quarta-feira, abril 30, 2008
Portugal inova mais uma vez e cria uma nova modalidade de desporto radical: assalto a esquadras só com um polícia lá dentro. Tá-se bem, sôr ministro, iá!
terça-feira, abril 29, 2008
segunda-feira, abril 28, 2008
Sem perdão em Gaza
Israel continua, todos os dias, a matar impunemente palestinianos, entre os quais muitas crianças, no gueto de Gaza. Para estes, não há pedidos de desculpa. Nem memoriais. Já imaginaram o pé-de-vento global, a indignação que iria por esse globo, se fosse ao contrário, se fossem judeus cercados, sem luz, água, comida e combustíveis, e a morrer violentamente todos os dias?
sábado, abril 26, 2008
O pior do 25 de Abril
E o vencedor é... o "serviço público" de televisão, que se esmerou a canonizar o infrequentável José Afonso nos dois canais, e a apresentar o espectáculo hilariante da "brigada do reumático" dos baladeiros abrileiros em patética romagem vocal às cantilenas do tempo do "povo-unido-jamais-será-vencido".
quinta-feira, abril 24, 2008
quarta-feira, abril 23, 2008
terça-feira, abril 22, 2008
O tal memorial
As vítimas profissionais levaram a sua avante e já têm, no Largo de São Domingos, em Lisboa, pago pelos munícipes, um "conjunto escultórico" que evoca um «massacre» de contabilidade muito incerta e contornos muito esbatidos, ocorrido há 500 anos em Lisboa. Numa das peças do tal conjunto, afirma-se Lisboa como "cidade cosmopolita, multiétnica e multicultural". Isto embora o prefixo "multi" e o conceito de "mistura" não sejam nada do agrado dos muito exclusivos, e muito enturmados, monopolistas do sofrimento. Noutra peça do comovente ensemble, reproduz-se o texto do pedido de perdão público que no mesmo lugar foi pronunciado pelo cardeal patriarca de Lisboa, em nome da igreja Católica, em Setembro de 2000. Perante tão piedoso exemplo de "arte pública" moldado pela má consciência, este lisboeta que abaixo se assina, comunica que não se sente culpado de nada por retroactividade, e que não alinha em actos de contrição sob intimidação politicamente correcta. E deplora os serviçais camarários, da hierarquia católica ou da política, que fazem questão de dobrar a espinha toda perante os mistificadores da História, intolerantes milenares e afoitos genocidas de palestinianos, mas que não se cansam de pregar a "tolerância" e a "reconciliação" para consumo exterior.
O tele-'diseur'
Momento surrealista-hilariante do dia televisivo: Mário Crespo, o pivô-canastrão e pompous ass por excelência, a ler um poema de Paulo Teixeira Pinto na SIC Notícias, antes da entrevista deste a Ana Lourenço.
Liga dos Últimos
Eu ia postar umas considerações sobre a situação no PSD, mas perante aquele espectáculo de Patinha Antão, Passos Coelho e Aguiar Branco para baixo, só me apetece escrever uma coisa: o PSD parece a Liga dos Últimos da política.
segunda-feira, abril 21, 2008
BB desactualizada
Em França, Brigitte Bardot está mais uma vez em tribunal, acusada de "incitação ao ódio racial", por ter criticado com veemência o papel da comunidade muçulmana na sociedade gaulesa. Pobre BB, está fatalmente desactualizada. Não sabe que o "politicamente correcto" dita que os artistas franceses só possam pronunciar-se e manifestar-se a favor dos "sem-papéis" e dos "jovens" dos subúrbios "abandonados" pela sociedade e que, em desespero, queimam carros para que reparem neles. Tudo o resto leva a ataques e acusações de "xenofobia" nos media... e ao tribunal.
sábado, abril 19, 2008
Histórias da Joaninha
Aquela betinha da esquerda radical-chic chamada Joana Amaral Dias, vulgo "a Barbie do Bloco", opinou num desses pasquins gratuitos que sujam cada vez mais as ruas de Lisboa, que "há mais de duas décadas só existe violência política com origem na extrema-direita". Dado que me lembro perfeitamente de existirem as FP-25 de Abril, só posso concluir estarmos perante uma nova variante das Histórias da Carochinha: as Histórias da Joaninha. Com a diferença de que as primeiras são para as crianças, e estas são para os pobres de espírito.
quinta-feira, abril 17, 2008
A pisar o risco
Eis os nomes de algumas das organizações que no próximo dia 25-do-quatro, vão participar em Lisboa numa manifestação contra o autoritarismo governamental e a repressão policial: Movimento Antifascista Português, Parem o PNR, Raiva, Ultras, Resistir, Bastounada. Realmente, esta extrema-direita está a pisar o risco, não acham?
Centenário (2)
A Cinemateca anunciou para Setembro, e incluído nas comemorações dos seus 50 anos de actividade regular, um ciclo dedicado a António Lopes Ribeiro (o segundo, desde a memorável integral de homenagem em 1983). Acho muito bem. Só que o centenário do nascimento do realizador de O Pai Tirano passou ontem, 16 de Abril. Um lembrete no próprio dia só teria ficado bem ao palacete da Barata Salgueiro. Quanto à RTP, vulgo "serviço púbico"... e não se pode rifá-la?
terça-feira, abril 15, 2008
De acordo
Na edição de hoje do semanário «O Diabo», o Walter Ventura diz-se “confuso”:
«Na televisão, não sei em que canal, ouço num só noticiário: “bullyng” “carjerking”, “tuning”e “streetracing”. Fico a pensar em que raio de país estou e se ainda vale a pena o tal acordo ortográfico, ortopédico ou lá que diabo é.»
«Na televisão, não sei em que canal, ouço num só noticiário: “bullyng” “carjerking”, “tuning”e “streetracing”. Fico a pensar em que raio de país estou e se ainda vale a pena o tal acordo ortográfico, ortopédico ou lá que diabo é.»
segunda-feira, abril 14, 2008
Holocausto em Angola
Excelente artigo de António Barreto no «Público» de ontem sobre o livro "Holocausto em Angola - Memórias de entre o cárcere e o cemitério", de Américo Cardoso Botelho. O sociólogo é categórico na sua apreciação, "O que ali se lê é repugnante", diz. Sobre aquela a que alguns chamaram a "descolonização exemplar", não se inibe de dizer: "O que fizeram as autoridades portuguesas durante a transição foi crime de traição e crime contra a humanidade."
Fala também da responsabilidade de Rosa Coutinho neste Holocausto e no caso de Manuel Ennes Ferreira, preso e torturado depois de lhe ter sido assegurada protecção na Embaixada de Portugal em Luanda.
Sobre o percurso dos responsáveis por este Holocausto e a atitude cúmplice dos polítcos portugueses, diz: "Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos (...) estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesas têm, em Angola, o seu retrato. "
Fala também da responsabilidade de Rosa Coutinho neste Holocausto e no caso de Manuel Ennes Ferreira, preso e torturado depois de lhe ter sido assegurada protecção na Embaixada de Portugal em Luanda.
Sobre o percurso dos responsáveis por este Holocausto e a atitude cúmplice dos polítcos portugueses, diz: "Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos (...) estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesas têm, em Angola, o seu retrato. "
sábado, abril 12, 2008
Amplas liberdades, mas...
O espectáculo político-judicial e mediático actualmente em cena no Tribunal de Monsanto, fez-me recordar uma frase do falecido Sottomayor Cardia, figura grada do PS e importante "referência" da esquerda portuguesa: "O 25 de Abril foi feito para haver liberdade para todos, da extrema-esquerda ao centro".
sexta-feira, abril 11, 2008
Fragata D. Fernando II sem Glória
Mais uma daquelas "coisas deste nosso país..." que, ao que parece, já foi de marinheiros. Hoje, mais não é que de desavergonhados e irresponsáveis.
quinta-feira, abril 10, 2008
Eles só querem o nosso bem
Ouvido na televisão, ainda nem há bocado: "A nova ponte Chelas/Barreiro poderá não ter só uma mas sim duas portagens".
terça-feira, abril 08, 2008
A contagem
Já se sabe porque é que o governo do Zimbabué está a demorar tamto tempo a divulgar os resultados das eleições. É que os votos estão a ser contados por veteranos mutilados de guerra da Zanu-PF, e não há nenhum que tenha os dedos todos das mãos.
domingo, abril 06, 2008
Charlton Heston (1924-2008)
Um grande actor, um homem inteiro e um defensor das liberdades e dos valores e direitos americanos mais ancestrais e mais genuínos, quer contra a ingerência do Estado, quer contra a descaracterização "multiculturalista". Charlton Heston nunca teve papas na língua e sempre confrontou o politicamente correcto: "A Constituição dos EUA foi-nos legada por um grupo de tipos brancos, sábios e mortos, que criaram este país. É verdade - eram tipos brancos. Tal como eram a maior parte dos que morreram em nome de Abraham Lincoln, a combater a escravatura. Então, porque é que nos havemos de envergonhar dos tipos brancos? Porque é que o orgulho hispânico e o orgulho negro são coisas boas, enquanto que o orgulho branco invoca logo cabeças rapadas e capuzes brancos?".
'Monkey business'
É em alturas de grande comoção futebolística como a deste fim-de-semana, que o país se assemelha, incomoda e tristemente, a uma enorme aldeia dos macacos em desvario. E com direito a exaustiva cobertura televisiva da simiesca agitação.
Socorro!
Veio nos pasquins e deu na televisão que dos 15 mil habitantes que há na freguesia do Socorro, na Mouraria, em Lisboa, 11 mil são imigrantes, e que a religião islâmica já lá é a mais praticada. Seguindo o exemplo do Kosovo, o Socorro pode declarar a independência um destes dias e estabelecer uma república muçulmana, em cheio no centro da capital. E como um mal nunca vem só, apareceu na SIC Notícias a presidente da Junta de Freguesia do Socorro, muito sorridente e satisfeita, a dizer que "já cá tinham estado os mouros há muitos séculos atrás, porque isto era a Mouraria, era deles", e que agora, "estão de regresso, pronto." É caso para gritar aos sete ventos: socorro!
sábado, abril 05, 2008
Ainda Coelho no betão
Dizia ontem, acertadamente, um colega meu, que notícias como a da entrada de Jorge Coelho para a Mota-Engil, dão-nos a garantia de vivermos numa democracia muito bem cimentada.
quinta-feira, abril 03, 2008
Somos todos americanos
Ouvido ontem, da boca de uma menina na televisão: "Serão tocadas obras do compositor Jack Offenbach".
Prémio 'Isto de Andar na Política Compensa Sempre'
Das gazetas e das televisões: "Jorge Coelho prepara-se para ser o próximo presidente executivo da Mota-Engil".
terça-feira, abril 01, 2008
Portugueses em vias de extinção
«O Índice de Fecundidade tem vindo a diminuir em Portugal nos últimos 50 anos e desde 1982 que o número médio de nascimentos por mulher, em idade fértil, não assegura a renovação das gerações.»
E depois preocupem-se com o "Apito dourado", os telemóveis nas escolas ou o jogging do primeiro-ministro...
E depois preocupem-se com o "Apito dourado", os telemóveis nas escolas ou o jogging do primeiro-ministro...