A pequena e exemplar democracia
O ministro da Segurança Pública da Pequena Democracia do Médio Oriente, vulgo Israel, ordenou a destruição da casa em Jerusalém da família do israelita árabe Alaa Abu Dhaim, que há dias matou oito estudantes no ataque a um seminário hebraico daquela cidade. A família de Dhaim será espoliada e expulsa, sem qualquer acusação ou julgamento. Mais um exemplo de procedimento democrático, exercício isento da justiça e anti-racismo da Pequena Democracia do Médio Oriente.
5 Comentários:
Mas qual a diferença entre isso e a "Noite de Cristal"? Bem, em 1936, os SAs que o praticaram foram exemplarmente castigados pelo governo do chanceler Adolfo Hitler, enquanto que no caso dos pencudos "democráticos" de agora, os (ir)responsáveis serão provavelmente louvados e receberão uma tampa nova (vulgo solidéu) para que o cérebro (ou o que dele resta) não se lhes evapore ao sol do deserto...
Entretanto, continuam a asfixiar Gaza num processo genocida frio e calculista, a matar a torto e a direito e a erguer colonatos.
Artigo sobre o assunto aqui.
[vale a pena ler os comentários para perceber a que ponto o Ha'aretz é uma excepção]
É sempre interessante comparar o tratamento de judeus e não-judeus na Pequena Democracia do Médio Oriente. Por exemplo:
-- Para Baruch Goldstein: lágrimas, tolerância, monumento e reuniões comemorativas.
-- Para a família de Alaa Abu Dhaim: demolição, espoliação e expulsão, sem julgamento nem acusação.
O que, de resto, nem sequer é novidade. Foi depois de muitos casos como este que o falecido «tirano sanguinário» Saddam Hussein começou a ajudar financeiramente as famílias espoliadas.
O que, naturalmente, causou logo a mais viva indignação no democratiquíssimo e antiracistíssimo Ocidente que tão bem aceita a lenta sufocação do gueto de Gaza, sempre pronto a repudiar energicamente o terrorismo, desde que os terroristas não sejam judeus...
E a familia de Abu Dhaim foi enviada para o campo de concentração de Gaza?
O Ocidente não abre a boca sobre o terrorismo de Estado israelita. "Terroristas" são sempre os outros, como bem diz o Pedro Botelho.
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