quinta-feira, novembro 27, 2008
quarta-feira, novembro 26, 2008
Marketing telefónico
Com a actual crise a agravar-se, os bancos andam ansiosos por devedores. Vai daí, toca a importunar os "clientes" pelo telemóvel a propor "oportunidades únicas e exclusivas". Isto já de si é mau, mas torna-se pior quando as mesmas "oportunidades" (na realidade oportunidades para hipotecarmos os nossos diminutos vencimentos para a eternidade) nos são propostas várias vezes.
Ainda hoje, uma jovem dessa "indústria" empregadora moderna chamada telemarketing, que a única coisa que "produz" é evitar que a taxa de desemprego seja ainda pior, liga-me para me falar de um "novo produto". Mas antes, para minha segurança (!?), informa-me que a conversa será gravada.
— Óptimo — respondi-lhe — porque a anterior conversa a impingir a mesma coisa também foi gravada e, por isso, escuso de responder que não estou interessado, porque podem ouvir a gravação anterior da mesma resposta à mesma pergunta.
Ainda hoje, uma jovem dessa "indústria" empregadora moderna chamada telemarketing, que a única coisa que "produz" é evitar que a taxa de desemprego seja ainda pior, liga-me para me falar de um "novo produto". Mas antes, para minha segurança (!?), informa-me que a conversa será gravada.
— Óptimo — respondi-lhe — porque a anterior conversa a impingir a mesma coisa também foi gravada e, por isso, escuso de responder que não estou interessado, porque podem ouvir a gravação anterior da mesma resposta à mesma pergunta.
domingo, novembro 23, 2008
Os percevejos na enxerga
O estado a que isto chegou com a escandaleira do BPN e com a central de tráfico de interesses e de troca de influências do centrão PS/PSD, é exemplarmente definido pela famosa frase de Guerra Junqueiro, sobre aquilo em que a 1ª República se tinha rapidamente transformado: "Um deboche de percevejos numa enxerga podre".
sexta-feira, novembro 21, 2008
O fim da Byblos
A Livraria Byblos de Lisboa, a maior de Portugal, fechou as portas, quase um ano depois de ter sido inaugurada. O projecto da Byblos era ambicioso, mas a localização, numa zona com deficiente acesso de transportes públicos e estacionamento problemático, deve ter-lhe sido fatal. Quem a visitou terá também decerto reparado que a Byblos, para além de ser muito ampla, não tinha nenhuma mais-valia significativa para os compradores habituais de livros. A escolha de obras estrangeiras, por exemplo, era muito pobre. E há também que ter em conta o "efeito de eucalipto" da FNAC Chiado, que "seca" tudo em seu redor. Apesar de um investimento de quatro milhões de euros, a Byblos nem sequer conseguiu chegar ao Natal.
quinta-feira, novembro 20, 2008
quarta-feira, novembro 19, 2008
segunda-feira, novembro 17, 2008
Sistema fechado
«O sistema político está claramente fechado. Todas as portas estão devidamente bloqueadas pelos partidos parlamentares. Eles fazem as leis e os orçamentos que impedem novos alvarás partidários. Eles fazem, todos, do Bloco ao CDS, embora cada um à sua maneira, os negócios do regime, que não começaram agora com os escândalos recentes. Eu próprio, enquanto deputado, tive a oportunidade e o poder de denunciar alguns, numa altura em que ainda não era moda e sei bem o que passei. Ora, o caminho à direita eu tenho a certeza que há, mas esse caminho político e ideológico esbarra nos vários cadeados do sistema e no pudor brando do eleitorado, que não está disposto a arriscar numa mudançazinha por mínima que seja. Mas também acredito que isto não é eterno, e que há que continuar o combate, nem que seja apenas nos blogues… as mudanças surpreendem justamente porque não se prevêem.»
Resposta de Jorge Ferreira em entrevista ao Sexo dos Anjos.
Resposta de Jorge Ferreira em entrevista ao Sexo dos Anjos.
sábado, novembro 15, 2008
Um excelente (e actual) artigo de Fernando Pessoa
A INUTILIDADE DOS CONSELHOS FISCAIS E DOS COMISSÁRIOS DO GOVERNO NOS BANCOS E NAS SOCIEDADES ANÓNIMAS
Escândalos ainda recentes, que se tornaram conhecidos do público através dos relatórios publicados no Diário do Governo, vieram pôr mais uma vez em evidência a inutilidade prática dos Conselhos Fiscais e dos Comissários do Governo — inutilidade reconhecida no estrangeiro pela substituição a essas entidades, realmente fictícias, de outras mais susceptíveis de se desempenhar do mister que a nossa legislação impõe àquelas. Os Conselhos Fiscais e os Comissários do Governo — aqueles mais do que estes — são pontos de apoio da confiança do accionista, que julga que neles encontra o controle da aplicação e a salvaguarda dos capitais que confiou ao Banco ou à Sociedade Anónima adentro, ou junto, da qual eles funcionam.
Reconhecendo as Sociedades Anónimas que a melhor forma de chamar o capital é a distribuição ruidosa de grandes dividendos, procuram frequentemente, por meio de lançamentos artificiais, encobrir um estado verdadeiro de pouco desafogo; publicam, para dar uma aparência de prosperidade, relatórios de prosa literária no fim dos quais os accionistas são definitivamente ludibriados pela confiança que lhe traz o inevitável “parecer” do Conselho Fiscal, com o costumado voto de louvor à Direcção, e a indicação aos accionistas que aprovem o Relatório de contas e a distribuição de dividendos que ele consigna.
Os accionistas aprovam tudo — uma vezes porque o dividendo é magnífico, outras porque simplesmente confiam na indicação que lhes é dada. E a Direcção e o Conselho Fiscal recebem os respectivos louvores. São homens hábeis, uns; são homens sérios, outros. Tudo está, pois, necessariamente certo.
Acontece, porém, que muitas vezes está errado. E é isso que os relatórios recentemente publicados põem em evidência.
Quando se cai na suspensão de pagamentos, os accionistas acordam. Mas, como esperavam que o Conselho Fiscal os acordasse, e o Conselho Fiscal dorme por natureza, acordam sempre tarde e perdem... não o comboio, mas o dinheiro. Há Sociedades Anónimas em que não acontece isto. Mas há porventura alguma Sociedade Anónima em que, tanto quanto o sabe o accionista, não possa acontecer isto? Que elementos tem o accionista para poder saber ao certo que isso lhe não pode acontecer? A prosperidade do Banco ou da Companhia? Mas a prosperidade é a que lhe é dada pelos dividendos, e que sabe ele se esses dividendos não são o seu próprio capital e o dos credores da Sociedade Anónima, em vez do lucro autêntico da prosperidade verdadeira de uma sociedade progressiva? Sabe o accionista ao certo se não é assim? Não sabe, porque aqueles elementos em quem delega a fiscalização, 1.º não fiscalizam, 2.º mesmo que fiscalizem, não sabem fiscalizar. Quantos são os membros dos Conselhos Fiscais que examinam a valer as contas da Sociedade Anónima? Quantos são os membros dos Conselhos Fiscais que têm as habilitações precisas, de contabilistas, para esse exame? Salvo casos excepcionais, os membros dos Conselhos Fiscais são escolhidos por serem homens sérios e de boa posição social. Não consta, porém, que a seriedade seja a contabilidade, nem que a boa posição social seja um curso intuitivo de guarda-livros.
Escolhem-se homens sérios para os Conselhos Fiscais. Mas os homens sérios podem ser estúpidos — há muitos —; os homens sérios podem ser confiados — há muitíssimos —; os homens sérios podem ser desleixados — há imensos —; e o accionista perde o seu dinheiro, sem que os homens muito sérios deixem de ser muito sérios, o que é uma consolação insuficiente para quem perdeu o dinheiro que fiou da fiscalização incompetente, se não inexistente, dos homens de muita seriedade.
Tudo isto, no fundo, é uma comédia sem graça. A Direcção de uma Sociedade Anónima é, por natureza, um conselho técnico de gerência; o Conselho Fiscal de uma Sociedade Anónima é, e por natureza, um conselho técnico de fiscalização. A Direcção produz resultados; o Conselho Fiscal verifica esses resultados. E como os resultados se traduzem por números, isto é, por contas, parece que o Conselho Fiscal deve ser constituído por gente especializada no exame e conferência de contas. E parece também que o Conselho Fiscal deve ser constituído por gente suficientemente independente da Gerência para poder fiscalizar essas contas com independência. O que se faz entre nós? Elege-se um Conselho Fiscal de pessoas de probidade e incompetência e, é claro, de pessoas em magníficas relações de amizade com a Gerência, e portanto com toda a confiança nela. Em resumo: o melhor fiscal dos actos de alguém é um amigo incompetente. É ou não uma comédia?
Dos Comissários do Governo nem é bom falar. Dos membros do Conselho Fiscal ainda se pode presumir, visto que são accionistas, um certo interesse pela Sociedade Anónima a que pertencem, se bem que o interesse não crie competência, nem pese mais, na maioria dos casos, que o desleixo natural de quem é incompetente e confiado. Mas dos Comissários do Governo nem essa presumível interesse se pode presumir. São funcionários do Estado, que é, como toda a gente sabe, o mais mal servido de todos os patrões. São nomeados por obscuros lances do xadrez partidário, em prémio de serviços políticos e para que veraneiem todo o ano no seu comissariado; são nomeados para não fazer nada, e é efectivamente o que fazem. Deles, pois, é o Reino dos Céus... Deixemo-los e volvamos à terra.
Independência e competência são duas qualidades que se exigem em quem fiscaliza. O ter interesse em fiscalizar é secundário: o doente não percebe mais da doença que o médico, embora seja quem tem mais interesse na cura. Ora, se dependência e competência são as qualidades a exigir ao fiscal, está naturalmente indicado que a fiscalização das Sociedades Anónimas sejam examinadas, e por fim aprovadas, por peritos contabilistas estranhos às Sociedades, e com responsabilidade penal directa. Esses peritos (auditors) têm poderes para examinar toda a escrita, para verificar todas as transacções, para fazer à Direcção todas as perguntas que entenderem dever fazer para cabal desempenho do seu mister.
E assim é que deve ser. De todas as formas das sociedades comerciais as Sociedades Anónimas são as que mais se prestam ao abuso e ao desleixo da Gerência, pois que nelas há uma intervenção já teoricamente periódica, mas, em geral, praticamente nula dos sócios (isto é, dos accionistas) na gerência. Há mister, pois, que deleguem em alguém a fiscalização que nem podem, nem em geral sabem, exercer. Delegá-la em Conselhos Fiscais equivale a delegá-la em ninguém, ou a delegá-la na própria gerência a fiscalizar. Não, não há outra solução senão os auditors, os peritos contabilistas — competentes porque são técnicos, independentes porque não pertencem à Sociedade, e responsáveis criminalmente por abuso, ou mesmo desleixo, no exercício do seu cargo.
25-1-1926
Páginas de Pensamento Político. Vol II. Fernando Pessoa. (Introdução, organização e notas de António Quadros.) Mem Martins: Europa-América, 1986. p. 127.
Artigo escrito em colaboração com Francisco Caetano Dias.1ª Publ. in
Revista de Comércio e Contabilidade, nº 4. Lisboa: 25-1-1926
Escândalos ainda recentes, que se tornaram conhecidos do público através dos relatórios publicados no Diário do Governo, vieram pôr mais uma vez em evidência a inutilidade prática dos Conselhos Fiscais e dos Comissários do Governo — inutilidade reconhecida no estrangeiro pela substituição a essas entidades, realmente fictícias, de outras mais susceptíveis de se desempenhar do mister que a nossa legislação impõe àquelas. Os Conselhos Fiscais e os Comissários do Governo — aqueles mais do que estes — são pontos de apoio da confiança do accionista, que julga que neles encontra o controle da aplicação e a salvaguarda dos capitais que confiou ao Banco ou à Sociedade Anónima adentro, ou junto, da qual eles funcionam.
Reconhecendo as Sociedades Anónimas que a melhor forma de chamar o capital é a distribuição ruidosa de grandes dividendos, procuram frequentemente, por meio de lançamentos artificiais, encobrir um estado verdadeiro de pouco desafogo; publicam, para dar uma aparência de prosperidade, relatórios de prosa literária no fim dos quais os accionistas são definitivamente ludibriados pela confiança que lhe traz o inevitável “parecer” do Conselho Fiscal, com o costumado voto de louvor à Direcção, e a indicação aos accionistas que aprovem o Relatório de contas e a distribuição de dividendos que ele consigna.
Os accionistas aprovam tudo — uma vezes porque o dividendo é magnífico, outras porque simplesmente confiam na indicação que lhes é dada. E a Direcção e o Conselho Fiscal recebem os respectivos louvores. São homens hábeis, uns; são homens sérios, outros. Tudo está, pois, necessariamente certo.
Acontece, porém, que muitas vezes está errado. E é isso que os relatórios recentemente publicados põem em evidência.
Quando se cai na suspensão de pagamentos, os accionistas acordam. Mas, como esperavam que o Conselho Fiscal os acordasse, e o Conselho Fiscal dorme por natureza, acordam sempre tarde e perdem... não o comboio, mas o dinheiro. Há Sociedades Anónimas em que não acontece isto. Mas há porventura alguma Sociedade Anónima em que, tanto quanto o sabe o accionista, não possa acontecer isto? Que elementos tem o accionista para poder saber ao certo que isso lhe não pode acontecer? A prosperidade do Banco ou da Companhia? Mas a prosperidade é a que lhe é dada pelos dividendos, e que sabe ele se esses dividendos não são o seu próprio capital e o dos credores da Sociedade Anónima, em vez do lucro autêntico da prosperidade verdadeira de uma sociedade progressiva? Sabe o accionista ao certo se não é assim? Não sabe, porque aqueles elementos em quem delega a fiscalização, 1.º não fiscalizam, 2.º mesmo que fiscalizem, não sabem fiscalizar. Quantos são os membros dos Conselhos Fiscais que examinam a valer as contas da Sociedade Anónima? Quantos são os membros dos Conselhos Fiscais que têm as habilitações precisas, de contabilistas, para esse exame? Salvo casos excepcionais, os membros dos Conselhos Fiscais são escolhidos por serem homens sérios e de boa posição social. Não consta, porém, que a seriedade seja a contabilidade, nem que a boa posição social seja um curso intuitivo de guarda-livros.
Escolhem-se homens sérios para os Conselhos Fiscais. Mas os homens sérios podem ser estúpidos — há muitos —; os homens sérios podem ser confiados — há muitíssimos —; os homens sérios podem ser desleixados — há imensos —; e o accionista perde o seu dinheiro, sem que os homens muito sérios deixem de ser muito sérios, o que é uma consolação insuficiente para quem perdeu o dinheiro que fiou da fiscalização incompetente, se não inexistente, dos homens de muita seriedade.
Tudo isto, no fundo, é uma comédia sem graça. A Direcção de uma Sociedade Anónima é, por natureza, um conselho técnico de gerência; o Conselho Fiscal de uma Sociedade Anónima é, e por natureza, um conselho técnico de fiscalização. A Direcção produz resultados; o Conselho Fiscal verifica esses resultados. E como os resultados se traduzem por números, isto é, por contas, parece que o Conselho Fiscal deve ser constituído por gente especializada no exame e conferência de contas. E parece também que o Conselho Fiscal deve ser constituído por gente suficientemente independente da Gerência para poder fiscalizar essas contas com independência. O que se faz entre nós? Elege-se um Conselho Fiscal de pessoas de probidade e incompetência e, é claro, de pessoas em magníficas relações de amizade com a Gerência, e portanto com toda a confiança nela. Em resumo: o melhor fiscal dos actos de alguém é um amigo incompetente. É ou não uma comédia?
Dos Comissários do Governo nem é bom falar. Dos membros do Conselho Fiscal ainda se pode presumir, visto que são accionistas, um certo interesse pela Sociedade Anónima a que pertencem, se bem que o interesse não crie competência, nem pese mais, na maioria dos casos, que o desleixo natural de quem é incompetente e confiado. Mas dos Comissários do Governo nem essa presumível interesse se pode presumir. São funcionários do Estado, que é, como toda a gente sabe, o mais mal servido de todos os patrões. São nomeados por obscuros lances do xadrez partidário, em prémio de serviços políticos e para que veraneiem todo o ano no seu comissariado; são nomeados para não fazer nada, e é efectivamente o que fazem. Deles, pois, é o Reino dos Céus... Deixemo-los e volvamos à terra.
Independência e competência são duas qualidades que se exigem em quem fiscaliza. O ter interesse em fiscalizar é secundário: o doente não percebe mais da doença que o médico, embora seja quem tem mais interesse na cura. Ora, se dependência e competência são as qualidades a exigir ao fiscal, está naturalmente indicado que a fiscalização das Sociedades Anónimas sejam examinadas, e por fim aprovadas, por peritos contabilistas estranhos às Sociedades, e com responsabilidade penal directa. Esses peritos (auditors) têm poderes para examinar toda a escrita, para verificar todas as transacções, para fazer à Direcção todas as perguntas que entenderem dever fazer para cabal desempenho do seu mister.
E assim é que deve ser. De todas as formas das sociedades comerciais as Sociedades Anónimas são as que mais se prestam ao abuso e ao desleixo da Gerência, pois que nelas há uma intervenção já teoricamente periódica, mas, em geral, praticamente nula dos sócios (isto é, dos accionistas) na gerência. Há mister, pois, que deleguem em alguém a fiscalização que nem podem, nem em geral sabem, exercer. Delegá-la em Conselhos Fiscais equivale a delegá-la em ninguém, ou a delegá-la na própria gerência a fiscalizar. Não, não há outra solução senão os auditors, os peritos contabilistas — competentes porque são técnicos, independentes porque não pertencem à Sociedade, e responsáveis criminalmente por abuso, ou mesmo desleixo, no exercício do seu cargo.
25-1-1926
Páginas de Pensamento Político. Vol II. Fernando Pessoa. (Introdução, organização e notas de António Quadros.) Mem Martins: Europa-América, 1986. p. 127.
Artigo escrito em colaboração com Francisco Caetano Dias.1ª Publ. in
Revista de Comércio e Contabilidade, nº 4. Lisboa: 25-1-1926
sexta-feira, novembro 14, 2008
terça-feira, novembro 11, 2008
Mudança? Qual mudança?
Barack Obama escolheu para seu chief of staff o congressista Rahm Emanuel, filho de um terrorista do Irgun, judeu sionista e defensor acérrimo das políticas de Israel. Mudança? Qual mudança?
sexta-feira, novembro 07, 2008
quinta-feira, novembro 06, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
terça-feira, novembro 04, 2008
The Ex-Presidents
Quando li este título, "Ex-presidentes chamados para pensar o futuro de Portugal", lembrei-me deste filme...
segunda-feira, novembro 03, 2008
Ciclo Mishima no CCB (2)
Excerto de uma rara entrevista em inglês, filmada a a cores, dada por Yukio Mishima em 1969, um ano antes da sua morte, à televisão do Canadá.
Ciclo Mishima no CCB
Começa hoje no Centro Cultural de Belém o ciclo “Mishima, Um Esboço do Nada”, que se prolongará até ao dia 14 de Dezembro, dedicado à figura e à obra de Yukio Mishima, escritor, dramaturgo, actor e realizador japonês, que a 25 de Novembro de 1970 cometeu seppuku após ter ocupado com a sua organização uma base militar em Tóquio, contra a ocidentalização e descaracterização do Japão após a II Guerra Mundial. O ciclo será composto por exposições, workshops, leitura encenada, comunidade de leitores, teatro, dança e cinema.
sábado, novembro 01, 2008
Um CD para o Natal
Do cantor e compositor José Campos e Sousa:
CARTA AOS MEUS AMIGOS:
No tempo em que se festejam os 120 anos de Pessoa
Inspirado no poema Aniversário, de Álvaro de Campos, dei um nome a esta carta que vos dirijo, ao núcleo mais duro de fiéis amigos, que me têm acompanhado na caminhada pessoana, pedindo-lhes ajuda e alguns conselhos para um projecto ambicioso.
A ideia é sensibilizar-vos para comemorarmos os 120 anos de Pessoa com a edição de um CD com poemas da Mensagem musicados e cantados por mim.
Para um solitário como eu, por feitio e pelas vicissitudes da vida, a opção é fazer tudo a pulso e com a prata da casa, como de costume.
Mas a casa não tem prata, tem apenas ideias e alguns talentos.
Para viabilizar este projecto, preciso da garantia de encomendas de CDs, comprometendo-me a entregá-los, a tempo dos presentes de Natal.
Feito o estudo financeiro, posso adiantar-vos que os CDs antecipadamente encomendados ficarão a 15 euros.
Todos os outros CDs serão vendidos pelo preço de 17 euros.
Em conclusão, meus amigos, este projecto tornar-se-á automaticamente viável com um significativo número de encomendas que permita a sua gravação.
É então para este projecto que vos desafio, tendo, para o concretizar, que saber se estão efectivamente interessados e, se sim, quantos CDs pretendem adquirir. A vossa resposta breve, e positiva, permitir-me-á avançar rapidamente para o estúdio.
A fechar esta mensagem, peço-vos ainda que promovam esta iniciativa junto dos vossos amigos, a quem pensem que possa interessar, de modo a gerar novas encomendas, provocando o tal efeito de bola de neve. Vamos ver o que resulta deste trabalho em rede. Darei notícias do desenrolar dos acontecimentos.
Um abraço a todos.
José Campos e Sousa
largodocarmo@gmail.com
Lisboa 28 de Outubro de 2008
PS – Façam as vossas encomendas de Cd’s para o meu e-mail, explicando o local onde podem recebê-las.
CARTA AOS MEUS AMIGOS:
No tempo em que se festejam os 120 anos de Pessoa
Inspirado no poema Aniversário, de Álvaro de Campos, dei um nome a esta carta que vos dirijo, ao núcleo mais duro de fiéis amigos, que me têm acompanhado na caminhada pessoana, pedindo-lhes ajuda e alguns conselhos para um projecto ambicioso.
A ideia é sensibilizar-vos para comemorarmos os 120 anos de Pessoa com a edição de um CD com poemas da Mensagem musicados e cantados por mim.
Para um solitário como eu, por feitio e pelas vicissitudes da vida, a opção é fazer tudo a pulso e com a prata da casa, como de costume.
Mas a casa não tem prata, tem apenas ideias e alguns talentos.
Para viabilizar este projecto, preciso da garantia de encomendas de CDs, comprometendo-me a entregá-los, a tempo dos presentes de Natal.
Feito o estudo financeiro, posso adiantar-vos que os CDs antecipadamente encomendados ficarão a 15 euros.
Todos os outros CDs serão vendidos pelo preço de 17 euros.
Em conclusão, meus amigos, este projecto tornar-se-á automaticamente viável com um significativo número de encomendas que permita a sua gravação.
É então para este projecto que vos desafio, tendo, para o concretizar, que saber se estão efectivamente interessados e, se sim, quantos CDs pretendem adquirir. A vossa resposta breve, e positiva, permitir-me-á avançar rapidamente para o estúdio.
A fechar esta mensagem, peço-vos ainda que promovam esta iniciativa junto dos vossos amigos, a quem pensem que possa interessar, de modo a gerar novas encomendas, provocando o tal efeito de bola de neve. Vamos ver o que resulta deste trabalho em rede. Darei notícias do desenrolar dos acontecimentos.
Um abraço a todos.
José Campos e Sousa
largodocarmo@gmail.com
Lisboa 28 de Outubro de 2008
PS – Façam as vossas encomendas de Cd’s para o meu e-mail, explicando o local onde podem recebê-las.