Viajar, viajar
Quando vejo gente a mais em aeroportos, comboios ou estradas, pergunto-me invariavelmente o que a faz mudar incessantemente de sítio e sou levado a crer que, na maior parte dos casos, não há razão válida a não ser a necessidade de se deslocar para enganar o tédio, o terrível tédio que se encontra no fundo de toda a vida humana onde Deus não está.
Sei bem que há os negócios, os afazeres profissionais, os encontros amorosos ou de família, que pedem viagens, mas muitas vezes tudo isso é invocado como mero pretexto.
Porque não teve ainda tempo para descer ao fundo das coisas, a juventude não sente o tédio na sua dimensão mais terrível, em tudo o que tem de metafísico.
Todavia, com os anos, o homem a quem assiste um mínimo de reflexão, apercebe-se que o tédio é pura e simplesmente uma das faces da morte. Morte essa de que tenta fugir, viajando.
Sei bem que há os negócios, os afazeres profissionais, os encontros amorosos ou de família, que pedem viagens, mas muitas vezes tudo isso é invocado como mero pretexto.
Porque não teve ainda tempo para descer ao fundo das coisas, a juventude não sente o tédio na sua dimensão mais terrível, em tudo o que tem de metafísico.
Todavia, com os anos, o homem a quem assiste um mínimo de reflexão, apercebe-se que o tédio é pura e simplesmente uma das faces da morte. Morte essa de que tenta fugir, viajando.
8 Comentários:
"o terrível tédio que se encontra no fundo de toda a vida humana onde Deus não está."
Reze, que isso passa.
Melhor 2007
Isso passa mas é com um moscatédio,perdão,com um moscatel de Setúbal de trinta anos.Adoça a vida!
Sugestão para 2007:
Que o Jantar das Quartas tire uma quarta para viajar cá dentro e conheça o Espaço Açores:
http://www.espacoacores.com
É necessário efectuar reserva.
Sugiro a degustação de uma taça de vinho verdelho "Lajido" (que era exportado para o czar Nicoulau II e posteriormente para a camarilha soviética) e após sobremesa uma taça de angelica, duas bebidas produzidas somente nos Açores.
Para a refeição sugiro os vinhos açorianos ou sumo de maracujá, dois produtos de exportação açoriana que não se encontram facilmente em terras do continente.
Pratos típicos açorianos e carne de bovino e enchidos açorianos.
Se isto não animar os tertulianos, não sei o que o fará.
Boas sugestões, caro Flávio!
Apenas três reparos caro Moraes;
1- "Qd vejo gente a mais.." - Quem está a mais? Há algum número politicamente correcto q transforme todos os outros acima dele.. em "a mais"?? Como poderei eu saber quando estiver numa estação de comboios ou aeroporto se.. estou a mais?
2- Se os vê.. é porque lá está.. está o meu caro a mais também? Ou tem algum estatuto de imunidade, que o transforma em "nunca a mais"??
3- Ficou claro que o meu caro quando se desloca é apenas para disfarçar um pouco a sua muy entediante vida.. mas não será presunção sua a mais generalizar? Será que não concebe a ideia de deslocações apenas por.. lazer/prazer?
Abraço
Ainzz Argentina
Caro anónimo:não espere resposta,o Morais foi passear o tédio...
A resposta a esta está na outra.
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