Universidade amordaçada
Na passada semana, o historiador francês Robert Faurisson foi impedido de falar na Universidade de Teramo, em Itália, onde se deslocou a convite do seu colega Claudio Moffa. O reitor da universidade encerrou-a pura e simplesmente, após o professor Moffa se ter recusado a retirar o convite a Faurisson. Belas universidades tem esta Europa das "liberdades", onde não há palestras, debates, liberdade de expressão ou portas abertas para os "holocausticamente incorrectos".
20 Comentários:
Note a forma como os noticiários das televisões italianas -- por exemplo aqui e aqui --conseguem (através da substituição do directo pelo comentário em off na altura estratégica) a amputação subtil das palavras «l'état d'Israël» da famosa frase de 60 palavras (precisas e contadas para evitar as falsificações sistemáticas) através da qual Faurisson procura há décadas sintetizar as verdades fulcrais que pretende comunicar.
Compare-se com a frase tal como se pode ouvir através dos links à entrevista de 1980 na Europe1, fornecidos mais abaixo (em negrito as palavras eliminadas):
"Les prétendues chambres à gaz hitlériennes et le prétendu génocide des juifs forment un seul et même mensonge historique qui a permis une gigantesque escroquerie politico financière dont les principaux bénéficiaires sont l'état d'Israël et le sionisme international et dont les principales victimes sont le peuple allemand, mais non pas ses dirigeants, et le peuple palestinien tout entier."
Sessenta palavras como punhos que põem em pânico a censura judaica que Israel tem procurado impor a todo o custo e a todo o planeta, através até da Organização das Nações Unidas!
Aqui ficam alguns links em resposta á pergunta «Quem é esse tal Faurisson de que toda a gente fala e que nunca se ouve nem se vê?»:
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 1
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 2
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 3
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 4
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 5
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 6
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 7
Faurisson: Le problème des chambres à gaz (1986) - 8
Faurisson (Europe1, 1980) - 1
Faurisson (Europe1, 1980) - 2
Faurisson (Radio Courtoisie, 1989) - 1
Faurisson (Radio Courtoisie, 1989) - 2
Faurisson (Radio Courtoisie, 1989) - 3
Faurisson (Radio Courtoisie, 1989) - 4
Faurisson (Radio Courtoisie, 1989) - 5
Faurisson (Radio Courtoisie, 1989) - 6
Faurisson on historical lies
Faurisson on Raul Hilberg
E viva o You Tube! Não há melodia mais maviosa que o rilhar de dentes censórios impotentes...
Meu caro Eurico,
Concordo consigo ao defender que um "historiador" (como deve imaginar, aqui coloco não inocentemente aspas...)não pode ser acusado nem censurado meramente por colocar a história de uma outra perspectiva.
Agora, e fazendo a minha própria leitura do seu post (bem como doutros anteriores) e da linha editorial deste blog: concordará o meu caro amigo comigo quando eu condeno o holocausto nazi (e repare que aqui não uso aspas...)? E quando comparo essa barbárie ao sistema concentracionário soviético, por exemplo, que curiosa e ideológicamente está do lado oposto da barricada?
Uma referência para o "desaparecimento" de SG Buiça da Blogosfera.
Em lados opostos, SG Buiça é sionista, somos anti-sionistas, foi sempre um adversário Leal e correcto, por exemplo a antítese do Fernando Araújo, mal-educado e não tão culto como se arroga.
Caro SG Buiça, volte, pessoas coerentes como Você é que fazem falta.
Cumprimentos.
PL
Excelente informação, Pedro Botelho, muito obrigado!
Ó Pedro Botelho, desconhecia que o «revisionista» Faurisson se tinha debruçado (também) sobre a problemática das câmaras de gás - pensei que isso era o 'Relatório Leuchter' de má fama...
Sou um homem de Esquerda, mas respeito a Tradição. Daí estar a dar o benefício de dúvida a alguma da temática revisionista que, pelo menos no caso de Katyn, provou estar historicamente correcta.
Entristecem-me estas atitudes pseudo-democráticas, entre nós e também pela Europa fora, a ser verdade o que o Eurico refere.
Tomemos o exemplo dos famigerados «Protocolos». Tenho por mim assente que a fonte dessa mistificação grosseira foi um panfleto francês, o «Les Dialogues aux Enfers entre Machiavel et Montesquieu au XIXe siècle», de Mauroice Joly, 'composto' pela Okhrana.
No entanto, calhou-me estar a reler agora «O Mistério do Graal» e noto que o próprio Julius Evola (pp. 251-2), apesar de deixar em aberto a questão da veracidade ou falsidade desse documento admite, segundo diz, que "os principais acontecimentos da História contemporânea que se verificaram depois da sua publicação, revelaram uma impressionante concordância com o plano neles descrito."
Ora mesmo a uns 70 anos de distância, ia custar-me muito ver hoje esse pensador (tão «fascista» como Platão e Dante)estar proscrito e proibido de apresentar as suas ideias numa universidade qualquer do seu país.
Prisão para toda essa gentalha.
Está na hora das democracias perderem os seus pudores de serem liberalmente correctas. Para quê, se é para depois sofrerem este tipo de achincalhos?
Não, não deve haver liberdades nenhumas para quem quer negar o Holocausto!
o "democrata musculado" é amigo do carlos cruz...
O "musculado" é apenas mais um judeu provocador com imenso cagaço da verdade.A vigarice do holocausto nunca existiu,mas não era má ideia que acabasse por acontecer agora.Esses crápulas
estão a pedi-las...
Titurel disse: "desconhecia que o «revisionista» Faurisson se tinha debruçado (também) sobre a problemática das câmaras de gás - pensei que isso era o «Relatório Leuchter» de má fama..."
Desconhecia muito provavelmente pela mesma razão porque desconhece o Relatório Leuchter («má fama» não chega). Ou seja: não tem acesso aos dados ou não os procura. Em que diabo pensava que consistia o revisionismo (aspas porquê?) do Faurisson?
"Tomemos o exemplo dos famigerados «Protocolos»."
É interessante verificar que enquanto os mitos anti-judaicos mais patéticos merecem a veemente condenação de todos, um verdadeiro libelo de sangue moderno contra uma nação inteira -- o famigerado «Holocausto» dos judeus -- se tornou um consumo ideológico e religioso obrigatório imposto pelo estado.
Mas não será para sempre, em minha opinião. O poder da verdade é tremendo: basta-lhe uma pequena testa de ponte que permita a estrita sobrevivência e não mais é possível contê-la; são as falsidades que precisam de protecção censória porque não se aguentam sózinhas.
"No entanto, calhou-me estar a reler agora «O Mistério do Graal» e noto que o próprio Julius Evola (pp. 251-2), apesar de deixar em aberto a questão da veracidade ou falsidade desse documento..."
Esta' de acordo com o seu temperamento mitómano. Em matéria de raciocínio crítico não se distancia muito da pastorícia vidente: uns acreditam que o sol executa danças particulares no céu colectivo, outros que com danças e sapateados colectivos se faz chover na horta da tribo. A patetice é idêntica e não tenho grande estima por ela.
Olha, Botelho. (Trato-te por tu porque felizmente já passei essa fase dos tios e das tias há muitos anos)
Apenas passei pelo blogue e fiz um comentário de ocasião, que achei acertado. Tu, pelos vistos, não pensas assim, com a tua sanha «rectificadora». Vai então corrigindo à vontade e, de caminho, aproveita para escreveres palavras tuas em vez de retirares do contexto as palavras dos outros.
Não sei quem és, nem me interessa muito, embora admita que possas ser o tal «tricéfalo (do) 'Cidadão Botelho'»...
Se não te importas, nos meus comentários, ponho as aspas e as vírgulas onde quiser.
Também concluíste que não conheço o tal Relatório, ou que não sei o que é o Revisionismo (sem aspas) que, aliás, não é (só) do historiador em questão. Paciência, tu lá sabes.
O que não sabes, nem tens de saber é por que estava a reler o Evola à hora do jantar.
E quanto a «temperamento mitómano», não sei como é que o consegues conjugar na mesma frase com o «raciocínio crítico» e a «pastorícia vidente».
Espero que não fossem insultos, porque nessa matéria costumo tratar das coisas pessoalmente. E se estiver mal disposto, apesar de ser um homem de Esquerda (risos), acaba-se logo o contraditório.
Apesar de tudo,até nem discordo de ti: "A patetice é idêntica e não tenho grande estima por ela."
E agora desculpa não te dar mais atenção, mas tenho que me despachar porque vou mais cedo para a praia... Passa bem!
"E quanto a «temperamento mitómano», não sei como é que o consegues conjugar na mesma frase com o «raciocínio crítico» e a «pastorícia vidente»."
É questão de aprender a ler. Se eu escrever numa só frase «em matéria de literacia funcional, distingue-se pela completa incompreensão do que lê», não há contradição, a não ser para o iliterato funcional.
Boa praia.
Zé António: «concordará o meu caro amigo comigo quando eu condeno o holocausto nazi (e repare que aqui não uso aspas...)»
Convém, antes de condenarmos o que quer que seja, precisarmos o que é que estamos a condenar. De contrário, estaremos simplesmente a condenar palavras e a passar por pouco razoáveis.
Por exemplo: não condenemos «o holocausto dos patagões pelos hotentotes», nem «o holocausto dos suecos pelos filipinos». E nem sequer condenemos «o holocausto dos nipo-americanos pela administração Roosevelt», nem «o holocausto dos alemães do Volga pelo regime de Estaline».
Porquê? Porque as palavras vazias de sentido devem ser evitadas: nos dois primeiros casos estaremos a falar de puros disparates que jamais ocorreram, e nos outros dois estaremos eventualmente a pretender falar de deportações em massa e outros acontecimentos criminosos envolventes que efectivamente ocorreram, mas que nada justifica que sejam designados pelo termo «holocausto» que escreve com minúscula (não se referindo portanto à gigantesca vigarice a que se atribuiu nome próprio) e quer dizer propriamente «morticínio pelo fogo».
Condenemos pois a monumental calamidade que foi a Segunda Guerra Mundial em vez de a festejarmos, condenemos as deportações, internamentos e abusos de toda a ordem de que foram vítimas os alemães, os russos, os judeus, os nipo-americanos, e todos os demais sem excepção, e condenemos também os holocaustos (aqui sim, a palavra está correcta) das cidades reduzidas a cinzas pelos bombardeamentos incendiários ou atómicos.
Quanto ao «Holocausto» com maiúscula -- o tal que é nome próprio e invoca uma suposta tentativa falhada de extermínio racial, com morticínio industrial em câmaras de gás homicidas e aproximadamente seis milhões de mortos -- esse não deve ser condenado, não porque a ter-se verificado não o merecesse ser, mas porque se situa no plano ontológico do «holocausto dos patagões pelos hotentotes» ou «dos suecos pelos filipinos». Ou seja: não se verificou, é uma mentira inventada pela propaganda de guerra, uma vigarice política e financeira, uma calúnia, em última análise uma piada de mau gosto.
Caro Pedro Botelho,
Escreveu muito para dizer muito pouco. A única parte da sua resposta que me interessava ouvir (e que está lá para o meio disfarçada no meio de uma série de considerações estéreis) é que, e deixe-me citá-lo, " Quanto ao «Holocausto» com maiúscula -- o tal que é nome próprio e invoca uma suposta tentativa falhada de extermínio racial, com morticínio industrial em câmaras de gás homicidas e aproximadamente seis milhões de mortos -- esse não deve ser condenado, não porque a ter-se verificado não o merecesse ser".
Mas responda-me a uma grande dúvida: por que razão a extrema-direita portuguesa (aquela que se encontra inclusive à direita de Salazar) tem tantos problemas a afirmar-se como verdadeiramente é? É-lhes assim tão difícil auto-proclamarem-se fascistas ou nacionais-socialistas? Eu pensava que o verdadeiro estigma tinha sido criado pela extrema-esquerda, mas cad vez mais percebo que vocês fogem dessas palavras como o diabo da cruz...
E mais, se verdadeiramente acham que não existiu o "Holocausto nazi" porque é que não o dizem clara e abertamente? Para que é precisa tanta "palha" para esconder uma tão fina "agulha"?
Zé António perguntou: «por que razão a extrema-direita portuguesa (aquela que se encontra inclusive à direita de Salazar) tem tantos problemas a afirmar-se como verdadeiramente é?»
A questão que levanta pode eventualmente fazer sentido (uma resposta poderia ser: «em parte porque a lei portuguesa a proíbe de ser o que quer que seja»), mas parece-me absolutamente irrelevante para a investigação da aldrabice holocáustica em si.
«É-lhes assim tão difícil auto-proclamarem-se fascistas ou nacionais-socialistas?»
Não faço ideia, mas admito que possa ser.
«E mais, se verdadeiramente acham que não existiu o "Holocausto nazi" porque é que não o dizem clara e abertamente?»
Mais uma vez a questão que levanta pode fazer sentido (uma resposta poderia ser: «uma parte admira o estado racial-teocrático de Israel, percebe o papel do seu mito fundador e é intelectualmente desonesta»), e mais uma vez me parece irrelevante para a investigação da aldrabice holocáustica em si.
«Para que é precisa tanta "palha" para esconder uma tão fina "agulha"?»
Note que a sua imagem faz muito mais sentido quando se observam os palheiros de zigues e zagues, de fintas e simulações, de despropósitos e irrelevâncias, em que as direitas como as esquerdas, os extremistas como os moderados, os espertos como os patetas, mergulham para se subtrairem à simples agulha da falsidade histórica do «Holocausto», a suposta tentativa falhada de extermínio racial, com morticínio industrial em câmaras de gás homicidas e aproximadamente seis milhões de mortos, que constitui a maior vigarice política e financeira da história.
não o fazem porque talvez sejam condenados a pena de prisão... a negação do "Holocausto", dá direito entre 1 e se não me engano 3 anos, graças a deus vivemos em liberdade
Caro Botelho, vamos por partes:
1º) sabe tão bem como o quão pertinente é para esta discussão que a extrema-direita portuguesa se afirmasse enquanto tal (e por derivação fascista e/ou nacional-socialista, conforme o sabor preferido). É que quando aparece alguém a negar o "Holocausto" das duas uma: ou é fascista ou nacional-socialista, ou é comunista ou trotskista (novamente os extremos e a sua atracção para o abismo). Auto-denominarem-se enquanto nacionalistas, além de ser publicidade enganosa está errado.
2º) o meu amigo acaba por se descair: a verdadeira razão para tal é uma questão criminalística. Mas nem o mais introvertido dos comunistas deixou de se auto-proclamar enquanto tal, mesmo sofrendo as sevícias do Estado Novo, porque é que partilhando de uma ideologia que faz a exaltação da força e da desobediência pública, a extrema-direita não se afirma publicamente enquanto tal, sofrendo as correlatas consequências? A isso chamar-se-ia agir em conformidade.
3º) Admite que "possa ser" (sic) difícil para a extrema-direita portuguesa afirmar-se enquanto fascista ou nazi. Então estamos a chegar a algum lado...
4º) Afirma o meu amigo que a extrema-direita não proclama publicamente a negação do "Holocausto" devido à admiração que têm pelo «o estado racial-teocrático de Israel, percebe o papel do seu mito fundador e é intelectualmente desonesta». Aqui, perdoe-me o meu amigo, mas deixei de seguir a sua linha de raciocínio. Já atrás lhe disse que falo da extrema-direita que se filia à direita do professor Salazar. E nessa direita haverá pouca gente, com certeza, a admirar o sionismo.
5º) A súmula deste pensamento, o meu amigo sintetiza-a lapidarmente na seguinte frase: "Holocausto», a suposta tentativa falhada de extermínio racial, com morticínio industrial em câmaras de gás homicidas e aproximadamente seis milhões de mortos, que constitui a maior vigarice política e financeira da história."
Caro anónimo,
Ninguém diz que vivemos em liberdade. Vivemos em democracia. Como já deve ter depreendido são duas realidades completamente distintas.
Disse o Zé António: «É que quando aparece alguém a negar o "Holocausto" das duas uma: ou é fascista ou nacional-socialista, ou é comunista ou trotskista»
O problema é que o seu condicionamento é de tal ordem que lhe retira a capacidade de pensar fora desse reducionismo patético (e ainda por cima irrelevante). Já que não hesita em chamar-me pelo menos uma de duas a quatro coisas desagradáveis, acrescento que no seu caso a capacidade crítica anterior à catequese também já não devia ser grande coisa. E contra isso nada posso. Mas mantenha o interesse, não desista: enquanto há vida -- mesmo vegetal -- há esperança.
Caro Botelho,
Tira-se uma lição das suas lucubrações: quando os argumentos falham, vale a violência (neste caso apenas a verbal), e como estratégia argumentativa da mesma, o nihilismo.
Não está interessado na discussão. Pois bem, ela fica por aqui. Resta-me a consolação de saber que aquilo de que me acusa (a falta de capacidade crítica), lhe sobra a si, ainda que seja para criticar destrutivamente o outro.
Despeço-me como outro dos seus contrincantes: deixo-o a si com a sua aleivosia e vou para a praia.
«Não está interessado na discussão.»
Claro que estou, mas não em qualquer discussão. Não estou interessado, por exemplo, em discutir a influência do chapéu-de-coco na extinção do dromedário escandinavo. Mas não leve a mal o meu desabafo. Esta coisa de ter de constantemente explicar o óbvio -- i.e. que o mundo das ideias políticas não altera as leis da física e da química -- torna-se às tantas um pouco irritante. As minhas desculpas pelos extremos de violência verbal carregada de aleivoso niilismo, e que não se repita s.f.f..
Ah, e boa praia.
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