antes no Panteão o Rosa Casaco que nos livrou do louco do Delgado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Li a obra toda dele no tempo do «fascismo», os meus pais tinham os livros em casa e nunca me constou que tivesse tido dificuldades de publicação. Não o lêem é agora, na «democracia» que o meteu no Panteão. Irónico, não é?
Pois, o Rosa Casaco é que estava bem no Panteão! E já agora o Zé do Telhado, o João Brandão, o Estripador de Lisboa, o cabo GNR de Santa Comba e o resto da Liga dos Cidadãos Exemplares.
Pois é, o «Panteão» nunca deveria ser «Nacional», mas sim o «Panteão Maçónico do Grande Oriente Lusitano», ou o «Panteão da Respública», dada a cambada que o rege. Aliás, o verdadeiro Panteão estava a ser construído no Mosteiro da Batalha, nas Capelas Imperfeitas, para sepultar os nossos Reis, que nos ergueram como Nação ao nível do maior Império mundial da época.
Assim, eu teria vergonha que um familiar meu fosse sepultado no «Panteão Maçónico e Republicano do Grande Oriente Lusitano», apropriadamente situado na Feira da Ladra, tão ao gosto dos republicanos, regicidas, ladrões e laicos que agora querem encenar esta afirmação de poder.
Deixá-los ficar com a triste e lúgubre Santa Engrácia e as suas «obras» maçónicas, que para os Reis de Portugal ficam os mosteiros e as catedrais...
E já Platão dizia que a «respública democrática» era a mais baixa e vil forma de governo, porque destituída de qualquer noção de verdadeira Honra ou Grandeza.
Quanto ao próprio Aquilino, parece-me bem que se tentou redimir das associações criminosas do passado. A prová-lo está a espectacular reviravolta que deu, passando do nefastíssimo e caricatural «Grandezas e Misérias dos Príncipes de Portugal» para o espantoso «Aventura Maravilhosa», onde tem uma das descrições mais belas, detalhadas e heróicas da Batalha de Alcácer-Quibir, dando ênfase à tremenda coragem de D. Sebastião, que ele (Aquilino) tanto vilipendiara na sua outra obra. Dá o nosso Rei como sobrevivente ao desastre, não o culpando dele, e pinta o sinistro Filipe II de Espanha com as cores de um assassino cruel e frio, como o «demónio do meio-dia», epíteto que quase toda a Europa lhe colocou.
Aquilino termina os seus dias quase como um arrependido, tendo assistido ao descalabro total que foi a 1ª República, simpatizando com os ideais nacionalistas e místicos (pois é, não sabiam, senhores esquerdistas? Nunca leram Julius Evola ou Otto Rahn?) do nazismo e do fascismo, como oposição ao internacionalismo republicano e socialista, do qual via a práxis trágica e grotesca.
Independentemente das suas ideias tresloucadas de juventude (das quais a afinidade com os regicidas e com a «formiga branca» é imperdoável), e apesar de ter uma prosa densa, Aquilino foi um bom escritor, especialmente na sua fase tardia. Mas é claro que esta cambada xuxialista e maçónica não tinha um Eça ou um Camilo nas suas hostes, para fazer mais esta demonstração de poder bacôco, transladando o escritor para as «obras de Santa Ingrácia», igreja (mas eles não são laicos, pergunto?) sem qualquer graça ou grandeza arquitectónica. Assim, lembraram-se do Aquilino. Nada justo nem perfeito, como dizem os maçons...
Façamos pelo menos a pressão possivel no sentido de o centenário do regicidio ser dignamente assinalado, assinando esta petição: http://www.petitiononline.com/1fev2008/petition.html
Penso que não é justo o Ricardo Zenner responsabilizar os socialistas e maçons por esta transladação. Ela só pode ser feita porque houve UNANIMIDADE no parlamento. Isto é: Paulo Portas e o CDS apoiaram a transladação. Se o Portas tivesse votado contra, não havia transladação. Já agora...o deputado monarquico fadista do PPM, tambem votou a favor? É que sem ele não havia unanimidade. Ou será que faltou à votação nesse dia?
Oh, caro Anónimo das 4:16, o meu amigo não sabe que o parlamento é dominado pelas mesmas organizações? Ou seja, pelo GOL e pela internacional «socialista» globalista? Que todos os partidos obedecem à «voz do dono» bilderberger?
Razão tem o cómico/político italiano Beppe Grillo, que pretende uma Itália sem partidos, e que já reune, segundo sondagens, mais de 17% de intenções de voto...
Assim, deputados, formiga branca, republicanos, para mim são todos a mesma «choldra», como diria o grande Eça de Queirós...
E, a propósito, posso-o informar que também fui maçon, mas não irregular, não laico nem republicano - e muito menos do GOL ou da Carbonária... Adivinhe...
Ora aqui temos um belo romance sobre o Aquilino, apesar de a recriação da personagem ser total. O que na vida real foi um escritor que, até ao fim da vida, se viu criticado pelos seus opositores como um homem de “anticlericalismo grosseiro e antinacionalismo exagerado”, aparece neste romance como simpatizando com os ideais nacionalistas e místicos do nazismo e do fascismo. Coisas de romances, bigger than life.
Enquanto que os opositores ‘aqui d’el rei que é anticlerical e antinacionalista’ e os defensores ‘aqui d’el presidente que essas características foram moldadas pelo seu carácter remexido, corajoso e anticonformista’, o romancista passa por cima de tais querelas e cria uma personagem a partir do zero.
É claro que qualquer romance provavelmente terá algum fundo de verdade, se considerarmos que nos últimos anos de vida Aquilino retomou uma actividade mística e nacionalista invejável, tendo aderido activamente ao MUD, fundado a Sociedade Portuguesa de Autores (a tal que o botas ‘adorava’), militado na campanha pró-nazi de Humberto Delgado e torrado boa parte das suas energias num confronto legal à conta do processo-crime que lhe valeu a obra fascista “Quando os Lobos Uivam”.
Olha, Aquilino, aí no Panteão até ris melhor.
E o Eça também ri qualquer coisita, já agora. O Eça de “Uma Campanha Alegre”, das ‘Cartas da Inglaterra’ e das ‘Cartas de Paris’, das ‘Conferências do Casino’, o ‘estrangeirado’, ‘antipatriótico’ e anticlerical Eça, simpatizante da Comuna de Paris e demolidor da Alemanha de Bismark.
O My, esse costume de verem tudo a preto e branco, perdão, a vermelho e negro, nem lembraria a Stendhal!
Quando se meteu na política, Aquilino levou pancada de todos os lados, desde os que o acusavam de nazi, aos que lhe chamavam comunista. Tal como o Chaplin depois de filmar «O Grande Ditador», veja lá! E você não sabe que o Humberto Delgado era tudo menos de esquerda? Que liderou um dos massacres do Rossio na revolução de 28 de Maio? Ao lado dos que iriam colocar Salazar no comando da Nação? E que tinha simpatias hitlerianas?
A propósito, em 1940 houve um banquete medieval no Castelo de Leiria, seguido de outro em Almourol. Consta que, para além de Salazar, estaria presente von Ribbentrop e Humberto Delgado.
Curiosamente, o chefe de mesa era judeu cristão-novo. Parece que von Ribbentrop não se importou. Mostrou mais tolerância do que muitos «democratas» da nossa praça.
Por fim, em Vila Nueva Del Fresno, quando um Humberto Delgado moribundo (estava com um cancro em fase terminal) é abatido juntamente com a secretária, o pide que dispara manda o inspector afastar-se, pois as «ordens que tinha» suplantavam as do «Presidente do Conselho», (Salazar) que não queria Delgado morto, mas sim trazido para Lisboa...
Aliás Humberto Delgado teve como director da sua campanha presidencial de 1958, Rolão Preto, o antigo lider do movimento que em Portugal mais se aproximou do fascismo, o nacional sindicalismo.
Humberto Delgado foi durante Longos anos um elemento proeminente da Legião Portuguesa, tendo sido adjunto militar do comando geral da Legião Portuguesa. Incompatibilizou-se com Salazar quando este lhe negou o cargo que Delgado mais ambicionava, o de Governador Geral de Angola. Sobre a transladação politica de Aquilino Ribeiro, Vital Moreira até queria que ela se integrasse nas comemorações do centenário da implantação da I Republica, comemorações essas a que preside. http://causa-nossa.blogspot.com/search?q=aquilino+ribeiro
Ora, ora, fugiu para o romance do Delgado e sabe que este acaba desde já, porque não há nada de relevante a dizer para além do que se conhece desde sempre. Talvez o Rosa Casaco tivesse umas novidades, mas esse já bateu a castanhola. E sim, sim, está-se mesmo a ver, um pide a desrespeitar as ordens do Salazar porque outra vozes se levantam! Deve estar a referir-se ao Agostinho Monteiro, mas essa conversa fica para umas outras núpcias.
Ninguém ignora as minudências da vida do Delgado e assim eu não referi o 'pró-nazi Delgado', mas a 'campanha pró-nazi'.
Penso que sabe muito bem quem é que a secretariou, quem a apoiou e o que significava ser-se militante. Não foi a direita, muito menos a nacionalista e quando o Arlindo Vicente desistiu a seu favor, o PC entrou em força. Portanto, é um sinal muito explícito por parte de um Aquilino a poucos anos do fim.
Mas sobre os romanceados Eça e Aquilino, nada me conta. Quer encaixá-los à força onde nunca couberam, não cabem e nunca caberão.
O Estado Novo é que adorava pegar nos passarinhos e no bucólico Zé Fernandes às voltas com um peixe encravado num elevador para impingir a rábula de que Eça se tinha rendido aos valores rurais, da natureza, piu-piu. E que tivesse? Que tem isso a ver com opções ideológicas? Enfim...
O mesmo aconteceu com Aquilino-escritor que, lá porque de certo modo regressou à temática ruralista dos seus tempos de juventude, já o Aquilino-político se voltou para o misticismo e nacionalismo. Só falta explicar porque é que o processo não resultou no início da carreira, os mais aguerridos e revolucionários.
Desengane-se quanto a ambos.
E isso é que é ver tudo a preto-e-branco, associar a uma determinada cor política a criatividade e multiplicidade temática e estilística de um escritor. Estavam bem aviados quase todos, de todo o mundo, sempre a mudar de camisola.
Claro, nada mais plausível do que o Rolão Preto apoiar o Delgado, e até aderiu ao MUD para mostrar bem que a partir daí era 'democrata' e estava com os democratas. cof...cof...
Só não foi é o director da campanha do Delgado, integrou o serviços de imprensa e escreveu-lhe alguns discursos.
Mas o Rolão Preto pertence a um outro romance ainda... Talvez mesmo mais interessante.
É preciso não esquecer que o nome de Humberto Delgado surge tambem associado a pelo menos um acto de puro terrorismo e de homicidio. Não é só o nome de Aquilino que surge associado a esse tipo de actos.
27 Comentários:
antes no Panteão o Rosa Casaco que nos livrou do louco do Delgado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Li a obra toda dele no tempo do «fascismo», os meus pais tinham os livros em casa e nunca me constou que tivesse tido dificuldades de publicação. Não o lêem é agora, na «democracia» que o meteu no Panteão. Irónico, não é?
Pois, o Rosa Casaco é que estava bem no Panteão! E já agora o Zé do Telhado, o João Brandão, o Estripador de Lisboa, o cabo GNR de Santa Comba e o resto da Liga dos Cidadãos Exemplares.
Também o Mário Soares, o Rosa Countinho, o Vasco Gonçalves e o MY!
Eu?!!! Quanta honra!!!
O Delgado era maluco e não sabia. E o Aquilino era pró-nazi!
«O Delgado era maluco e não sabia. E o Aquilino era pró-nazi!»
Pois é, mas "isso" não convém lembrar...
Sr. MY, por que não?
Não sabemos quem é.
Espero bem que não seja o Jansenista.
Mas não é de certeza. Esse é um mal educado e o Sr. não o é.
O Jansénio é um casca grossa do pior, e pró-tampas até dizer basta. Se não recebe cheque mensal da embaixada hebraica, pouco falta.
E que tal o Palma (Notas) Inácio no Panteão, também?
Aquilino Ribeiro, Zeca Afonso e tantas outras personagens fizeram carreira, foram editados, comercializados, aclamados, tudo nos "antigamentes".
Se fosse hoje nenhuma editora daria um chavo por eles.
Assim é que é falar, Grande Basílio!
FASCISTAS!
Merec lá estar muito mais do que outros que certamente para lá irão (Eusébio e Mário Soares, certamente).
Viva a República! Viva Aquilino Ribeiro!
Pois é, o «Panteão» nunca deveria ser «Nacional», mas sim o «Panteão Maçónico do Grande Oriente Lusitano», ou o «Panteão da Respública», dada a cambada que o rege. Aliás, o verdadeiro Panteão estava a ser construído no Mosteiro da Batalha, nas Capelas Imperfeitas, para sepultar os nossos Reis, que nos ergueram como Nação ao nível do maior Império mundial da época.
Assim, eu teria vergonha que um familiar meu fosse sepultado no «Panteão Maçónico e Republicano do Grande Oriente Lusitano», apropriadamente situado na Feira da Ladra, tão ao gosto dos republicanos, regicidas, ladrões e laicos que agora querem encenar esta afirmação de poder.
Deixá-los ficar com a triste e lúgubre Santa Engrácia e as suas «obras» maçónicas, que para os Reis de Portugal ficam os mosteiros e as catedrais...
E já Platão dizia que a «respública democrática» era a mais baixa e vil forma de governo, porque destituída de qualquer noção de verdadeira Honra ou Grandeza.
Saudações monárquicas e nacionalistas.
Quanto ao próprio Aquilino, parece-me bem que se tentou redimir das associações criminosas do passado. A prová-lo está a espectacular reviravolta que deu, passando do nefastíssimo e caricatural «Grandezas e Misérias dos Príncipes de Portugal» para o espantoso «Aventura Maravilhosa», onde tem uma das descrições mais belas, detalhadas e heróicas da Batalha de Alcácer-Quibir, dando ênfase à tremenda coragem de D. Sebastião, que ele (Aquilino) tanto vilipendiara na sua outra obra. Dá o nosso Rei como sobrevivente ao desastre, não o culpando dele, e pinta o sinistro Filipe II de Espanha com as cores de um assassino cruel e frio, como o «demónio do meio-dia», epíteto que quase toda a Europa lhe colocou.
Aquilino termina os seus dias quase como um arrependido, tendo assistido ao descalabro total que foi a 1ª República, simpatizando com os ideais nacionalistas e místicos (pois é, não sabiam, senhores esquerdistas? Nunca leram Julius Evola ou Otto Rahn?) do nazismo e do fascismo, como oposição ao internacionalismo republicano e socialista, do qual via a práxis trágica e grotesca.
Independentemente das suas ideias tresloucadas de juventude (das quais a afinidade com os regicidas e com a «formiga branca» é imperdoável), e apesar de ter uma prosa densa, Aquilino foi um bom escritor, especialmente na sua fase tardia. Mas é claro que esta cambada xuxialista e maçónica não tinha um Eça ou um Camilo nas suas hostes, para fazer mais esta demonstração de poder bacôco, transladando o escritor para as «obras de Santa Ingrácia», igreja (mas eles não são laicos, pergunto?) sem qualquer graça ou grandeza arquitectónica. Assim, lembraram-se do Aquilino. Nada justo nem perfeito, como dizem os maçons...
Saudações monárquicas e nacionalistas.
Façamos pelo menos a pressão possivel no sentido de o centenário do regicidio ser dignamente assinalado, assinando esta petição:
http://www.petitiononline.com/1fev2008/petition.html
Penso que não é justo o Ricardo Zenner responsabilizar os socialistas e maçons por esta transladação. Ela só pode ser feita porque houve UNANIMIDADE no parlamento. Isto é:
Paulo Portas e o CDS apoiaram a transladação. Se o Portas tivesse votado contra, não havia transladação. Já agora...o deputado monarquico fadista do PPM, tambem votou a favor? É que sem ele não havia unanimidade. Ou será que faltou à votação nesse dia?
Oh, caro Anónimo das 4:16, o meu amigo não sabe que o parlamento é dominado pelas mesmas organizações? Ou seja, pelo GOL e pela internacional «socialista» globalista? Que todos os partidos obedecem à «voz do dono» bilderberger?
Razão tem o cómico/político italiano Beppe Grillo, que pretende uma Itália sem partidos, e que já reune, segundo sondagens, mais de 17% de intenções de voto...
Assim, deputados, formiga branca, republicanos, para mim são todos a mesma «choldra», como diria o grande Eça de Queirós...
E, a propósito, posso-o informar que também fui maçon, mas não irregular, não laico nem republicano - e muito menos do GOL ou da Carbonária... Adivinhe...
Ora aqui temos um belo romance sobre o Aquilino, apesar de a recriação da personagem ser total. O que na vida real foi um escritor que, até ao fim da vida, se viu criticado pelos seus opositores como um homem de “anticlericalismo grosseiro e antinacionalismo exagerado”, aparece neste romance como simpatizando com os ideais nacionalistas e místicos do nazismo e do fascismo.
Coisas de romances, bigger than life.
Enquanto que os opositores ‘aqui d’el rei que é anticlerical e antinacionalista’ e os defensores ‘aqui d’el presidente que essas características foram moldadas pelo seu carácter remexido, corajoso e anticonformista’, o romancista passa por cima de tais querelas e cria uma personagem a partir do zero.
É claro que qualquer romance provavelmente terá algum fundo de verdade, se considerarmos que nos últimos anos de vida Aquilino retomou uma actividade mística e nacionalista invejável, tendo aderido activamente ao MUD, fundado a Sociedade Portuguesa de Autores (a tal que o botas ‘adorava’), militado na campanha pró-nazi de Humberto Delgado e torrado boa parte das suas energias num confronto legal à conta do processo-crime que lhe valeu a obra fascista “Quando os Lobos Uivam”.
Olha, Aquilino, aí no Panteão até ris melhor.
E o Eça também ri qualquer coisita, já agora. O Eça de “Uma Campanha Alegre”, das ‘Cartas da Inglaterra’ e das ‘Cartas de Paris’, das ‘Conferências do Casino’, o ‘estrangeirado’, ‘antipatriótico’ e anticlerical Eça, simpatizante da Comuna de Paris e demolidor da Alemanha de Bismark.
O My, esse costume de verem tudo a preto e branco, perdão, a vermelho e negro, nem lembraria a Stendhal!
Quando se meteu na política, Aquilino levou pancada de todos os lados, desde os que o acusavam de nazi, aos que lhe chamavam comunista. Tal como o Chaplin depois de filmar «O Grande Ditador», veja lá! E você não sabe que o Humberto Delgado era tudo menos de esquerda? Que liderou um dos massacres do Rossio na revolução de 28 de Maio? Ao lado dos que iriam colocar Salazar no comando da Nação? E que tinha simpatias hitlerianas?
A propósito, em 1940 houve um banquete medieval no Castelo de Leiria, seguido de outro em Almourol. Consta que, para além de Salazar, estaria presente von Ribbentrop e Humberto Delgado.
Curiosamente, o chefe de mesa era judeu cristão-novo. Parece que von Ribbentrop não se importou. Mostrou mais tolerância do que muitos «democratas» da nossa praça.
Por fim, em Vila Nueva Del Fresno, quando um Humberto Delgado moribundo (estava com um cancro em fase terminal) é abatido juntamente com a secretária, o pide que dispara manda o inspector afastar-se, pois as «ordens que tinha» suplantavam as do «Presidente do Conselho», (Salazar) que não queria Delgado morto, mas sim trazido para Lisboa...
E este romance, hein?
Aliás Humberto Delgado teve como director da sua campanha presidencial de 1958, Rolão Preto, o antigo lider do movimento que em Portugal mais se aproximou do fascismo, o nacional sindicalismo.
Humberto Delgado foi durante Longos anos um elemento proeminente da Legião Portuguesa, tendo sido adjunto militar do comando geral da Legião Portuguesa. Incompatibilizou-se com Salazar quando este lhe negou o cargo que Delgado mais ambicionava, o de Governador Geral de Angola.
Sobre a transladação politica de Aquilino Ribeiro, Vital Moreira até queria que ela se integrasse nas comemorações do centenário da implantação da I Republica, comemorações essas a que preside.
http://causa-nossa.blogspot.com/search?q=aquilino+ribeiro
Ora, ora, fugiu para o romance do Delgado e sabe que este acaba desde já, porque não há nada de relevante a dizer para além do que se conhece desde sempre. Talvez o Rosa Casaco tivesse umas novidades, mas esse já bateu a castanhola. E sim, sim, está-se mesmo a ver, um pide a desrespeitar as ordens do Salazar porque outra vozes se levantam! Deve estar a referir-se ao Agostinho Monteiro, mas essa conversa fica para umas outras núpcias.
Ninguém ignora as minudências da vida do Delgado e assim eu não referi o 'pró-nazi Delgado', mas a 'campanha pró-nazi'.
Penso que sabe muito bem quem é que a secretariou, quem a apoiou e o que significava ser-se militante. Não foi a direita, muito menos a nacionalista e quando o Arlindo Vicente desistiu a seu favor, o PC entrou em força. Portanto, é um sinal muito explícito por parte de um Aquilino a poucos anos do fim.
Mas sobre os romanceados Eça e Aquilino, nada me conta. Quer encaixá-los à força onde nunca couberam, não cabem e nunca caberão.
O Estado Novo é que adorava pegar nos passarinhos e no bucólico Zé Fernandes às voltas com um peixe encravado num elevador para impingir a rábula de que Eça se tinha rendido aos valores rurais, da natureza, piu-piu. E que tivesse? Que tem isso a ver com opções ideológicas?
Enfim...
O mesmo aconteceu com Aquilino-escritor que, lá porque de certo modo regressou à temática ruralista dos seus tempos de juventude, já o Aquilino-político se voltou para o misticismo e nacionalismo. Só falta explicar porque é que o processo não resultou no início da carreira, os mais aguerridos e revolucionários.
Desengane-se quanto a ambos.
E isso é que é ver tudo a preto-e-branco, associar a uma determinada cor política a criatividade e multiplicidade temática e estilística de um escritor.
Estavam bem aviados quase todos, de todo o mundo, sempre a mudar de camisola.
Casimiro Monteiro
Claro, nada mais plausível do que o Rolão Preto apoiar o Delgado, e até aderiu ao MUD para mostrar bem que a partir daí era 'democrata' e estava com os democratas. cof...cof...
Só não foi é o director da campanha do Delgado, integrou o serviços de imprensa e escreveu-lhe alguns discursos.
Mas o Rolão Preto pertence a um outro romance ainda... Talvez mesmo mais interessante.
É preciso não esquecer que o nome de Humberto Delgado surge tambem associado a pelo menos um acto de puro terrorismo e de homicidio. Não é só o nome de Aquilino que surge associado a esse tipo de actos.
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