domingo, janeiro 21, 2007

As Alternativas Envenenadas




A 'Direita' e a 'Esquerda' que temos são coniventes em muito mais que o essencial, são as duas faces de um 'Janus' ignóbil que se alimenta do Estado, do estado 'a que isto chegou'. Do Estado e das Empresas públicas. Os ineptos instalam-se em tudo o que 'valha', com o pragmatismo e a habilidade dos enxames de gafanhotos...São públicos e notórios a ineficiência, o nepotismo e a corrupção. Mais a Justiça que não funciona, ou é inócua, e a Saúde, e a Educação, e...É o reino da mediocridade e da clientela. Qual é o espanto? «É fartar, vilanagem!» Para quê dizer mais?

Este é o Estado 'deles', é um 'estado de térmitas', não é o Estado de Portugal. Para quem queira guardar Integridade, Inteligência e Honra esta situação e os seus agentes inibem o necessário consenso para uma qualquer 'Nova Política', inibem qualquer capacidade de acção, qualquer 'realismo' contemporizador. É inútil, tudo haveria de falhar. Eles não suscitam senão um profundo vómito, tão intenso que exclui qualquer pragmatismo...
Outra atitude, menos radical mas equivalente, detecta-se no despovoamento silencioso do aparelho político por parte daqueles para quem a competência e a dignidade ainda contam.

As 'más notícias', entretanto, chegaram: não é possível manter este Cancro, desenvolvido há décadas pela voracidade dos 'gestores' públicos, por políticos mentirosos e pela ilusão popular.

Já só nos resta, 'vivo e activo', metade de Portugal, mas as 'más notícias' afinal são boas.

6 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

E qual é a alternativa, a treta do PNR? Falta em Portugal um grande partido que congregue as várias sensibilidades da direita anti-sistema e não permita a infiltração da escumalha neo-nazi, que lixa qualquer tentativa deste género.

4:11 da tarde  
Blogger Vítor Luís said...

De acordo, Afonso.

Não estou na acção política, para além de apoiar as Causas Directas necessárias. Mas parece-me que um 'grande partido congregador' não nasce de um dia para o outro. Não há apenas tretas, convenhamos...
Por exemplo, conheço alguns elementos do PNR, que querem ir mais longe, com real consistência, maior valor e alcance nacional. Por outro lado, creio que entre a 'escumalha' que refere há muitas excepções, inteligentes e corajosas tal como em outras 'escumalhas', até mesmo a comunista e a socialista(!)...
É preciso é saber identificá-las.
Há também muitos independentes e 'não alinhados' que nem sequer se recenseiam.

Eu diria que o primeiro passo para construir uma atitude congregadora é manifestar um critério abrangente
que seleccione as vontades apenas em função de um Valor: a Fidelidade efectiva e primacialmente manifesta à Nação Portuguesa e a Portugal, como Estado, como Comunidade e Unidade de vida política soberana dos portugueses. Seja em que escalão social nos encontremos, acima de qualquer outra opção 'religiosa', ideológica ou circunstancial'. É uma Fidelidade independente da raça e do'sangue', como a nossa própria História prova, superior a qualquer dimensão física, que apenas manifestada, é heróica. E o Mal é tão forte e tão grande que, hoje, só a 'Via Heróica' nos pode libertar e conduzir à Via da Inteligência e da Justiça. Eis algo que é difícil de entender para aqueles que têm uma concepção puramente materialista da existência, e se dizem 'de Direita'.

Cumprir isso é adoptar a mesma atitude essencial do Fundador e de todos os Exemplos que se lhe seguiram. E não há melhor Herança.

Para os que temem o exacerbar de uuma 'Portugalidade agressiva' e intransigente, não devemos preparar um 'Kibutz', mas desenhar um novo Tordesilhas: eles estão do 'outro lado'. Fica traçado o risco - Portugal é um desafio que nunca foi para medíocres.

Porém, O Estado desagregou-se, e as elites naturais claudicaram, reina a confusão, equívocos e desenganos sucedem-se, a impunidade é um facto. Os portugueses - mesmo os 'patriotas', os 'integralistas', os 'nacionais-revolucionários' ou os muitos 'nacionalistas' - estão algo desorientados. Há, pois, que saber de que Portugal falamos.
'Identitários'? Sim, mas qual é a Identidade? Nacionalistas? sim, mas de que Nação? Europeus? Também, mas de que Europa?

Finalmente, há que considerar o que tipo de 'autoridade convocatória'
ou de que legitimidade se deve revestir quem 'selecciona'.

Não há nada que 'lixe' uma grande e justa Vontade e a maior capacidade de Sofrimento. Todos os verdadeiros Poderes do Mundo vêm daí. Foi Jean René Hugenin - o Hussardo - quem o escreveu. Não há alternativa ao Trabalho, ao Conhecimento, à Disciplina, à Coragem, à Seriedade e à Solidariedade. Tudo começa por aí.

4:31 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Saúdo o teu regresso (após o post Bernardo Marques), ó mensageiro das "más notícias". Aqui a 'escumalha' também é pouco dada a mensagens rectificadoras. Mas aprecio os que, como alguém já disse, sabem "reconhecer o sentido profundo dos acontecimentos que se vão desencadeando à nossa volta". Do meio das ruínas acabámos a servir «falsos senhores»... No entanto, não achas difícil manter a Fidelidade "acima de qualquer outra opção circunstancial" quando é interrompido o livre curso do ciclo do Trabalho e Conhecimento, pelas razões que sabes?! Quanto à 'Via Heróica', também tem de ser vivida na prática. Além de que não é para todos (e, claro, muito menos para estes «Rambos de pacotilha» com fardas de Comando,felizmente já com as malas à porta).

3:04 da tarde  
Blogger Vítor Luís said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10:30 da tarde  
Blogger Vítor Luís said...

A 'Via Heróica' só vale porque seguida' na prática'. De facto 'não é para todos', mas ela própria se encarrega de fazer a selecção, não somos nós os juízes. É uma alegoria: é preciso ser tão contido como intrépido para resistir às poderosas tentações do imediatismo e da pura afirmação pessoal...

A Fidelidade a Portugal é hoje mais 'difícil' que nunca. Porém, Portugal é muito mais que o 'estado exíguo' presente, e a 'Lusitânia', que talvez funcione como mito identificador romântico para quem se contentar com uma espécie de 'Bélgica lusitana' como 'ideal nacional', é um cenário demasiado redutor para suscitar um dever maior que a defesa da casa, e da limpeza e ordem nas ruas... Sendo necessário, não é bastante.

10:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Percebi parte. Não tinha a 'Via Heróica' como alegoria.Quanto à minha falta de contenção e intrepidez, infelizmente, já se manifestou há dias com um "escudo quadrado" em cima da cabeça de um deles. Pelos vistos, o Código Comando também não é para todos. E a vinda dos Comandos para cá só veio dar uma 'ajuda' para tirar daqui a Escola, tal como já estava previsto antes. Infelizmente, quando há uns anos o FN acabou com o Regimento na Amadora, não me lembro (e peço desculpa se estiver enganado) de qualquer 'causa directa' patrocinada pela Associação. Mas para além desta mera questão de ordem pública, estou completamente de acordo com o teu último post. E, claro, não sou o Paulo Castanho...

2:10 da tarde  

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