segunda-feira, outubro 23, 2006

Eles fazem o que querem

O governo de Israel admitiu pela primeira vez que usou bombas de fósforo contra o Hezbollah durante a recente invasão do Líbano, noticiou a BBC. Não foi dito quando, onde ou como os engenhos foram utilizados. Durante os combates no Verão, muitas pessoas, em especial médicos de hospitais no sul do Líbano, tinham dito que suspeitavam que algumas das queimaduras em civis haviam sido provocadas por bombas de fósforo. A Convenção de Genebra interdita o uso de fósforo branco como arma incendiária contra populações civis e em ataques aéreos contra forças militares em áreas civis. Mas Israel faz o que muito bem quer, fica impune e ninguém lhe pede contas ou chama à pedra. Seria anti-semitismo, e isso é que é inadmissível. Vão antes incomodar o Irão. Esse sim, é um perigo e não respeita nada nem ninguém.

15 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

http://judicial-inc.biz/Dense_Inert_Metal_Explosive.htm

3:01 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Victor, a Coreia do Norte fez um ensaio nuclear há uma semana, e você vem falar do Irão?!?!

10:59 da manhã  
Blogger JLP said...

Caro Victor Abreu,

Eu, insuspeito que sou de apoiar a causa israelita, não posso deixar de clarificar o seu artigo, referindo que dizer que a "Convenção de Genebra interdita o uso de fósforo branco como arma incendiária contra populações civis e em ataques aéreos contra forças militares em áreas civis" não é verdadeiro. Já há tempos Vital Moreira cometera o mesmo erro, tendo escrito (com referências) esclarecendo nesse sentido.

Cumprimentos.

11:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pois é, o estado de israel não segue nem convenções de armas proibidas, nem tratados de não proliferação de armas nucleares.
E depois os maus são sempre os outros.

Caro jlp, se é insuspeito de apoiar a judiaria, explique as coisas até ao fim e não fique a meio, pois dá logo a ideia que a sua imparcialidade é da do género "ocidental".

O simples facto de israel se poder manter à margem do que todos os outros consideram mau, já é uma prova da má fé dos indivíduos que formam este estado.

Aprendam de uma vez por todas, israel é o estado judeu, e portanto segue as leis judias, inclusivé as que dizem que todos os não judeus são seres inferiores que podem e devem ser mal tratados e até assassinados! Portanto bombas de fosforo ou armas nucleares são para eles apenas pormenores.

O estdo de israel deve existir e deve ser onde vivem TODOS os judeus (especialmente os do "ocidente"). Mas israel só será respeitado quando repeitar os outros (e o mesmo se aplica à judiaria internacional).

E não me venham com argumentos de merda como o do "anti-semitismo"!

E o que é que alguns de vocês, os não judeus, como seres "inferiores" vão fazer contra isto? Vão continuar a lamber-lhes o cu, não é?

12:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me que não escrevi que Israel não estava a cumprir o que tinha assinado, mas que a Convenção de Genebra interdita o uso de tais armas. O que torna ainda mais grave o facto de Israel - e também dos EUA, claro - manterem-se à margem dos protocolos citados pelo JLP. Isto só reforça a essência do meu postal: Israel faz o que lhe apetece, à margem de todas as normas e acordos internacionais, e ninguém tem coragem para lhe pedir explicações.

2:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Quanto ao ensaio nuclear da Coreia do Norte, remeto o democrata para o postal de Eurico de Barros sobre a política externa da administração W.Bush.

2:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tens toda a razão. É incrível mas os pró Israel querem lá saber!

4:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Israel é um estado assasino, um estado terrorista que não pára nem cede perante ninguém. Certo. Agora não me venham é como esta "causa dos povos", dos coitadinhos do outro lado, porque os "coitadinhos" gostam tanto de nós, como vocês gostam de Israel.

7:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

« os "coitadinhos" gostam tanto de nós, como vocês gostam de Israel. »


Bem observado anónimo das 7:19 PM

7:50 da tarde  
Blogger JLP said...

Caro Victor Abreu,

Sejamos honestos.

As Convenções de Genebra não proíbem o uso das armas referidas em civis. Existe sim uma convenção adicional (e bastante posterior às Convenções originais e mesmo à sua principal revisão) que constituiu um conjunto de protocolos opcionais que regulavam vários tipos de armas considerando, por decisão livre e soberana dos seus signatários, que esta se considerava ratificada pela adesão dos estados a pelo menos dois dos cinco protocolos que a constituem (independentemente de quais eles sejam). Esta convenção foi acrescentada às Convencões de Genebra como um anexo.

Israel (e os Estados Unidos) não são os únicos países que não subscrevem esse protocolo em concreto, assim como outros optaram por não subscrever outros, mesmo assim mantendo as condições acordadas. Assim como a própria ratificação desta convenção não é obrigatória para os signatários das Convenções de Genebra.

Ou seja, Israel cumpre presentemente as obrigações com que se compremeteu quer pela assinatura das Convenções de Genebra, quer pelo ratificação da convenção adicional referida.

Quanto à sua conclusão, Israel obviamente que faz o que lhe apetece, no cumprimento das obrigações internacionais que escolheu acatar. Chama-se soberania. Os tratados e convenções internacionais não são documentos obrigatórios, mas sim documentos que partem da vontade soberana dos seus signatários, os quais são os únicos a que se devem "explicações" pelos cumprimento dos compromissos acordados.

As convenções de Genebra, a convenção adicional, o Tratado para a Não-Proliferação Nuclear constituem obrigações somente para aqueles que optaram por os subscrever, nos termos em que foram subscritos. A (eventual) obrigação dos signatários destes tratados é a de tentarem aliciar os que não o fizeram, por meios legítimos, a eles aderirem. Mas o facto de não o fazerem é uma opção que sempre legitimamente lhes assiste, e da qual não tem que dar explicações a ninguém.

7:54 da tarde  
Blogger Victor Abreu said...

Mas ninguém lhas pede nunca...

11:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

« os "coitadinhos" gostam tanto de nós, como vocês gostam de Israel. »


>>Bem observado anónimo das 7:19 PM

Sim, e depois?
Lá por não gostarmos de israel temos de gostar dos outros?
Mas que fraca argumentação, não consegue melhor?

Há alguma razão para gostar de israel? Serão por acaso mais do que os outros? Parece que sim, pelo menos para os nossos digníssimos comentadores!

"Sejamos honestos."

Você tem cá um piadão.


" que constituiu um conjunto de protocolos opcionais que regulavam vários tipos de armas considerando, por decisão livre e soberana dos seus signatários,"

Ai sim? Mas então, uns não assinam porque não querem (são estados "soberanos") os outros ou assinam ou são bombardeados!?

Mas você quer nos fazer todos de parvos? Então e a proliferação nuclear? É só para os amigos?

5:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tem toda a razão, a proliferação nuclear é só para amigos. Em especial para o amigo Israel, que tem um dos maiores arsenais nucleares do mundo e é o verdadeiro perigo para o Médio Oriente.

6:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Sim, e depois?
Lá por não gostarmos de israel temos de gostar dos outros?
Mas que fraca argumentação, não consegue melhor?"

Mas é precisamente isso que eu estou a dizer: Não temos de gostar nem de nos pormos do lado dos outros. Mas INFELIZMENTE é o que acontece.

Quem parece ter fraca argumentação aliada à falta de interpretação é você.

9:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Sim, e depois?
Lá por não gostarmos de israel temos de gostar dos outros?
Mas que fraca argumentação, não consegue melhor?"

Mas é precisamente isso que eu estou a dizer: Não temos de gostar nem de nos pormos do lado dos outros. Mas INFELIZMENTE é o que acontece.

Quem parece ter fraca argumentação aliada à falta de interpretação é você.

9:20 da tarde  

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