“Historical sense”
Penso por vezes experimentar aquilo a que os ingleses chamam “historical sense” e os franceses chamam “déjà vu”, embora o sinta fugitivamente pois, ao que creio, é dom bastante raro.
Quero dizer que, de tempos a tempos, ao ouvir uma voz, o som de uma melodia, ao ver uma casa, ao deparar com um recanto de jardim ou ângulo de paisagem, tenho o sentimento exacto (ou julgo tê-lo) de já ter vivido aquele instante, habitado aquela casa, visitado esses sítios, ouvido tais vozes, em tempos recuados.
De resto, nunca tive a impressão de ser um indivíduo completamente despegado, isolado, desligado do mundo, mas, tão somente, um dos anéis de uma longa, extensa corrente.
Dentro dos dons que recebi e sou depositário, leio em mim próprio uma parte imensa de recordações e fundo, de lembranças, de memórias hereditárias.
Quero dizer que, de tempos a tempos, ao ouvir uma voz, o som de uma melodia, ao ver uma casa, ao deparar com um recanto de jardim ou ângulo de paisagem, tenho o sentimento exacto (ou julgo tê-lo) de já ter vivido aquele instante, habitado aquela casa, visitado esses sítios, ouvido tais vozes, em tempos recuados.
De resto, nunca tive a impressão de ser um indivíduo completamente despegado, isolado, desligado do mundo, mas, tão somente, um dos anéis de uma longa, extensa corrente.
Dentro dos dons que recebi e sou depositário, leio em mim próprio uma parte imensa de recordações e fundo, de lembranças, de memórias hereditárias.
4 Comentários:
Que banalidades,santo Deus!
Onde é que eu "já vi" ,"já li","já ouvi",milhões de vezes ,"isto"?
Então Morais não se esqueça da medicação. Se não toma não fará efeito....
A idade e a experiência dão origem a belas, sentidas e pertinentes reflexões como esta. Continue a postar e não ligue à canzoada.
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