É verdade. «Sicrano ama Fulana» — eis a denúncia soez a toda a extensão da parede. Mas ainda aí era alguém a falar por nós, era alguém a interpretar ilegitimamente os nossos sentimentos. Porque entre nós e a menina não havia outro modo de comunicação que não fosse o tradicional olhos-nos-olhos. Estes de agora dizem que se querem e que se precisam e que se amam por SMS, para evitar a vergonha do pedido denegado. Frente a frente, cravam os olhos no chão. É bem possível, nos dias de hoje, um rapazolas moderno encontrar outro no café ou na esplanada, e perguntar: "Então, que estás aqui a fazer?", recebendo como resposta: "Hoje é um dia muito importante para mim. Vou conhecer a minha namorada."
Essa é boa! Mas já o bom do tio Timóteo, na "Tragédia da Rua das Flores", falava com desprezo dos jovens de então, todos enfezados. No tempo dele, Timóteo, «qualquer rapaz que se prezasse tinha um ou dois bastardos»!
5 Comentários:
SOS
Eles não amam. Curtem...
Bem, no "nosso" tempo escrevia-se no tronco das árvores ou nos tampos das mesas de escola «X Love Y»...
É verdade. «Sicrano ama Fulana» — eis a denúncia soez a toda a extensão da parede. Mas ainda aí era alguém a falar por nós, era alguém a interpretar ilegitimamente os nossos sentimentos. Porque entre nós e a menina não havia outro modo de comunicação que não fosse o tradicional olhos-nos-olhos.
Estes de agora dizem que se querem e que se precisam e que se amam por SMS, para evitar a vergonha do pedido denegado. Frente a frente, cravam os olhos no chão.
É bem possível, nos dias de hoje, um rapazolas moderno encontrar outro no café ou na esplanada, e perguntar: "Então, que estás aqui a fazer?", recebendo como resposta: "Hoje é um dia muito importante para mim. Vou conhecer a minha namorada."
Essa é boa!
Mas já o bom do tio Timóteo, na "Tragédia da Rua das Flores", falava com desprezo dos jovens de então, todos enfezados. No tempo dele, Timóteo, «qualquer rapaz que se prezasse tinha um ou dois bastardos»!
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