quinta-feira, novembro 29, 2007
A verdadeira cara
Os acontecimentos, os comentários e as notícias e artigos nos media em redor do debate sobre os limites da liberdade de expressão, que levou esta semana dois "malditos", o historiador David Irving e Nick Griffin, líder do BNP, à Sociedade de Debates da Universidade de Oxford, demonstram à saciedade que a queda da URSS e o desaparecimento da ameaça comunista levaram as "democracias" ocidentais a mostrar a sua verdadeira e feia cara, sob a máscara tolerante das "liberdades" e da "igualdade": é a cara do estalinismo. E já nem a liberal Grã-Bretanha escapa aos seus tiques, esgares e linguajar.
Uma colecção exemplar
Como os livros nunca são a mais, e já que estamos com a mão na massa, recomenda-se também a nova colecção História de Portugal-Guerras e Campanhas Militares, uma colaboração da Academia Portuguesa da História e da Quidnovi. Já estão nas livrarias quatro volumes: A Definição das Fronteiras-1096/1297, de Margarida Garcez Ventura; Aljubarrota-Crónica dos Anos de Brasa-1383/1385, de Luís Miguel Duarte; O Sonho da União Ibérica:Guerra Luso-Castelhana-1475/1479, de Manuela Mendonça; e Guerra Peninsular-1801/1814, de António Pedro Vicente (na imagem). São títulos sucintos, muito informativos, portáteis e o preço é uma agradável surpresa: 4,90 euros (4,41 na FNAC e El Corte Inglés). Um bom exemplo para as editoras maiores e careiras.
terça-feira, novembro 27, 2007
Para a colecção
Também carota (10 euros, 9 na FNAC), mas irresistível, é a edição fac-símilada da Mensagem, de Fernando Pessoa, pela Parceria AM Pereira. Podemos assim lê-la tal e qual foi editada "durante o mês de Outubro do anno de 1934, da era do Christo de Nazareth". Pormenor: na página 1, reproduz-se a dedicatória de Pessoa ao editor António Maria Pereira. É de colecção, e dá um belo presente de Natal
O maneta sai caro
Como é possível que o novo livro de Vasco Pulido Valente, Ir Pró Maneta, fino de cento e poucas páginas, numa edição vulgaríssima, custe 17 euros (15.30 na FNAC e El Corte Inglés)? Há hardcovers ingleses, americanos ou espanhóis ao mesmo preço ou até mais baratos, e com apresentação superior. Num país civilizado e "europeu" a sério, este livro seria editado em formato de bolso e custaria um punhado de euros. Além de se ler pouco e mal em Portugal, a leitura é estupidamente cara.
segunda-feira, novembro 26, 2007
domingo, novembro 25, 2007
A demolição
Vasco Pulido Valente reduziu a pó o banhudo Rio das Flores do petulante e malcriado Tareco Júnior, ao longo de quatro demolidoras páginas do Público de ontem. Só que ao Tareco Júnior sucede exactamente o mesmo que ao José Erva Daninha Nobel, com alguns extras. As massas que emprenham pelos ouvidos e pelos olhos o marketing massacrante da editora, a lisonja crónica dos media e a pinta de Casanova viajado do "autor", mais os leitores de um só livro por ano, as tiaças tontas e as groupies iletradas do "Miguel", compram sem atender a mais nada. Mesmo que não passem da página 14 e o tijolo vá ganhar pó e fazer peso para uma prateleira.
sexta-feira, novembro 23, 2007
quinta-feira, novembro 22, 2007
quarta-feira, novembro 21, 2007
O circo desceu à cidade
Depois de Hugo Chávez, seguem-se Khadafi com a sua tenda GT e pelotão de guarda-costas femininas, e Robert Mugabe. Estamos transformados no Circo Cardinali da diplomacia internacional, com homens das forças fala-baratos, palhaços ricos decadentes e gorilas velhos.
Gases
Segundo as notícias, e graças a um acordo assinado ontem entre a Galp Energia e a Petróleos da Venezuela, Portugal deixa de ficar dependente da Nigéria em relação ao gás natural, para ficar a depender da Venezuela. Ora vejam lá que bom, hein? Pelo menos, gás quente é coisa que não falta a Hugo Chávez.
terça-feira, novembro 20, 2007
Contágios
Iriam comer, ou deixariam a vossa família comer, num restaurante onde o cozinheiro fosse tuberculoso? Claro que não. Exactamente pelas mesmas razões que não o fariam num restaurante onde o cozinheiro fosse HIV positivo. O resto, mais do que politicamente correcto, é demagogia e inconsciência.
segunda-feira, novembro 19, 2007
Até Franco ressuscitou...
Furioso com a legalização dos casamentos gay e outras poucas-vergonhas zapateristas, Franco deixou o repouso eterno para vir dizer das boas.
domingo, novembro 18, 2007
Inspector Estaline
A ASAE, que já tinha fechado o Galeto, fechou agora a Ginjinha do Rossio. Qual será a próxima vítima? O cacau da Ribeira? A Pastelaria Nacional? Os Pastéis de Belém? Cuidado, os estalinistas da higiene andam aí e querem privar-nos de todo e qualquer prazer gustativo, sobretudo se for tradicional.
quinta-feira, novembro 15, 2007
Estado rosa
Das gazetas e agências: "O Estado espanhol vai indemnizar todas as pessoas que foram perseguidas durante o franquismo pela sua orientação e identidade sexual". A proposta foi da Esquerda Unida, tem o apoio do PSOE e já há uma verba de dois milhões de euros destinada ao efeito no Orçamento Geral de Estado. Qualquer maricón que ouviu uma chufa numa rua de uma cidade ou vila espanhola quando Franco estava vivo, qualquer sapatona frustrada, qualquer mutante recalcado, vai agora arvorar-se em vítima de "perseguição sexual fascista" e reivindicar a sua quota parte de euros. Não são só os "vermelhos" que andam a esfregar as mãos de contentamento em Espanha. Agora são também os "rosas". E imaginem a quantidade de espertalhões e espertalhonas que vão fingir que sempre andaram em contramão sexual mas tiveram medo de o dizer para não levarem chanfalhadas da Guardia Civil, ou foram impedidos pela intolerância franquista de deixarem de ser Pacos e passarem a assumir-se como Carmens, para abicharem uma gorda indemnização. Mas porque é que a ETA não aparece quando é realmente precisa?
El-Rei D. João II
Uma biografia à altura daquele que foi o maior Rei de Portugal. No tempo em que os portugueses eram poucos, mas como escreveu Garcia de Resende, foram capazes "de grandes cousas", governados e inspirados por este homem "airoso e de tanta gravidade e autoridade, que ante todos era logo conhecido por rei", "que mandava todos e ninguém mandava nele".
quarta-feira, novembro 14, 2007
Português... de ouvido
O jogador de futebol Pepe, convocado por Scolari para a Selecção Nacional, assegurou que, se for chamado à equipa, saberá cantar o Hino Nacional, porque tem uma namorada portuguesa. Este, além de português de secretaria, também é português... de ouvido.
terça-feira, novembro 13, 2007
segunda-feira, novembro 12, 2007
Claramente ingrata
De santanete entusiástica, imediatamente recompensada com a direcção da Casa Fernando Pessoa, Clara Ferreira Alves passou agora a dizer cobras e lagartos de Pedro Santana Lopes, como se viu e ouviu no último programa Eixo do Mal da SIC Notícias. Dado que em Portugal estas punhaladas nas costas compensam, a ingrata caprichosa vai agora ser a câmara de eco de Mário Soares no programa de conversa fiada que o "serviço público" está a preparar para ele. O castigo da Clarinha vai ser aturar o Bochechas a dizer bem do Hugo Chávez vezes sem conta.
domingo, novembro 11, 2007
E viva o Rei!
Das gazetas e agências: «Rei Juan Carlos de Espanha manda calar Hugo Chávez na Cimeira Ibero-Americana».
sexta-feira, novembro 09, 2007
Sociedade do espectáculo
Mesmo decadente, ainda prefiro o Parque Mayer ao Parlamento, as momices do roliço actor Fernando Mendes às piadolas do esticadinho ministro Silva Pereira.
quinta-feira, novembro 08, 2007
A Itália reage
Na sequência do brutal assassínio de uma mulher em Roma por um imigrante ilegal romeno, a Itália começou a deportar clandestinos vindos da Roménia que se aglomeram em bairros da lata improvisados em várias cidades. As expulsões não estão confinadas a Roma, havendo também notícia da destruição de aglomerados semelhantes e da expulsão de ilegais romenos em Florença, Génova, Turim, Bolonha e Milão. O governo italiano aprovou legislação de emergência que permite a deportação expedita de imigrantes com cadastro. O primeiro-ministro italiano, o socialista Romano Prodi, sublinhou a necessidade e a pertinência de tais medidas. Entretanto, a opinião pública italiana ficou siderada quando o chefe da polícia romena, Georghe Popa, declarou a um jornal: "Desde que a Roménia entrou na União Europeia, os roubos, a violência e os roubos por esticão diminuíram 26 por cento". Ou seja, a absurda abertura da UE a Leste parece ter tido como principal consequência a "exportação" do crime para Ocidente. Grande parte dos media europeus têm feito o seu melhor para ignorar ou minimizar as deportações dos ilegais romenos em Itália, talvez pelo facto de Prodi ser um homem de esquerda. Se Silvio Berlusconi ainda estivesse no poder e estas medidas tivessem sido tomadas sob a sua tutela, os uivos de protesto e as acusações de "racismo" e de "xenofobia" ter-se-iam ouvido nos Urais, e a cobertura mediática teria sido bem diferente. Mas o verdadeiro teste será quando, além dos romenos, dos ciganos e outros indesejáveis de Leste, começarem também a ser apanhados por esta nova legislação os imigrantes ilegais africanos envolvidos no crime organizado, envolvendo a falsificação de documentos, o tráfico de droga ou os roubos e a violência de gangs. E em Portugal, será que só se vai começar a reagir como em Itália quando for tarde demais? Ou mesmo nunca?
quarta-feira, novembro 07, 2007
terça-feira, novembro 06, 2007
Mas ao menos é independente...
A primeira reportagem veio há semanas numa grande revista de informação americana, e a confirmação surgiu numa reportagem passada na SIC, na semana passada: a Guiné-Bissau está transformada "no primeiro narcoestado do continente africano".
segunda-feira, novembro 05, 2007
domingo, novembro 04, 2007
Escritores e "inquiridores"
Está no livro Purga em Angola, de Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus, agora publicado pela ASA. Em Angola, em 1977, durante as sangrentas purgas que o MPLA levou a cabo após o falhado "golpe dos nitistas" de 27 de Maio, o escritor Pepetela, Prémio Camões em 1997, era "inquiridor principal" da sugestivamente denominada Comissão das Lágrimas (que, pelos métodos que se podem imaginar, determinava quem seria "purgado") e era muito temido pelo seu «registo particularmente agressivo». Outros dois escritores, tal como Pepetela muito celebrados em Portugal pelos seus livros e pelo seu currículo de "luta anticolonalista", foram, a exemplo daquele, "inquiridores" da dita comissão: Luandino Vieira e Manuel Rui. Apoiado pelas tropas cubanas, mandava na altura em Angola e no MPLA, Agostinho Neto, poeta, médico e "grande humanista", como me lembro de lhe chamarem por cá. Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus sublinham ainda no seu livro que «as atrocidades cometidas no Chile de Pinochet assumem modestas proporções, se comparadas com o que se passou na Angola de 1977». Com a colaboração militante, "agressiva", purificadora, destes escritores que Portugal apaparica, elogia e premeia.