sexta-feira, abril 20, 2007

Estado demo-policial

Na «democracia dos valores da tolerância» de José Sócrates, a polícia já vai a casa das pessoas para as prender, apreender computadores, telemóveis, telefones fixos, livros, revistas, DVD e cassetes, e assustar mulheres e crianças, sob a acusação de posse de «armas ilegais» como soqueiras e facas de mato, e de se ser de «extrema-direita». É o Estado demo-policial.

9 Comentários:

Blogger Pedro Botelho said...

Não é «na democracia do José Sócrates», é muito mais grave. A personalização das actuais tendências desta Europa dos soviétes em indivíduos marginais falseia a lógica do processo involucionário em curso e é altamente enganadora. A malta do PSD & CDSPPETC estaria quase de certeza a fazer pior no capítulo do respeito pelas chamadas liberdades e garantias (questão de «prestação de provas» à Sra. Merkel da RDFA etc.).

Não esqueçamos, por exemplo, o entusiasmo bem antigo pela criação do gabinete especial de vigilância electrónica secreto («secreto» à portuguesa, é claro) que o ministro António Costa, apesar de tudo, reduziu a uma expressão mais simples e menos exterior às vias judiciais do que se esperava de governos anteriores. Ou onde se situa a maior e mais eficaz promoção dos interesses «holocáusticos» dentro da Assembleia da República (à mão direita do Portas, para quem ainda não reparou devido a estrabismo sinistróide).

Mas o que diz é absolutamente verdadeiro e as imagens de arquivo que passam na televisão, tendentes a convencer o público de que os agredidos pelas indignidades da «investigação» não passam de um bando de maoris alucinados sedentos de violência, são apenas poeira nos olhos: a apreensão de computadores, telemóveis, telefones fixos, livros, revistas, DVDs e cassetes a cidadãos sem mácula no cartório, nem tatuagens exóticas, nem língua de fora, unicamente com o fito de intimidação política em momentos escolhidos, verifica-se em pleno. E não é referida na televisão (ou outros média) nesses moldes, como seria de esperar...

É a vida na futebolândia, à sombra dos Soares e dos Cavacos, dos Pachecos e dos Rebelos. Notícias a sério, capazes de incomodar alguém? Só lá fora. Ou então ficamos pelos exames do Sr. Engenheiro...

1:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Pedro:

É isso mesmo. Estamos no tal «estado policial sob uma ditadura fiscal» de que falava um amigo meu.
Só não sabia que «O Triunfo dos Porcos» de George Orwell tinha sido incluído no Index de livros «politicamente incorrectos» (foi um dos apreendidos).

Parece que os recos estalinistas cá do burgo não gostam. É isso... agora sabemos que o Sr. Pinto de Sousa é também «Sóreco»...

Cumprimentos

2:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como sabemos um estado demo-policial é um estado policial possuido pelo demonio

3:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«É a vida na futebolândia, à sombra dos Soares e dos Cavacos, dos Pachecos e dos Rebelos».

É verdade. Já se esqueceram do tempo em que os livros sequestrados eram os de alguns deles. O silêncio é completo, se esquecermos as habituais discussões futebolísticas (do pró e do contra) e as investigações «diplomáticas»...

Segundo me constou, pelo menos uma das pessoas sem mancha cívica nem qualquer espécie de cadastro, criminal ou outro, que viu a sua casa devassada às primeiras luzes da manhã, os seus livros, computador e materiais informáticos sequestrados, os seus telefones confiscados (?) etc., é bem conhecida desse blogue.

Aqui fica um apelo para que esses factos sejam pormenorizadamente divulgados na blogosfera assim que possível, sem prejuízo da(s) pessoa(s) em questão. Interessa que estas coisas não passem em claro à sombra dos rituais «anti-neonazis» da corja mediática...

Se se confiscam livros, por exemplo, como parece ser o caso, interessa solicitar a publicação do novo index...

7:59 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

É o Orwell, certo?

12:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É a nova PIDE, mais alarve que a antiga e com alibi de «defesa da democracia». Quanto mais Portugal muda, mais é o mesmo estrume e mais são as mesmas bestas.

3:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ôpa!! Com uma «encomenda» destas, não tarda muito os 'ME's estão à porta do Jaime... Mas se querem mesmo, mesmo, mesmo saber da pedra bruta, há-a para todos os gostos: no Barreiro, mas é por conta do PSD; já na capital, é melhor ir a uma Escola Profissional que faz cursos de Associativismo, ou tentar averiguar por que é há quem tenha mandado vir de Angola obras «a peso de ouro», difíceis de transportar ?!
Soqueiras (i.e., soquetes)? Vão à Feira da Ladra. Armas (transformadas ou não)ilegais? O caminho é para a mesma 'comunidade identitária' dos ciganos de Pêro Pinheiro.Droga? Isso tanto pode ser na Pastorinha, no Estrela de África ou à porta de uma discoteca da moda qualquer... Já os livros, é outra conversa. Mas tenho um amigo jornalista «que sabe de quem sabe» e que me arranjou, por especial favor, um livro do Hermann Rauschning. Como bónus, por se tratar de obras existentes no armazém de uma mas mais antigas casas editoras portuguesas (nada alheia aos negócios de África), juntou também um Index de 1960: dos Livros Heréticos excomungados em Portugal, Espanha e Rússia.Palavras para quê? Só fica preso quem passar pela Portela «com diamantes no sapato»!
Será que pertencia à rede do Zaca da Sibéria? Eheheheh.Lolllol

4:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Soube só hoje que um dos molestados pelos cabrões do sistema demoniocratico é uma pessoa amiga que conheci, primeiro através dos seus escritos na blogosfera e depois pessoalmente. Este amigo é daquelas pessoas, que como eu costumo, dizer basta olhar para saber que se está na presença de gente de bem. Não usa a cabeça rapada (nem por dentro nem por fora) não lhe conheço tatuagens no corpo e não tem ódio na língua e muito menos no coração. É um indivíduo com formação académica, bom chefe de família e que eu saiba tem os impostos pagos. C’um caralho! Eu tenho livros nazi-fascistas-anarquistas e quejandos em casa. Não sou racista (mas cada vez mais "desconfiado") e nunca apelei ao ódio racial, assim como este amigo que agora foi importunado tambem nunca o fez. Pelo contrário sempre fui dizendo que o maior inimigo era este sistema corrupto e filho da puta e que quem manda nele é gente IDENTICA (fisicamente) a nós, e que estes lacaios não conseguem nem querem distinguir o que é gente de bem e o que são bandidos. Para estas amibas lacaias, marginais são todos aqueles que tenham coluna vertebral e que pensam pelas suas cabeças... Isto tudo para dizer o quê: - PODIA TER SIDO EU OU QUALQUER UM DE NOS (de vos), assim as hienas o desejassem.
Meu caro amigo, grande abraço – e O QUE NÃO NOS MATA TORNA-NOS MAIS FORTES.

Legionário

11:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A palavra «molestados» é fraca. Esta coisa extraordinária que é o sequestro -- ou roubo, nunca se sabe muito bem, até melhor notícia -- de um computador privado e de uso pessoal doméstico é uma autêntica violação dos direitos mais elementares de qualquer cidadão. No computador ou seus suportes de dados pode estar todo o género de escritos ou imagens confidenciais que não deveriam poder ser devassadas sem razões absolutamente excepcionais e suspeitas devidamente fundadas de algum crime grave específico.

Suspeitas de vagas «discriminações raciais» sem vítimas queixosas (públicas ou sequer alegadas!) mostram a que ponto os nossos «protectores» andam com medo e por que razão dão tamanha prioridade ao desarmamento da população cumpridora da lei, uma constante absoluta de todos os desgovernos que nos caem em cima.

Mas um computador não é um simples par de sapatos para comparar com pegadas descobertas em torno de algum hipotético pecadilho menor: é um repositório de dados de toda a ordem que não dizem respeito senão ao seu proprietário. Em pelo menos um caso de sequestro de meu conhecimento, no computador sequestrado estão os trabalhos de um mestrado em História em curso de que o seu legítimo proprietário se vê privado com grande prejuízo seu.

Não é por acaso que nas exibições mediáticas para papalvo ver, no seio dos «despojos criminosos» das rusgas, ao lado das armas e das munições, aparecem agora também meios informáticos e simples telefones. Os verdadeiros bandidos sabem bem o que os faz tremer.

9:10 da tarde  

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