sábado, julho 14, 2007

Tintin, o africano


Uma organização ignorante e censória chamada Comité para a Igualdade Racial quer proibir na Grã-Bretanha o álbum 'Tintin no Congo', de Hergé, por ser "racista". Para já, conseguiu que, nas livrarias, a obra saltasse das estantes da literatura juvenil para as dos livros para adultos. Saberão estes sinistros patrulheiros da correcção política que 'Tintin no Congo', é, de todos os álbuns do imortal herói de Hergé, o mais popular no... Congo? E também um dos mais vendidos na África francófona? Que racistas, estes africanos leitores de Tintin!

14 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Nos anos 60, 30 anos depois do álbum ter sido publicado, o Hergé ainda recebia cartas dos seus jovens leitores africanos a elogiá-lo. No livro, e fiel aos seus valores, o Tintin defende os negros dos brancos exploradores e abusadores, e isso calou fundo no coração de muitos congoleses e africanos, que nunca encararam o álbum como sendo racista. É, no máximo, paternalista. Essa tal comissão inglesa, além de ser censória e policial, não sabe do que fala. Que tristeza, a Inglaterra a virar estado policial e politicamente correcto.

2:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Também por cá nos espera, muito em breve, essa censura politicamente correcta para não beliscarmos as nossas comunidades imigrantes africanas e brasileiras.
A única versão da História de Portugal a ser ensinada nas nossas escolas, terá de ser aquela que apresenta os portugueses como usurpadores, exploradores, escravizadores, dando uma machadada na nossa Memória colectiva com o objecto de não antagonizar os imigrantes nossos irmãos.

11:33 da tarde  
Blogger Pedro Botelho said...

A propósito dos últimos dislates dos ingleses, que já censuravam a viagem do Tintim aos Soviétes (não publicada em inglês) e agora lhe querem também censurar a viagem ao Congo, vejam como nuestros hermanos , pelo sim, pelo não, já multiracializaram os seus conguitos através do chocolate branco.

"Somos los Conguiiiiitos...", dizem eles...

8:58 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ó Pedro Botelho, não é que os espanhóis conseguiram a tal igualdade racial nos chocolates? Deram uma lição aos ingleses! Hehehehehe!

1:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Outro exemplo de censura está no album Tintin no país do Ouro negro, onde as ultimas edições substituem os terroristas judeus, por arabes para não ferir susceptibilidades....

9:32 da manhã  
Blogger Pedro Botelho said...

Essa do Ouro Negro já é do próprio Hergé. Tem obviamente a ver com a auto-censura devida à pressão p.c., mas é, apesar de tudo, bem diferente da censura directa dos editores sobre os autores ou -- ainda pior -- das «associações virtuosas» escudadas em leis iníquas sobre autores, editores, livreiros e cidadãos em geral.

10:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A única pressão que Hergé sofreu ao incluir os estereótipos sobre negros, judeus, árabes, chineses e até portugueses foi o 'ar do tempo', quando não existia ainda o politicamente correcto.

E muito pelo contrário, viu-se foi obrigado a pôr de lado o "Ouro Negro" que tinha em mãos para começar a editar no jornal pró-nazi "Le Soir".

Nunca uma história de Hergé foi alterada por ninguém, ele próprio é que reformulou algumas 1ªs edições. As censuras exerceram-se sempre através de políticas editoriais, tudo o que está escrito saiu da pena dele.

O único caso de censura na BD mais popular foi o cigarro do Lucky Luke, que desapareceu para dar lugar a uma palhinha.

11:29 da manhã  
Blogger Pedro Botelho said...

«A única pressão que Hergé sofreu ao incluir os estereótipos sobre [...] judeus [...] foi o 'ar do tempo', quando não existia ainda o politicamente correcto».

Para sua informação, os «estereótipos sobre judeus» (uma simples anedota étnica na «Étoile Mysterieuse», por exemplo ), por pouco não lhe custaram a vida em 1944. Só se safou porque o juíz de um daqueles tribunais ad hoc que assassinaram milhares de «colaboracionistas» achou que -- e as palavras são dele -- «fuzilar o Tintim seria cair no rídiculo». De modo que, de certo modo, pode dizer-se que o Hergé deveu a vida ao Tintim...

3:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Faits divers houve muitos na vida de Hergé, mas a verdade é que escreveu o que muito bem entendeu e alterou o que entendeu alterar. Quando o Tintim se tornou universalmente popular, toda a gente enfileirou para se sentir ofendida.

E a verdade também é que tendo tido que deixar de lado o 'Ouro Negro' se quis manter o emprego, logo voltou à história tal como a tinha planeado antes da ocupação nazi. Foi-se entretendo com as tiras do 'Caranguejo' e outras politicamente inócuas.

Se pressões houve que influiram momentaneamente no seu processo criativo, foi por parte dos nazis. Mas preferiu parar a ceder.

4:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

My, você de Hergé e de Tintin percebe pouco ou nada. Daqui a bocado fá-lo «antifascista».

4:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já sei que não percebo nada de nada. Aliás aqui é fácil...

Mas não está a querer dizer que o Hergé era pró-nazi, pois não? Pelas propostas que teve, desde o convite da Gestapo ao do Movimento Fascista Belga, tinha tido boas oportunidades de mostrar serviço quando os nazis cantavam vitória.

Já vi que enfileira no 'Hergé ideologicamente colaboracionista'. Pois eu não. Trabalhou com eles, é um facto, mas nunca foi um deles.

5:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Então, caro My, não sabe que o repórter que inspirou Hergé para a figura de Tintim foi o seu amigo Léon Degrelle, do Partido Rexista belga, e que se notabilizou mais tarde por ser o último general das SS a continuar fardado até à sua morte, em 1994, em Málaga?

E que o fox-terrier Milu era o cão do regimento de Adolf Hitler durante a 1ª Guerra Mundial?

E repare também que o hidrovião que aparece na «Estrela Misteriosa» é um Arado Ar 196, de fabrico nazi, assim como o caça em que Tintim foge no «Ceptro de Ottokar» é um Messerschmidt Bf 109 G, caça standard da Luftwaffe...

Repare que eu não critico Hergé pelas ideias políticas dele; reprovo muito mais aqueles que alinham na ditadura global que nos querem impôr, bem pior que a do III Reich, se soubermos o que está por detrás dela.

2:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Léon Degrelle…
E quem acredita no livreco de um nazi? Bater-se ao quarto de hora de fama à custa de um Hergé morto e enterrado diz bem do carácter da criatura.


o caça em que Tintim foge no «Ceptro de Ottokar» é um Messerschmidt Bf 109 G
Essa é boa demais para ser verdade! E logo o ‘Ceptro’, em que Tintim enfrenta o ridículo Müsstler (Mussolini+Hitler, para quem não souber) e foge no avião roubado aos ‘bravos’ aviadores entretidos na conversa.

Mais aviões em "O Ceptro de Ottokar":
- Savoia-Marchetti SM 73
- Stinson R3
- Potez 62
- Dewoitine 332 Emeraude
- Lioré et Olivier LeO H 242-1

E mais outros em "A Ilha Negra":
- Percival P44 Prentice
- Dewoitine D21
- Cessna 150
- Howard DGA 5
- DeHavilland Canada DHC 1 Chipmunk
- De Havilland Tiger Moth
- Avro 631 Cadet
- Savoia-Marchetti SM 73
- Hawker-Siddeley HS 121 Trident

Se é pelos aviões, os nazis levaram uma coça do Hergé.


E que o fox-terrier Milu era o cão do regimento de Adolf Hitler durante a 1ª Guerra Mundial?
Não me diga! Que estranho, logo um cão tão invulgar...


bem pior que a do III Reich..
Bem, pior é impossível.

http://www.garenewing.co.uk/home/writing/writingImages/colonelSponsz.jpg

1:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

http://www.garenewing.co.uk/home/writing/
writingImages/colonelSponsz.jpg

1:07 da manhã  

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