"Por detrás do famigerado acordo"
O Carlos Portugal, em comentário ao meu apelo à assinatura da petição contra o acordo ortográfico, ofereceu-nos o seguinte texto que, pela sua qualidade e tendo a minha total concordância, não posso deixar de publicar como post. É caso para dizer que os leitores também vêm ao Jantar. Obrigado.
A aberração deste acordo (único apenas por - que eu saiba - nenhum outro país ou cultura se ter lembrado de uma imbecilidade a este nível) reside em três pontos de agenda inconfessáveis:
1º - Pressão dos grandes fabricantes de computadores, software e periféricos no sentido de uniformizarem tudo, impondo o teclado americano como padrão - sem acentos ou cedilhas - como em tempos aconteceu no Brasil, que engoliu o disparate como uma «modernidade». Depois, apareceram por lá programinhas (estou-me a lembrar de um chamado «fácil») para permitir, por combinação de teclas, repor os acentos e cedilhas.
É um negócio de milhões, pois também se incluem os programas de processamento de texto, dicionários, etc.
2º - Tentativa de anular por completo as editoras portuguesas, para que as brasileiras fiquem a deter o monopólio da edição em língua portuguesa. Essas mega-editoras brasileiras, intimamente ligadas às majors americanas, são uns monstros económicos, mas a qualidade dos seus produtos (livros) é na generalidade muito má. As traduções de livros técnicos, por exemplo, são absolutamente imprestáveis. Traduzem tudo à letra, inventando vocábulos, ficando o texto muitas vezes sem sentido.
3º - No Brasil houve recentemente a aposentação compulsiva de mais de uma centena de milhar de professores. Postos na prateleira. Assim, a sinistra ministra cá do burgo está a fazer tudo para que os nossos professores se demitam, ou sejam reformados antecipadamente, para darem lugar aos milhares de brasucas que virão - a preço de saldo - ocupar as vagas e trabalhar sob quaisquer condições. Trabalho escravo para sobreviverem.
É fácil, é barato, e dá milhões...
E é isto - para além da sempre presente tónica de destruição de culturas, de abastardamento de povos, de nivelamento por baixo - que está por detrás deste famigerado «acordo».
A aberração deste acordo (único apenas por - que eu saiba - nenhum outro país ou cultura se ter lembrado de uma imbecilidade a este nível) reside em três pontos de agenda inconfessáveis:
1º - Pressão dos grandes fabricantes de computadores, software e periféricos no sentido de uniformizarem tudo, impondo o teclado americano como padrão - sem acentos ou cedilhas - como em tempos aconteceu no Brasil, que engoliu o disparate como uma «modernidade». Depois, apareceram por lá programinhas (estou-me a lembrar de um chamado «fácil») para permitir, por combinação de teclas, repor os acentos e cedilhas.
É um negócio de milhões, pois também se incluem os programas de processamento de texto, dicionários, etc.
2º - Tentativa de anular por completo as editoras portuguesas, para que as brasileiras fiquem a deter o monopólio da edição em língua portuguesa. Essas mega-editoras brasileiras, intimamente ligadas às majors americanas, são uns monstros económicos, mas a qualidade dos seus produtos (livros) é na generalidade muito má. As traduções de livros técnicos, por exemplo, são absolutamente imprestáveis. Traduzem tudo à letra, inventando vocábulos, ficando o texto muitas vezes sem sentido.
3º - No Brasil houve recentemente a aposentação compulsiva de mais de uma centena de milhar de professores. Postos na prateleira. Assim, a sinistra ministra cá do burgo está a fazer tudo para que os nossos professores se demitam, ou sejam reformados antecipadamente, para darem lugar aos milhares de brasucas que virão - a preço de saldo - ocupar as vagas e trabalhar sob quaisquer condições. Trabalho escravo para sobreviverem.
É fácil, é barato, e dá milhões...
E é isto - para além da sempre presente tónica de destruição de culturas, de abastardamento de povos, de nivelamento por baixo - que está por detrás deste famigerado «acordo».
1 Comentários:
Caro DB:
Eu é que agradeço, e me sinto honrado pela distinção.
Muito obrigado.
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