Jogos (perigosos) sem fronteiras
Mais nove países europeus aderiram hoje ao Acordo de Schengen. Segundo declarou o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, "Já se pode viajar 4 mil quilómetros desde Tallinn, na Estónia, até Lisboa, em Portugal, sem controlos fronteiriços". À meia-noite de ontem, num dos vários eventos que assinalaram a adesão, Fico e o chanceler austríaco Alfred Gusenbauer, serraram juntos a cancela de um posto fronteiriço entre a Eslováquia e a Áustria. Enquanto numa sondagem televisiva, 75 por cento dos austríacos inquiridos se pronunciavam contra o fim das fronteiras, Gusenberg rejeitava a ideia de que tal medida pudesse originar uma onda de crime no seu país. O seu optimismo foi secundado pelo do inefável presidente da Comissão Europeia, o "nosso" José Manuel Durão Barroso, que disse serem tais barreiras "obstáculos à paz, liberdade e unidade na Europa fabricados pelo homem". Horas antes, o finlandês Ilkka Laitinen, director da Frontex, a agência europeia encarregue da protecção das fronteiras, dizia à BBC que a adesão dos nove novos países ao Acordo de Schengen vai "provocar um aumento da imigração clandestina" no espaço da União Europeia, que o fim das fronteiras em causa significa "a perda de um instrumento muito eficaz no combate à imigração clandestina", e que esta opção da UE significa "uma maior preocupação com a livre circulação das pessoas do que com a segurança". Alguma coisa me diz que daqui a uns meses, a realidade vai mostrar que o Sr. Laitinen é que tinha razão. Ele e os austríacos da sondagem...
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