Os anões
Se Miguel Torga fosse vivo, como ele zurziria forte e feio nestes anões instalados nos poleiros da cultura estatal e (de) formados na escola mental da ex-RDA e da ex-URSS. Acorrem pressurosamente aos mais pífios ou aberrantes «eventos culturais», fazem-se fotografar de dentuça arreganhada ao lado do «artista» subsídiodependente da moda, do pequeno e médio «intelectual» atento e venerador ou do plutocrata «mecenas» labrego, mas não se dignam comparecer nas comemorações do centenário do nascimento daquele que foi um dos maiores poetas portugueses, e patriota da mais funda e rija cepa. Este regime também já cheira a podre pelo lado da cultura.
6 Comentários:
Se fosse um poetazeco comuna qualquer, ia ministra, ia secretário de Estado, ia tudo.
Daqui a pouco, as «homenagens» do regime serão equivalentes a insultos para Portugueses de Bem.
Caro Victor,
Permita-me uma leve nota ao seu bem redigido texto. "Cheirar a podre" significa que em matéria de cultura este governo já teria sido qualquer coisa e teria deixado de o ser. Ora se nunca foi, nao pode deixar de ser. Ou seja, nao cheira a podre. Nem sequer cheira...
Botas
Eu cá diria que começou logo deteriorado mas conseguiu que não se desse pelo mau odor durante algum tempo. Mas agora o fedor é tal e vem de tantos lados, que não há como o ocultar.
Shit floats, e é bem verdade...
Se Miguel Torga estivesse vivo, já teria virado muito à direita. Ele zurziu bastante mais no PREC e no regime "democrático" do que no antigo regime, e expressou bem a sua repugnância pelo desaparecimento do patriotismo, do apego ao seu país e seus valores, por parte da maioria dos portugueses no pós-25 do quatro.
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