Liberdade de supressão
Segundo o «Diário de Notícias» de hoje, uma jornalista da RTPN «recebeu instruções» da Direcção de Informação da televisão estatal para não mostrar imagens dos populares de Canas de Senhorim a bater palmas e a insultar e apupar o Presidente da República Jorge Sampaio, durante a visita deste a Nelas. As imagens foram para o ar num «directo», na quinta-feira de manhã, no canal nortenho, mas a jornalista foi depois contactada e ordenada pelos seus superiores para não as voltar a mostrar. O «patrão» da Informação da RTP, um tal de Luís Marinho, disse àquele jornal: «Entendemos que não devemos divulgar insultos ao Presidente da República. As pessoas têm todo o direito de o fazer e nós de não o divulgar». Daqui se conclui que:
1- A televisão paga por todos os portugueses só «deve» mostrar os portugueses que aplaudem e dão palmadinhas nas costas do Presidente da Repúbica, e não os que protestam contra ele e estão em desacordo com as suas decisões e declarações.
2- Para a RTP, só existe notícia quando o Presidente da República é bem recebido pelo povo, e não quando é apupado por ele.
3- A televisão de Estado arroga-se o direito de omitir aos seus telespectadores, acontecimentos que se deram e que são relevantes em termos políticos e informativos.
4 - Há figuras políticas intocáveis na RTP.
5 - Há censura, pontual e selectiva, na RTP.
Viva a liberdade de expressão! Ou será antes a liberdade de supressão?
1- A televisão paga por todos os portugueses só «deve» mostrar os portugueses que aplaudem e dão palmadinhas nas costas do Presidente da Repúbica, e não os que protestam contra ele e estão em desacordo com as suas decisões e declarações.
2- Para a RTP, só existe notícia quando o Presidente da República é bem recebido pelo povo, e não quando é apupado por ele.
3- A televisão de Estado arroga-se o direito de omitir aos seus telespectadores, acontecimentos que se deram e que são relevantes em termos políticos e informativos.
4 - Há figuras políticas intocáveis na RTP.
5 - Há censura, pontual e selectiva, na RTP.
Viva a liberdade de expressão! Ou será antes a liberdade de supressão?
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