a dizer sobre a situação no PSD. E dizem eles repetidamente que nos querem "informar" e "prestar serviço".

Só para confirmar

O episódio da mal-educadíssima interrupção, na SIC Notícias, da entrevista a Pedro Santana Lopes, para que se pudesse fazer um "directo" da chegada à piolheira do deus do Olimpo futebolístico José Mourinho, é apenas mais uma confirmação de que aquele já foi um canal informativo sério e com a noção das proporções e o sentido das prioridades jornalísticas. Agora, não mais passa de mais um canal contaminado pela futebolite aguda que inquina Portugal, domina os media e envenena os portugueses.

Vox Populi

Conversa entre dois adolescentes no Metro:

Ele – Este ano tenho disciplinas muita maradas… como integração.
Ela – Pois é, eu também. O homem põe-se para lá a falar da sociedade…
Ele – Não se percebe nada.
Ela – Pois não, é como ele diz, é uma disciplina onde se fala de tudo e não se fala de nada.
Ele – Pois é.

Dinheiro para as seringas

Para além de legitimar o consumo de drogas nas prisões, privilegiar um grupo de prevaricadores, entre outros problemas, a distribuição gratuita de seringas levanta-me uma questão: de onde vem o dinheiro para esta benesse? Provavelmente da bela maquia poupada com o surto de prisões domiciliárias...

Já não se pode trabalhar em paz!

Uma manifestação recente da criminalidade pós-moderna no Brasil.

Cuidado, José...

Nestes últimos dias, Roman Abramovich, dono e presidente do Chelsea, o seu novo treinador Avram Grant e o director do clube Eugene Tenenbaum, devem contar-se entre as pessoas de quem mais cobras e lagartos se disseram em Londres, e especialmente na zona de Chelsea. José Mourinho que se acautele, ou dentro em pouco começam a acusá-lo de culpado de incitação ao «anti-semitismo».

Chinesices

O caso das lojas chinesas, do comércio chinês e de outras chinesices, não se resolve com a criação de 'Chinatowns' e outros guetos artificiais e ridículos. Resolve-se com a redução da imigração e com o controlo e a selecção rigorosa dos seus fluxos.

Entretanto, no Médio Oriente...

Tudo cada vez mais dramático no gueto da Faixa de Gaza criado por Israel, que agora, com o costumeiro apoio servil dos EUA, declarou a zona "hostil" e vai cortar o fornecimento de água, luz e combustível, bem como limitar (leia-se: ainda mais) o fornecimento de mercadorias e a circulação de pessoas. O director executivo, da ONG Oxfam Internacional, Jeremy Hobbs, já disse que a decisão israelita é uma "punição colectiva". Para a comunidade internacional, que não tuge nem muge perante tais arbitrariedades criminosas de Telavive, parece que há guetos "bons" (o de Gaza) e "maus" (o de Varsóvia).

Aquilino no Panteão...

Para quando a “Formiga Branca” como instituição de caridade pública, ou Afonso Costa Nobel da Paz?

Desporto Português (III)

Cozinhado (2)

Pressurosa e obediente, a "informação" do "serviço público" lá foi ouvir há bocado o inevitável professor Rosas e o imprescindível Mário Soares, em serviço de barrela à memória bombista, conspiradora e regicida de Aquilino Ribeiro.

Cozinhado

O carbonário e conspirador anti-monárquico Aquilino Ribeiro no Panteão Nacional, a poucos dias de mais um 5 de Outubro, e a escassos meses do centenário do regicídio, em que o escritor esteve indubitavelmente envolvido? Cheira a cozinhado da maçonaria a léguas de distância.

E depois do adeus?

Acho muito simpático todo este interesse e entusiasmo em redor da presença da Selecção Nacional de râguebi na Taça do Mundo, e da raça e conviccão patriótica que os jogadores têm demonstrado. Mas ou muito me engano, ou quando os rapazes voltarem para casa, o râguebi e os seus bons valores e exemplos serão instantaneamente esquecidos, e Portugal regressará à intensa e doentia monocultura do futebol.

Desporto governamental

Regressado de férias, José Sócrates dedicou-se de imediato à prática da sua modalidade favorita, o lançamento de computadores. E desta vez, foi acompanhado por metade do governo, que assistiu, enlevado, a mais esta proeza infodesportiva do seu líder.

Desporto lusófono

Criativo, Scolari combina modalidades e já joga ao futeboxe.

Comportamentos

Vou almoçar ao sítio do costume e o dono do restaurante pergunta-me, enquanto aponta com os olhos para o noticiário televisivo, se vi “aquela vergonha” ontem.

Respondo-lhe que não e digo-lhe, para seu espanto, que estive num sítio com comportamentos ainda piores — a reunião de condóminos.

O pior, mesmo, foi já terem acabado os filetes de peixe-galo. Pode ser a espetada de lulas...

Morder a língua

Deve-se este post a um comentário ao anterior. Parece que a selecção nacional de rugby também tem vários estrangeiros e, segundo me disse um amigo meu mais entendido na matéria, não é tão amadora como tem sido propagandeado nos media. Não quero desculpar-me, mas o reconhecimento do erro é-me exigido por mim próprio. A minha precipitação foi causada pela ignorância; não só desta equipa, mas também do próprio desporto, do qual mal arranho as regras e nunca vi um jogo inteiro.

Fui levado pela emoção daquele cantar do hino, já aqui saudado pelo Eurico, mas também pelo facto de o rugby no nosso país não estar (ainda) no estado do futebol — corrompido, politizado, comercializado.

Parece que, de aqui em diante, tenho que reduzir os elogios a alguns desportos individuais, já que os outros estão inevitavelmente condenados a servir de bandeiras politicamente correctas da “integração” e do “multiculturalismo”.

Desporto Português (II)

Desporto Português (I)

Kosovo

A trágica situação do Kosovo é pouco referida no nosso país, talvez porque para muitos se trata de algo "distante" e que "não nos diz respeito". Por isso, gostei de ler o que escreveu Bagão Félix no «Público» de hoje:

“(...) é difícil perceber a visão rígida, maniqueísta e de inspiração alemã de que, nos Balcãs, de um lado estão os sérvios sempre condenados, e do outro as restantes etnias da ex-Jugoslávia sempre acarinhadas.
O Kosovo independente por ter uma etnia albanesa e muçulmana predominante? Se sim, então porque não reclama a comunidade internacional a independência da
Tchetchénia ou a divisão da Bósnia entre muçulmanos, sérvios e croatas? A imposição feita à Sérvia do tipo "o vosso país entra na UE se aceitarem a independência do Kosovo" ou as declarações de Condoleezza Rice ("de uma forma ou outra, o Kosovo será independente") são impróprias de uma cultura democrática ocidental, traduzindo mesmo uma "chantagem indecente", para citar o primeiro-ministro sérvio Kostunica.
Utilizando lógica idêntica, é caso para se perguntar se a União teria o mesmo critério no que toca à Espanha face a uma hipotética independência do País Basco ou da Catalunha? E outros exemplos há nesta Europa de contradições em que ser pequeno ou grande faz toda a diferença. Ou porquê o silêncio total sobre o Tibete, este um caso indubitável de diferenciação nacional em relação ao potentado da China?”

O outro 11 de Setembro

Este é o nosso 11 de Setembro favorito: o de 1973, em Santiago do Chile, quando se deu o golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet, que derrubou o governo marxista suicida de Salvador Allende e impediu a guerra civil, a derrocada político-social e o caos económico, partindo as pernas e os braços ao PREC chileno. Foi há 34 anos. Viva este 11 de Setembro!

Milagres para todos

Este podia ser o título do e-mail circular que recebi, contento diversas imagens de publicidade aos milagreiros modernos. Seleccionei uma, dado referir-se a um caso passado no nosso país, para que quem não ande muito atento a estes fenómenos — como eu — tenha uma ideia do ridículo a que já se chegou, apesar de estarmos na tão apregoada “era da informação”.

Alegrai os vossos espíritos! O auto-denominado “profeta” Luís Cláudio proporciona, em Matosinhos, que todos os que quiserem “vejam e recebam o milagre das mãos de Deus”.

Desconfiados? O próprio assegura os seus préstimos divulgando um singular curriculum. Começa por assumir-se como “ex-travesti”, parece que continua a sê-lo, mas agora é travesti de profeta. Depois, “ex-presidiário”, algo que nos tempos que correm quase dava para ser governante, autarca, ou pelo menos dirigente desportivo. De seguida, “ex-bruxo”, quando o mais correcto devia ser “eis bruxo”. Para então revelar que é “ex-portador do vírus da Sida”, isto é, um acontecimento médico; não querendo ser chato, há actualmente testes mais credíveis que “curas divinas”. Por último, diz-se casado com mulher que não tinha útero. Pelo tempo verbal, dá a entender que esta já o tem... Não se espantem de no próximo folheto aparecer “ex-condenado por tráfico de órgãos”. A garantia do “milagre” está, ao que parece, nos “dois filhos” que anuncia. Serão perfilhados?

Quem me enviou este e-mail ironizava que “era mesmo isto que precisava”. Mais a sério, se é que é possível, parece que há muitos portugueses que acham precisar de “profetas” vindos da terra do pau-brasil e de “professores” e “mestres” da África subsariana. Se isto não é um sinal de decadência, um neo-primitivismo, o que é?

Nostalgia "western"

Vi no Festival de Veneza um western tão mau, tão chato, tão pretensioso e tão interminável sobre Jesse James, que me deu uma nostalgia dos tempos em que havia séries western como esta na televisão, que nos colavam ao ecrã durante meia hora e deixavam a pedir mais quando acabavam. E tínhamos que esperar uma semana inteira para ver o próximo episódio. Já agora: Bonanza tem andado a passar na RTP Memória, tal como outra série de cowboys que também teve muito sucesso por cá no seu tempo, High Chaparral.

Hino

Não sei se viram ontem os jogadores da selecção nacional de râguebi a cantar o Hino Nacional antes do jogo com a Escócia, para a Taça do Mundo. Mas foi o único momento de emoção e de consolo que tive num dia de cansativo e atribulado regresso do estrangeiro.

Feito em cacos

Um dos debates do momento em Itàlia tem a ver com os chamados "lavadores de vidros" e começou em Florença. Os lavadores de vidros sao imigrantes ilegais, na grande maioria romenos, que estao junto dos semàforos das ruas e avenidas das grandes cidade italianas, à espera que o vermelho caia para limparem os pàra-brisas dos carros, estejam sujos ou nao. O problema é que muitos deles "limpam" também carteiras, objectos pessoais e compras a condutores mais idosos ou a senhoras, pois estao organizados em "gangs" controlados pelas respectivas mafias. O centro-direita italiano pede "tolerancia zero" para com os lavadores de vidros, tenham ou nao cometido roubos. O governo socialista e a esquerda moderada dividem-se entre adeptos desta medida mais dura e "humanitàrios" que se opoem à repressao. Quanto à esquerda radical, mandou fazer t-shirts com "slogans" de protesto contra a situaçao dos imigrantes ilegais e a sua "exploraçao", e anda a distribui-los aos lavadores de vidros para eles os usarem, enquanto aproveita para exigir a legalizaçao maciça dos "sem-papéis". Estes rapazes sao iguais em toda a parte, nao sao? Querem é ver tudo feito em cacos.