sexta-feira, março 23, 2007

Praga

Acabo de ver a SIC Notícias gastar largos minutos a gabar os méritos da nova PlayStation 3, e a entrevistar um adolescente que andou dois anos a poupar mais de 600 euros para ser o primeiro a comprá-la numa loja de Lisboa, aberta de propósito à meia-noite para as começar a vender (à porta havia uma fila de centenas de pessoas, disse o jornalista). Eu sei que vou dizer uma coisa impopularíssima e não-'cool', mas considero os jogos de vídeo a praga mais sinistra e perniciosa que se abateu sobre as novas gerações. Mas isto sou eu, que fui criado no tempo da televisão a preto e branco e só com dois canais, a ler banda desenhada e livros, a ir ao cinema e a frequentar museus, e a distrair-me sozinho ou com outros miúdos, com brincadeiras e jogos que entretinham, socializavam e formavam. Chamem-me o que quiserem, mas não trocava nada disto pela mais dispendiosa, sofisticada e interactiva consola de videojogos.

10 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Fartei-me rapidamente de jogar essas porcarias. Realmente, são viciantes e caros, ainda por cima. E consomem demasiado tempo útil. Fiz uma "limpeza" radical em casa e pus o meu filho a ler mais livros, a ver mais filmes e a sair mais para fazer desporto. a princípio ainda protestou mas passou-lhe. Só muito raramente agora se jogam videogames aqui em casa. Sou mais novo que o Eurico mas compreendo o que quer dizer. Também cresci a divertir-me e cultivar-me com outras coisas que não os jogos electrónicos.

1:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

É o capitalismo em todo o seu esplendor!!!
Que até defendem…

Marianne

9:58 da manhã  
Blogger Unknown said...

vivemos dominados por uma organizaçao totalitaria, mascarada de democracia, ue, etc. Além das 'purgas" , agora nas empresas e nao no partido, para manter o medo como sentimento generalisado e forma de controle das massas, outros desses instrumentos sao a destruiçao dos valores- questao bastante falada neste blogue e que é intencional- e a pulverisaçao dos individuos, o seu isolamento e desenraizamento, os antigos exemplos voce conhece-os os novos voce ve-os na "soc. multicultural". peço desculpa pelo tom, mas venho de "descobrir" que a UE é uma organizaçao totalitaria.

2:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tenho uma ps2, garanto-lhe que vale cada centimo investido nela. É uma plataforma para toda a familia

3:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro DLM, com que então a brincar com os brinquedos capitalistas dos mais novos!

Cumprimentos.

5:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Os videojogos são interactivos. O utilizador assume um papel activo, e não passivo; é obrigado a responder à máquina, tem de ultrapassar obstáculos, responder a desafios e alcançar objectivos. E é um meio de habituação às linguagens informáticas e electrónicas, que serão a base do futuro.

"Adolescentes?" Em algumas empresas nacionais, compostas maioritariamente por jovens adultos, competições de videojogos são hoje um meio de socialização. Para além de que, entre casais jovens, começa a ser de bom tom ter uma consola para receber amigos.

Como em tudo na vida, o excesso faz mal. O Filipe fez muito bem em fazer uma "limpeza" radical de forma a tornar a vida do seu filho mais equilibrada.

Mas se lhe proibiu por completo a consola, está a cometer um erro grave.

7:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não entendo realmente a loucura de se esperar horas numa bicha para depois gastar uma fortuna numa porcaria que nem sequer tem piada.

Bom, mas como ando nisto da informática desde 1977 (sou velhinho), já sou um «cota» (que raio de nomenclatura mais estúpida que os putos arranjam!), e portanto não sei nada do que é «cool».

Pois é, mas a maioria dos jogos das playstations já passaram nos velhos XTs e ATs há quase duas décadas (com piores gráficos e som, mas eram essencialmente os mesmos) e cedo me fartei deles (e, na altura, não era «cota»).

E uma playstation nuca teve a versatilidade de um bom computador, mesmo em jogos. Aliás, a moda das playstations é induzida por subliminares para os miúdos as preferirem aos computadores pessoais. Repare-se: são muito menos versáteis, não permitem a cópia ou o hacking de jogos (mais lucros para as empresas vendedoras e mais prejuízos para os pais), e são de uma estupidez infinda. O Filipe tem toda a razão. Assim como o Alves Martins.
A UE totalitária? Se fosse só isso, estávamos nós bem.

7:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Miguel está redondamente enganado. Estes jogos são um factor de estupidificação, de isolamento da realidade familiar, social e cultural, e de comportamentos repetitivos - que levam à estagnação intelectual e ao cansaço -, e que afastam os jovens da actividade mental e física que, essa sim, desenvolve a mente e agiliza o corpo. Quanto a essa das empresas de jovens adultos, conheço bem os ditos: uns ignorantes abissais de tudo senão de informática e afins, hiperespecializados no seu ofício mas nulos no resto; e a essas dos casais com consolas para receber os amigos, é de entristecer. E não proibi a consola ao meu filho, ensinei-lhe é que há um mundo e uma vida cheios de surpresas e maravilhas para lá dela. E ele agora só joga esporadicamente, e ainda bem.

9:38 da tarde  
Blogger Unknown said...

So isso? Nao acha gravissimo? Nao acha que é o tipo de sistema politico mais perigoso e dificil de combater? Sera que ha' alguem que saiba como se combate?

7:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Alves Martins, claro que é gravíssimo. Contudo, é bem pior que os totalitarismos do passado. É o primeiro em que se utiliza uma combinação massificada dos media, das tecnologias subliminares e de controlo das populações, da medicina (muitas das vacinas não o são verdadeiramente) e da economia para levar à pobreza e à incapacidade 80% da sua população, de modo a que só exista uma oligarquia dirigente, com todos os luxos e direitos, e uma imensa massa amorfa de autênticos escravos, que tudo farão para sobreviverem.

Como destruir um monstro destes? Creio que o primeiro passo será rasgar sistematicamente os véus de mentira e ilusão que nos querem por em cima, desacreditando toda e qualquer «notícia» oficial, toda e qualquer «bénesse» europeísta.

Sabia, por exemplo, que a UE tem muito mais proibições em cada um dos seus estados membros do que a Alemanha nazi ou a URSS alguma vez tiveram?
Dá que pensar.

Cumprimentos

10:41 da tarde  

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