E se fossem os outros?
Se em vez dos 100 anos do regicídio, estivessem a ser assinalados os 100 anos do golpe republicano e o início da respectiva ditadura, será que o ministro Severiano também tinha proibido a participação do Exército nas cerimónias?
23 Comentários:
Esse Severiano, o tal que era "moderado", saiu uma rica prenda.
Estão aqui estão a peticionar um referendo ao regime, querem ver?
Deixa-o cair de podre, pouco falta então com a crise económica que aí vem...
Não sejam assim. Um regicidio acontece. É uma coisa perfeitamente normal!
Claro que não, ora que raio de pergunta essa...
As forças armadas vão participar é nas comemorações de 2010. Geralmente não se celebram homicídios, celebram-se mudanças de regimes.
J'adoube: «Regime» sem s fica melhor.
Aliás, nem sei se valerá a pena falar muito no plural. A descontinuidade histórica mais violenta --- como até muitos dos lacrimosos crocodilos paleo-monárquicos reconhecem -- não é entre os regimes dos sécs. XIX e XX, com todas as suas qualidades e defeitos, mas entre os manos Pedro e Miguel.
E pelo menos numa coisa acertou a República em cheio! Reinstaurou a velha cosedura ilegítima do rei bastardo -- o verde e vermelho de Avis ausente da bandeira, uma óptima escolha para o futuro.
Exército? Mas isso ainda existe ou é um bando de tropias.
Claro que autorizava, ingénuo Ravachol. Foi obviamente uma decisão política do ministro Severiano, pressionado pela maçonaria.
Bom, então nesse caso acho muito bem a intervenção tripingada. Não me parece desejável que se festeje um homicídio, seja ele de rei ou vilão.
Não é uma festa, é uma efeméride. E o rei era o Chefe de Estado da altura.
O rei era um homem de bem, mas uma vez que não há uma questão de regime, não faz muito sentido procurar criá-la, nem com lutos nacionais, nem com foguetes comemorativos.
O Ravachol é da Viúva!
O Cavaco falou muito bem na cerimónia do descerramento da estátua de D. Carlos em Cascais.
Que se façam homenagens ao rei pelo seu caracter filantrópico, amor às artes e à ciência ou lá o que é tudo bem. Mas se Portugal é uma República, porque carga de água devia um rei ter honras militares? Houve honras militares no centenário de Fernando Pessoa? Ou da Florbela Espanca? Vocês também...
Foram chefes de Estado e assassinados o Pessoa e a Florbela, por acaso?...
Os chefes de estado não devem ser empolados, nem devem escapar ao consentimento explícito dos chefiados, periodicamente renovado. Daí a vantagem das repúblicas, coroadas (como a de 1908) ou não (como a de 1910). Mas não é a memória do D. Carlos que os nossos monárquicos a sério mais choram. É a do Miguelito absoluto. Essa é que é a grande dor.
Eu explico-me melhor: está tudo na etimologia. Se existe um poder pessoal isento de parlamentações contínuas e obrigatórias, não temos coisa pública, temos poder único. É lógico e transparente. E em 1908 não se empolava a chefia pessoal da coisa pública pelo real assalariado de serviço para lá dos limites do tolerável.
Portugal evoluiu bastante com a famigerada republica... "Estão aqui estão a peticionar um referendo ao regime, querem ver?" Nem os monárquicos o querem... Já nem sentimento de pertença ao povo português há. Os votantes lobotomizados são os mesmos que aderiram à I Republica, ao Estado Novo e às "conquistas de Abril".
O expressodalinha tem toda a razão. E regicídio é chic e radical.
Até o Sidónio, enfim, aquela coisa do "morro bem, salvem a Pátria", o Pessoa a chamar-lhe Presidente Rei...
E o meu homonómimo antecedente esqueceu-se da lobotomização provocada por excesso de blogosfera.
República, uma ditadura mil vezes mais repressiva do que o autoritarismo do Estado Novo.
Das três Repúblicas portuguesas, a única que fez o país evoluir foi o Estado Novo. E esta última já nasceu podre, mas subsiste graças à maçonaria, UE e Nova Ordem Mundial.
Foi, de facto, pena: assim nfoi festa com palhaços mas... sem música!
Mas não se preocupem: há sempre anónimos engraçados!
B.Louro
Tragam de volta a monarquia, que esta república está a dar o bafo!
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