quinta-feira, janeiro 24, 2008

Tudo a bem da saúde

Conta-me um amigo que no último Prós & Contras, aquele senhor Georgeovitch que preside ao Soviete da Saúde, afirmou que as lareiras faziam muito mal às pessoas e que até deveriam ser proibidas. Reparem bem o que está implícito numa afirmação destas: "Um destes dias, começamos a entrar em vossas casas para vos protegermos das lareiras que tanto mal vos fazem. E aproveitamos para vos proibirmos de fumar no remanso dos vossos lares. É tudo para serem mais saudáveis, quer queiram, quer não". Pois se eles já violam a privacidade dos cidadãos para apreenderem computadores e livros...

2 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Caro Vítor:
Além da extrema gravidade das afirmações desse indivíduo («the mad king George», como me apetece chamar-lhe), penso que o que está por detrás desse totalitarismo insano é a sede de lucro dos accionistas da EDP e REN.

Repare: investiram nos horrendos moinhos produtores de energia eléctrica, que despontaram como cogumelos desfigurantes por tudo quanto é sítio (depois de terem queimado as nossas serras), e agora querem lucros rápidos. Ora as lareiras - sobretudo se equipadas de recuperadores - são bastante eficientes e económicas, evitando que recorramos ao aquecimento eléctrico, grande consumidor de uma electricidade cobrada a preços de usura e produzida quase a custo zero. Ou então ao aquecimento central, a queimar o extremamente poluente e caro gás «natural». Tudo para lucro dos accionistas, claro.

Mas também se esquecem que, para entrarem nos nossos lares, com uma lei imbecil ou não nas mãos, terão de ter um mandato judicial válido, sendo-nos ainda permitido o «direito de resistência», consagrado na Constituição - a qual se sobrepõe a todas as outras leis de pacotilha.

Assim, se tentarem entrar pela força, temos o direito - e o dever - de nos opormos, pela força também, já que essa pandilha estará a violar a Constituição e o solo sagrado dos nossos lares, sendo assim criminosos perante a lei.

E, para além disso, deveria alguém dizer a esse «mad king George» que não existe definição de «saúde» na legislação. Portanto, ele e a sua troupe não podem impôr uma figura que não existe em Direito.

Saudações.

7:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bem o cinto de segurança já é obrigatório.

5:19 da tarde  

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