sexta-feira, setembro 29, 2006

Já agora...

A própósito do cancelamento da encenação, alegadamente ofensiva para os muçulmanos, do 'Idomeneo' de Mozart, na Deutsche Oper de Berlim: porque será que há sempre tantos medinhos, tantos não-se-pode-fazer e tanta auto-censura com qualquer abordagem artístico-cultural de tudo o que envolva Islão e judaísmo, e qualquer diva pop cana rachada, qualquer artista "conceptual" bedungoso pode dar tratos de polé à iconografia e às figuras do cristianismo, que é logo aclamado pelas massas, defendido pelos media e apaparicado pelas pseudo-elites? Estou à vontade para perguntar isto porque: a) não sou crente; b) sou contra a censura. Mas se a Madonna se pode "crucificar" estilizadamente num concerto usando uma coroa de espinhos de néon, e se se pode pintar Jesus Cristo a comer um Big Mag e a beber Fanta por uma palhinha, então também se pode passear um mono de Maomé no palco enquanto se lhe dá pauladas e serra a cabeça, ou fazer um número de malabarismo com a Tora disfarçado de rabi transexual e a contar piadas sobre Auschwitz.

5 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Dirão os vastos e frios intelectos que, como se sabe, nos contemplam superficialmente desde o planeta Marte que, hoje em dia, as direitas cristãs -- mesmo aquelas que até muito recentemente exigiam que se proibisse a ridicularização dos seus polichinelos sagrados -- e até a própria Igreja apostólica romana, já não se mostram tão fanaticamente exigentes em relação à limitação da liberdade de expressão de outrem.

Mas a verdade é que semelhante tolerância desaparece como por encanto sempre que o alvo da referida expressão supostamente livre é, não o Islão ou o próprio Cristianismo, mas -- zeus nos livre! -- o Judaísmo ou as acções e exigências do Povo de Eleição, intermediário entre o Céu da Verdade decretada que, por sagrada, não deve ser objecto de exame, e a Terra dos pecadores cépticos que devem ser perseguidos e castigados até ao seu extermínio e para além dele.

Experimentem ridicularizar, ou sequer desmentir através de factos científicos muito sérios e rigorosos, o gigantesco logro que dá pelo nome propagandístico de "Holocausto" (*) e verão onde pára a recém-descoberta "tolerância" das direitas católicas como das esquerdas e dos centros, dos papa-açordas polacos como dos espertalhufos inquisidores germânicos, dos ateus como dos agnósticos, dos intelectuais como do povinho não-eleito que acredita nas fantochadas do Canal da História...

O medo dos Judeus e do seu tremendo poder, perfeitamente compreensível hoje como no tempo do velho Marco Túlio, é o factor decisivo da censura religiosa mais universal de sempre.

Tentem imaginar o idiota Ratzinger -- o tal que diz por autor interposto (uma vez que a interposição é necessária para poder ficar a piscar os olhinhos de surpresa após as mais que previsíveis reacções) que o polichinelo Maomé é irracional, enquanto Cristo, o polichinelo cissíparo, reconcilia a razão com a fé -- a citar um qualquer autor medieval cristão sobre o odiento exclusivismo racial dos Judeus, ou algum encenador alemão a colocar uma cabeça ensanguentada de Moisés num palco, fora do habitual contexto de vitimização do judeu pelo não-judeu, carente de urgentes desculpas, indemnizações e alterações da paisagem urbana com mais holo-mamarrachos comemorativos, para compreender o alcance absolutamente total do culto censório sob cujo império vivemos.

A verdadeira censura, meus amigos, é aquela de que não se ouve falar em público, de que só se fala em sussurro, ou através de electrões inexistentes e cristais líquidos, tal a magia da liberdade...

A verdeira censura é aquela que faz os cagalhões engomados mediáticos que posam como destemidos defensores da liberdade de expressão ficarem caladinhos que nem ratos frente, já nem digo sequer à investigação da História que os colocaria em risco, mas tão só à perseguição e internamento dos chamados "revisionistas do Holocausto" que poderia merecer ao menos uma palavrita de condenação sem ambiguidade de tempos a tempos, uma vez que tal ainda não implica necessariamente pena mais grave que a expulsão dos poleiros melhor remunerados...

Essa é que é essa, e é por isso que a Internet sofre o ataque incessante e desesperado das organizações judaicas e seus lacaios.

Que a liberdade de expressão possa continuar a resistir neste mundo muito mais real que as matrizes virtuais que políticos e comentadores mediáticos nos impõem, nestes tempos tenebrosos em que infelizmente assistimos à corrosão diária do santuário americano da liberdade de expressão universal, e nos transformamos todos em palestinianos em nossas próprias casas, devem ser os nossos votos!

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(*) Ou seja (definição para evitar os equívocos intencionais e sistemáticos do palavreado holocaústico): a pretensa tentativa de extermínio deliberado de toda uma raça, sobretudo através do uso homicida em supostos matadouros industriais de um pesticida comercial corrente, supostamente redundando em 6 milhões aproximados de mortos.

3:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nem mais meus caros, é exactamente isso!

12:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Excelente postal e excelente comentário. Está tudo dito nos dois. Parabéns!

12:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Piadas sobre Auschwitz? Gozar com o "holocausto"? Não sabem que não se brinca com a religião, seus neo-nazis de uma figa?

6:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

“Diz o roto ao nu... “
Neste caso rotos, nem a mamã respeitam.

11:11 da manhã  

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