quinta-feira, janeiro 04, 2007

Bach e um copo

Chego a casa, noite dentro, depois de um dia em que vi muita coisa feia, mesmo muito feia, com um pé no Inferno, não longe de visões boscheanas e pitadas de cheiro a enxofre. Será que os crimes dos homens glorificam Deus?
Antes do difícil sono, que livro escolher? Percorro as estantes sabendo bem que, nessas fileiras cerradas, há milhares de livros que nunca mais abrirei. Talvez reler algum filósofo que me rediga: “Nada existe, portanto tudo pode acontecer e, além disso, a importância é nula; o preço é o mesmo.”
Mas não. Antes deitar a mão a um copo de bom tinto e pôr um Bach que, esse, está sempre ao serviço quando se trata de reconfortar a alma.

5 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Compreendo o estado de espírito, embora prefira Schubert e um whisky de malte. Bom Ano!

8:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mas o que é que temos a ver com as angústias metafísicas que o rapaz Morais tenta afogar em vinho tinto?

1:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sejam bem educados! Putos insolentes! Estavam a precisar de campo de trabalho no lombo!!

7:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tem razão o J.Telles.Deixem-se de gozações com pessoas mais velhas!Se chegarem à mesma idade vamos ver se não fazem figuras ainda mais tristes.

8:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

noutras circunstâncias , 'a noite transfigurada' de schoenberg tb me pareceria adequada. o copo de tinto mantê-lo-ia (ultimamente, os alentejanos).

Um abraço e um bom ano de 2007.

9:13 da tarde  

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