domingo, dezembro 10, 2006

Augusto Pinochet Ugarte (1915-2006)



"Hasta siempre, General!"

8 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Viva Pinochet! Derrotou o PREC chileno e transformou o seu país num dos mais calmos, ordeiros e prósperos da America Latina!

10:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Condor Passa

Fui seu admirador inconfesso durante a minha adolescência. Nesse tempo em que o PREC sacudia e dilacerava Portugal, destruindo tudo em que acreditava, Pinochet era a referência clandestina da raiva incontida, das sombras do exílio interno e, também, da esperança efémera que uniu que perdurou até à decepção thermidoriana do 25 de Novembro. Portugal não chegou, afinal, a ter o seu Pinochet.

Mais tarde, vibrei com o seu êxito económico, com o modo como enfrentou sobranceiramente o cerco que lhe era movido pelas internacionais socialista, democrata-cristã e comunista e como conduziu, com pulso de ferro e segundo o seu itinerário, a transição para a democracia entre dois referendos que lhe concederam maiorias esmagadoras.

Já no seu Outono, conheci-o tranquilo em La Moneda, numa campanha referendária igual à de tantos países democráticos e cujo resultado adverso, apenas por uma diferença de 6% soube com probidade aceitar. Visitei-o, de novo, mais calmo, mais distentido e com o melhor do seu fino humor quando, anos mais tarde, agora apenas como comandante do Exercito, chegou a Portugal para tratar de assuntos de equipamento militar.

Procurei visitá-lo de novo na sua prisão domiciliar de Virginia Water, em concertação com alguns dos seus ex-ministros meus amigos, quando foi sequestrado pelo "polvo" da máfia socialista internacinal no Reino Unido, o qual não hesitou em surpreendê-lo quando convalescia de uma operação a uma hernia no hospital. Não pude, todavia, viajar nesse Sábado para Londres porque nesse fim de Semana o general recebia a visita da mulher do Comandante do Exercito, Izurieta, que trazia uma mensagem do marido.

Senti, por ele, enorme alívio, dentro de uma insuperável tristeza, quando soube hoje, 10 de Dezembro, que tinha finalmente partido, depois de uma agonia de uma semana. O seu regresso de Londres foi marcado no Chile por uma perseguição criminosa, sem precedentes,do establishment político e judiciário no poder ( os socialistas e democristãos pagaram aos juízes conservadores do Supremo Tribunal indemnizações milionarias para se reformarem e assim mudarem a composição das salas).Establishment que aproveitou o seu débil estado de saúde, como octogenário avançado, para lhe imputar toda a espécie de patifarias. O objectivo era denegrir toda a obra de um Governo Militar que tirou o Chile do status de País do Cobre e do Guano para o transformar na Economia mais moderna e competitiva da América do Sul. É, aliás, sobre o legado de Pinochet que hoje vivem, em relativa prosperidade, as novas gerações de chilenos que o denigrem sem o terem conhecido.

No processo kafkiano montado general nada faltou. Foram primeiro os inefáveis 3000 mortos e os torturados, condição indispensável para erigir Pinochet ao estatuto de Pol Pot ( ninguém prende ao que parece, o Putin, o Bush e o Vice Presidente Cheney por idênticas razões); foi depois o caso Riggs para o diminuirem à escala de um Somoza ou de um Trujillo; e foram, finalmente as impagáveis acusações de narcotráfico (?) e de roubo de barras de ouro, depositadas em Hong Kong ( ninguém publicou os desmentidos do Banco do território que denunciou a falsificação dos documentos incriminatórios) que procuraram, desajeitadamente, redizi-lo a cappo do Cartel de Cali.

Ao festejar com champanhe a morte de alguém que a venceu e a quem nunca pode, na verdade, julgar, a esquerda chilena e internacional esteve ao seu melhor nível, que é o das sarjetas da história.

Quanto a Pinochet, escapou-se-lhes por entre os dedos, uma vez mais.

É impossível negar que houve luz e sombras no consulado de Pinochet.

Recordo: a sua sabedoria na preparação de um golpe-modelo contra o regime marxista que intentava transformar o Chile numa nova Cuba e que soube executar com o profissionalismo prussiano típico do exército chileno; o encontro de Chicarillas com a juventude entre cantos de guerra e paradas de archotes; a destituição do ambicioso e errático General Gustavo Leigh, homem dos americanos; as manifestações esmagadoras de massas que culminaram no plebiscito que aprovou a Constituição de 1980; o milagre económico com Sergio de Castro, Miguel Kast e Hernan Büchi; o modelo de segurança social privado implantado pelo Ministro Piñeira, único no mundo; o modo habilidoso como evitou a guerra do Beagle com a Argentina e um conflito quase simultâneo com o Peru; a forma como cumpriu com a Constituição e democratizou o Chile; o modo como aceitou os resultados do plebiscito que lhe foram desfavoráveis; os termos em que modernizou o exército chileno e o tornou o mais bem equipado e operacional da América latina; a firmeza com que, contra ventos e marés, assumiu o cargo de senador vitalício; e a sua recusa, permanente, em pedir perdão ao antigo inimigo vencido, mas retornado à ribalta, nas ruas e nas urnas.

Não posso, contudo, deixar de assinalar obscuridades, tais como a descentralização da repressão em figuras como Arellano Stark; a nomeação do psicopata e criminoso Manuel Contreras para a polícia secreta ( embora o tenha demitido e preso depois do tresloucado antentado em Nova Iorque contra Letelier, uma espécie de remake de Humberto Delgado, que só desprestigiou o regime, pese ter sido obra de um punhado de fanáticos); a insensibilidade a casos absurdos de tortura geridos pela DINA; a insensibilidade para um marketing profissional de imagem que poderia ter atenuado a imagem negra do regime militar, cujas cores eram carrregadas pela Internacional Socialista; o excesso de permanência temporal do regime ( 17 anos) devendo a transição ter sido antecipada em 1980, durante o auge do seu Governo; a assunção tardia de responsabilidade política por excessos cometidos pelo regime no campo dos direitos fundamentais, durante o julgamento de alguns dos seus subordinados que teriam merecido um pouco mais de apoio ( Pinochet viveu esses tempos de penumbra e omissão, prisioneiro da família, de médicos e advogados); e a opção criticável de remeter para bancos no exterior ajudas de custo não gastas como Presidente e Comandante do Exército, bem como heranças recebidas de partidários (pese o facto dessas verbas terem sido decisivas para custear parte das despesas feitas durante o sequestro em Londres e depois, com os processos judiciais).

É entre este jogo de luz e sombra que a História, um dia, fará justiça a Augusto Pinochet, que viveu entre os paradigmas de César e Sila, de Franco e Thatcher, de O`Higgins e Carrera, rodopiando num universo de epopeia e tragédia, onde viveu sempre rodeado de perigos, que evitava para depois cair noutros.

No momento em que que nos deixa, e em que recordo o seu olhar glauco, intenso e amigo e sua voz sussurrada e irónica, perco o meu olhar interior no seu voo de condor velho e lento, para lá da Cordilheira nevada, para além do cume do Aconcágua, rumo à eternidade e peço a Deus, em quem sempre acreditou, que o receba na sua Misericórdia.

Até à vista, General

12:45 da manhã  
Blogger Miguel Marujo said...

O que se lamenta é que esse execrável nunca tenha respondido pela morte e desaparecimento de três mil pessoas, nunca tenha respondido pelos crimes da sua ditadura, pela tortura, que chantageou a democracia com um cargo vitalício à medida para fugir ao tribunal. A memória mesmo pintada por eugénios não prescreve. Estes que o endeusam nunca viajaram em camiões de morte ou voos sem destino. Para eles, é fácil prosperar na economia, quando o essencial fugia a todos os chilenos. A única que se lamenta na sua morte é não ter sido julgado e condenado pelos crimes hediondos, como deviam ser todos os verdugos, invoquem a direita ou a esquerda.

1:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ó marujo, vai navegar para águas comunas e não poluas este espaço, arreda daqui a carcaça vermelha! Viva o general Augusto Pinochet, morte ao esquerdismo de estrumeira!

1:43 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se Portugal tivesse tido o seu Pinochet, tudo teria sido diferente. Até nisto fomos uma merda.

1:47 da manhã  
Blogger Miguel Marujo said...

O radical confunde tudo. Eu assino com nome. E não sou comunista. Mas de estrumeiras estamos conversados.

2:02 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Viva o homem que não deixou que o Chile fosse uma Cuba número 2 e que deu a maior porrada no comunismo internacional desde a Guerra Civil espanhola!

2:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

VIVA PINOCHET, VIVA!

2:43 da manhã  

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