Parabéns por lembrar a triste data em que o nosso Rei foi traído e dado como morto, e o Império Português ocupado, desocupado, e depois lentamente destruído, até à actualidade. Só que alguns historiadores apontam a morte de D. Sebastião como tendo sido em Limoges, por volta do Ano da Graça de 1633...
Bem, João Paulo, realmente você deve ser um entusiasta dos sujeitos que apregoam o livro abjecto do autor espanhol sobre o Desejado como apregoaram o inenarrável «Código da Vinci». Daqueles que fingem ignorar que o Rei tinha 24 anos quando desapareceu na batalha, e que estava a cumprir escrupulosamente o que havia sido determinado nas cortes de 1562, para defesa do que restava das nossas praças-fortes no norte de África e para impedir o avanço do império Otomano. E que foi traído, como escreve o Carlos Portugal (e o Dr. Mário Saraiva). «Criança inconsciente»? Com 24 anos? Quem acredita nos novos arautos da anti-História pode-lo-à classificar assim...
Essa do «panasca» tinha ser de um sionista! O homem andou perdido de amores por quatro mulheres, desde a filha dos duques de Aveiro (de quem dizem que teve um filho) até à herdeira de Mulei Muhamed (a célebre «princesa moura» que a Inquisição perseguiu), e à jovenzinha infanta Isabella Clara Eugénia (quase que esganou Filipe II para que este lha desse em casamento), era agora «panasca»! Isso foi o que os judeus cá do burgo andaram a espalhar sobre o rei, pois achavam que Messias ou Desejado só poderia ser o deles, que ainda estava para vir... Enfim, tontices e judiarias...
Foi determinado nas Cortes que devíamos defender o Norte de África? E Sua Majestade avançou contra os conselhos práticos que relembravam os perigos evidentes que tal acarrstava? Foram as Cortes que prepararam a expedição?
Quem traíu D. Sebastião não foram os judeus (na altura estavam reduzidos ao que na verdade são: meros prestamistas e usurários). Foram os espanhóis, a mando de Filipe II (um dos agentes foi provavelmente o capitão Aldana, que morreu na batalha).
E ó Sr. Oliveira da Figueira: não meta os pencudos em tudo...
O Felipe II sempre tentou demover o rapazola da temerária aventura norte-africana, não digam mal desse grande rei. Razão tinha o António Sérgio: D.Sebastião "sofria de estupidez em jacto contínuo".
Caro João Paulo: Chamar «grande rei» ao «demónio do meio-dia», como era conhecido Filipe II é quase uma heresia... Era um tirano louco que assassinou o seu próprio filho, D. Carlos, por este se ter apaixonado por aquela que viria a ser a sua segunda esposa, Isabel de Valois. Mandou matar também D. João de Áustria, o herói de Lepanto, por este ter derrotado o inimigo turco, e o ter assim privado em parte do seu melhor cliente de armas. E invadiu Portugal, com chacinas sem par na nossa História (a Cidadela de Cascais viu toda a sua guarnição ser massacrada a sabre após o desembarque perto do Guincho, tendo depois a população da vila sofrido idêntico destino). Morreu podre, com gota e síflis, a cheirar tão mal no seu quarto do Escorial que ninguém conseguia suportar por muito tempo o fedor. E a implorar - a altos berros - a Deus perdão pelos seus crimes. E quanto à opinião de António Sérgio, é tudo menos isenta.
Chamar-lhe «grande rei» é, por tudo isto, quase um acto de traição contra a nossa Pátria.
Caro António: Traíu sim, porque lhe prometeu enviar um destacamento de arcabuzeiros espanhóis, armas e alguns oficiais. Enviou realmente, mas sem equipamento e sem armas. E o capitão espanhol Aldana, mais alguns espanhóis do contingente, são tidos por darem as contra-ordens que levaram à derrocada. O célebre «ter, ter, volta volta!», gritado a meio da primeira carga de cavalaria lusa, foi dado ou por Aldana ou pelo alferes Pedro Lopes.
E o Rei português tinha alguma confiança (para mal dele) em Filipe II, pois este era afinal seu tio, ou o Sr. também desconhece isto?...
E lembre-se: a versão «oficial» da História é sempre a menos verdadeira.
Como dizia o Rei escocês Robert the Bruce: «A História é sempre escrita pelos que enforcam os heróis»... E tinha razão.
18 Comentários:
Parabéns por lembrar a triste data em que o nosso Rei foi traído e dado como morto, e o Império Português ocupado, desocupado, e depois lentamente destruído, até à actualidade.
Só que alguns historiadores apontam a morte de D. Sebastião como tendo sido em Limoges, por volta do Ano da Graça de 1633...
Uma criança inconsciente e temerária que comprometeu a independência nacional. Uma das figuras nacionais mais negativas dos últimos 500 anos.
Bem, João Paulo, realmente você deve ser um entusiasta dos sujeitos que apregoam o livro abjecto do autor espanhol sobre o Desejado como apregoaram o inenarrável «Código da Vinci». Daqueles que fingem ignorar que o Rei tinha 24 anos quando desapareceu na batalha, e que estava a cumprir escrupulosamente o que havia sido determinado nas cortes de 1562, para defesa do que restava das nossas praças-fortes no norte de África e para impedir o avanço do império Otomano.
E que foi traído, como escreve o Carlos Portugal (e o Dr. Mário Saraiva).
«Criança inconsciente»? Com 24 anos? Quem acredita nos novos arautos da anti-História pode-lo-à classificar assim...
O puto era maluco, cotas!
e panasca
Essa do «panasca» tinha ser de um sionista! O homem andou perdido de amores por quatro mulheres, desde a filha dos duques de Aveiro (de quem dizem que teve um filho) até à herdeira de Mulei Muhamed (a célebre «princesa moura» que a Inquisição perseguiu), e à jovenzinha infanta Isabella Clara Eugénia (quase que esganou Filipe II para que este lha desse em casamento), era agora «panasca»! Isso foi o que os judeus cá do burgo andaram a espalhar sobre o rei, pois achavam que Messias ou Desejado só poderia ser o deles, que ainda estava para vir...
Enfim, tontices e judiarias...
Era impotente, parece.
Tão impotente que há indícios de ter feito pelo menos três filhos...
Foi determinado nas Cortes que devíamos defender o Norte de África? E Sua Majestade avançou contra os conselhos práticos que relembravam os perigos evidentes que tal acarrstava? Foram as Cortes que prepararam a expedição?
Ah, a falta que nos fez D. João II!
Suponho que tenham sido os judeus a trair D. Sebastião.
O António tem toda a razão, o rapazito não sabia o que fazia e pensava que ainda estava no tempo das cruzadas. E depois foi o que se viu.
Amigo Malaquiasde Oliveira;
Então o amigo ainda tem dúvidas? Claro que foram os Judeus, quem mais poderia ser? Só pode! Eheheheheheheheheeh
Quem traíu D. Sebastião não foram os judeus (na altura estavam reduzidos ao que na verdade são: meros prestamistas e usurários). Foram os espanhóis, a mando de Filipe II (um dos agentes foi provavelmente o capitão Aldana, que morreu na batalha).
E ó Sr. Oliveira da Figueira: não meta os pencudos em tudo...
O Felipe II sempre tentou demover o rapazola da temerária aventura norte-africana, não digam mal desse grande rei. Razão tinha o António Sérgio: D.Sebastião "sofria de estupidez em jacto contínuo".
Foram os espanhóis que "traíram" o rei? Vá consultar um dicionário, sr. Quem pode "trair" é aquele em quem se deposita confiança.
...Pobre Rei este que depositou confiança nos Espanhóis!
Caro João Paulo: Chamar «grande rei» ao «demónio do meio-dia», como era conhecido Filipe II é quase uma heresia... Era um tirano louco que assassinou o seu próprio filho, D. Carlos, por este se ter apaixonado por aquela que viria a ser a sua segunda esposa, Isabel de Valois. Mandou matar também D. João de Áustria, o herói de Lepanto, por este ter derrotado o inimigo turco, e o ter assim privado em parte do seu melhor cliente de armas.
E invadiu Portugal, com chacinas sem par na nossa História (a Cidadela de Cascais viu toda a sua guarnição ser massacrada a sabre após o desembarque perto do Guincho, tendo depois a população da vila sofrido idêntico destino).
Morreu podre, com gota e síflis, a cheirar tão mal no seu quarto do Escorial que ninguém conseguia suportar por muito tempo o fedor. E a implorar - a altos berros - a Deus perdão pelos seus crimes.
E quanto à opinião de António Sérgio, é tudo menos isenta.
Chamar-lhe «grande rei» é, por tudo isto, quase um acto de traição contra a nossa Pátria.
Caro António: Traíu sim, porque lhe prometeu enviar um destacamento de arcabuzeiros espanhóis, armas e alguns oficiais. Enviou realmente, mas sem equipamento e sem armas. E o capitão espanhol Aldana, mais alguns espanhóis do contingente, são tidos por darem as contra-ordens que levaram à derrocada. O célebre «ter, ter, volta volta!», gritado a meio da primeira carga de cavalaria lusa, foi dado ou por Aldana ou pelo alferes Pedro Lopes.
E o Rei português tinha alguma confiança (para mal dele) em Filipe II, pois este era afinal seu tio, ou o Sr. também desconhece isto?...
E lembre-se: a versão «oficial» da História é sempre a menos verdadeira.
Como dizia o Rei escocês Robert the Bruce: «A História é sempre escrita pelos que enforcam os heróis»... E tinha razão.
"pois era afinal seu tio"
seu tio e seu adversário político. D. joão II não teve a mesma confiança nos seus familiares...
Epílogo: el episodio del impostor abulense Gabriel Espinosa, el pastelero de Madrigal......
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