Ainda as desculpas
Numa entrevista dada a um diário, a propósito da reedição do seu livro A Expansão Quatrocentista Portuguesa, o professor Vitorino Magalhães Godinho diz a certa altura, a propósito da escravatura: "Eu não tenho nada que ver com o que fizeram os homens do século XV. A culpa não se transmite de pais para filhos, não é hereditária". Uma frase à atenção dos pressurosos construtores de memoriais e profissionais dos pedidos de desculpa com retroactivos históricos.
4 Comentários:
Nem a culpa nem a glória. Quem não tem a humildade de pedir desculpa pelas atrocidades também não deve celebrar os feitos heróicos.
Tá bem, tá... esta moda do masoquismo histórico é linda.
Leocardo: «Nem a culpa nem a glória. Quem não tem a humildade de pedir desculpa pelas atrocidades também não deve celebrar os feitos heróicos.»
O paralelo não é correcto. A tal glória comemora-se, mas é em nome dos ausentes. A culpa é que parece que tem de ser expiada pelos presentes porque é suposta passar com os cromossomas.
Daí o facto de, por exemplo, o Fritz ter de indemnizar o Isaac, embora ambos tenham nascido em 1980 e nem sequer se conheçam.
E a tendência será dentro em breve pôr o Zé a indemnizar, já nem digo sequer o Obimba, coitado, que está teso de todo e não tem onde cair morto, mas... o tal Isaac, que não só está cheio de pasta, como ainda por cima rouba as magras azeitonas do Ibraim.
É a vida.
Já pediu desculpa ao Isaac hoje no Largo de São Domingos? Hehehehe!
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