terça-feira, agosto 05, 2008

Convém recordar

A propósito do achincalhamento a que Alexandre Soljenitsine e O Arquipélago de Gulag foram submetidos pela máquina do PCP e pelo seu aparelho de "intelectuais" quando da edição do livro em Portugal, e que o BOS refere no postal anterior, convém recordar um artigo do inevitável José Saramago no então comuníssimo Diário de Notícias, no qual o futuro Nobel da Literatura se refere ao escritor e dissidente soviético como "um furúnculo que é preciso lancetar". O discurso é o homem.

5 Comentários:

Anonymous Anónimo said...

Então onde está o artigo do Saramago? Publiquem lá essa merda porque a gente não colecciona DNes,especialmente dessa época.

1:16 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Saramago, vai mas é trabalhar oh. Vai fazer qualquer coisa de útil pa sociedade. Queres é usar palavras caras. Se usas palavras caras porque é que não usas a camisola de Portugal que é barata e até se encontra nas feiras em Espanha. Isso tem um nome meu menino: Chama-se ser forreta que é o que tu és. E, digo-te mais, isso não é ser português, isso é só pensar em dinheiro. Tás em Espanha por causa do dinheiro. Além disso, és preguiçoso. Tás com o rabo alampado na cadeira e só trabalhas com a mão esquerda. E és de esquerda ainda por cima.Ah, vendo livros, não posso ir trabalhar e tenho 80 anos. Escreveste a Jangada de Pedra não foi? Agora ajudar os pedreiros a apanhar pedras passa á frente. O pais está é a precisar de Estradas de Pedra, não é de jangadas de pedra, o cheiro a alcatrão das estradas anda a fazer enjoar as pessoas, Faz mal e faz vomitar. Escrevi o memorial do convento. Olha, podias era ir po convento ensinar as pessoas a ler e a escrever em vez de escreveres pa ganhar dinheiro. Isso é que é pena. Não fazes nada pela sociedade, só fazes é por ti. Vai mas é trabalhar.
E senhor Vitor Abreu porque o senhor é igual a ele. Só trabalha com uma mão. Vai mas é trabalhar oh. Vai fazer qualquer coisa de util pa sociedade.

11:52 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Quem for aos arquivos do DN desse tempo descobre esse e muitos mais "mimos" comunóides do género assinados pelo erva-daninha Nobel.

12:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Na sanha de bater no Saramago - ó meus amigos, o homem tem mais de oitenta, já toda a gente o conhece, não acham que fazem figura de tontinhos? - esquecem-se de que o actual defunto elogiou Franco, Pinochet e criticou o 25 de Abril em Portugal. O que é que isto tem a ver com o ESCRITOR Soljenitsine? O mesmo que o que voces escreveram sobre Saramago -NADA. Cresçam e tenham juízo.

8:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não sei se, do ponto de vista médico, será boa ideia "lancetar" um "furúnculo", mas até que eu próprio «saneava» era a cremalheira ao Nobel, com uns discursozitos de Harvard do «achincalhado» ora falecido. Isto, à distância de uns trinta anos, era o que ele dizia:
"(...)Mas, há uma catástrofe que, essa, vem a caminho: é a catástrofe da consciência humana anti-religiosa.
Esta consciência tinha feito do homem a medida de quanto existe na Terra; ora o homem é imperfeito (...) E eis que os erros, cujo preço não tinha sido avaliado no início da caminhada, começam hoje a vingar-se. O caminho que percorremos da Renascença para cá enriqueceu a nossa experiência, mas fez-nos perder o Tudo, o Mais Alto que outrora fixava um limite às paixões e à irresponsabilidade. Pusemos demasiadas esperanças nas transformações político-sociais e notamos que nos tiraram o que tínhamos de mais precioso: a nossa vida interior. A Leste, é a feira do Partido que a calca aos pés, a Oeste, a feira do Comércio; e o que mais apavora nem é o facto do mundo estilhaçado, é o facto dos principais pedaços estarem atingidos por uma doença análoga.
Se o homem, como afirma o humanismo, tivesse nascido para a felicidade unicamente, também não teria nascido para a morte. Ora, estando corporalmente destinado a morrer, a sua tarefa na Terra tem que ser ainda mais espiritual e não um empanturramento de quotidianidade, não a procura dos melhores meios de aquisição e, em seguida, o gasto alegre dos bens materiais, mas sim o cumprimento dum dever duro e permenente, de modo a que todo o caminho da nossa vida se torne a experiência duma elevação, antes de mais nada, espiritual: deixar esta vida como entes mais elevados do que quando nela entrámos.(...) Só a educação voluntária em si, com um auto-limite radioso, é que eleva os homens acima do fluxo material da vida.
Agarrarmo-nos hoje às fórmulas congeladas da era das Luzes, equivale a mostrarmo-nos retrógrados.(...) estará o homem efectivamente acima de tudo sem que exista acima de nós um Espírito supremo? será verdade que a vida do homem e a actividade devam, antes de mais nada, definir-se em termos de expansão material? (...)
O mundo, hoje, se não está em vésperas da sua própria perda, está, pelo menos, numa viragem da História que, em importância, nada cede à da Idade Média ou à da Renascença: esta viragem exigirá de nós uma chama espiritual, uma subida para uma nova altitude de vistas e para um novo modo de vida em que a nossa natureza física terá deixado de estar entregue à maldição como na Idade Média mas na qual a nossa natureza espiritual terá também deixado de estar calcada aos pés como na era moderna. (...) Ninguém, na Terra, tem outra possibilidade senão subir cada vez mais alto."
Mas se porventura o Nobel Saramago subir, olha, dêem-lhe com a "Carta de Solzhenitsyn aos Governantes Soviéticos" na cabeça. Sempre é um "Apelo-denúncia feito por um homem livre" em cujo espírito gregário e «patriótico» poderá meditar no seu tempo livre como trolha-remodelador da sua nova Fundação...
Agora sim, podem chamar-me nomes.

1:11 da manhã  

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