sexta-feira, outubro 31, 2008
É dos meus olhos, ou José Sócrates foi à Cimeira Ibero-Americana para servir de caixeiro-viajante do Magalhães?
terça-feira, outubro 28, 2008
Prémio Lyssenko 2007
O Club de l’Horloge anunciou na semana passada que o Prémio Lyssenko 2007 foi para o professor Alain de Libera, medievalista, historiador da filosofia, distinguido por esclarecer as raízes muçulmanas da Europa cristã.
Razões de um anti-prémio
O Prémio Lyssenko, criado pelo Club de l’Horloge em 1990, é atribuído todos os anos a um autor ou uma personalidade que, pelos seus escritos ou pelos seus actos, traga uma contribuição exemplar à desinformação em matéria científica ou histórica, com métodos e argumentos ideológicos. Os galardoados são escolhidos por um júri científico formado por especialistas de diversas disciplinas: biologia, demografia, economia, linguística, geografia, etnografia, sociologia, politologia, psiquiatria, criminologia, história, etc. A composição do júri é secreta para garantir a liberdade de julgamento dos seus membros.
“Galardoados” anteriores
Catherine Wihtol de Wenden, politóloga, directora de pesquisas no CNRS , e Yvan Gastaut, historiador, docente na Universidade de Nice, pelas suas análises das vantagens da imigração e da mistura social (2006); Olivier Le Cour Grandmaison, historiador, autor de "Coloniser. Exterminer - Sur la guerre et l’Etat colonial", pela sua contribuição à história da colonização francesa (2005); Didier Billion, geógrafo, historiador e politólogo, pela sua análise pour son analyse des rapports entre la Turquie et l’Europe (2004); Elisabeth Roudinesco, psicanalista, discipla de Freud e Lacan, pela sua defesa e ilustração da psicanálise (2003); Daniel Cohn-Bendit e Olivier Duhamel, deputados europeus, e Thierry Vissol, economista, pela sua contribuição exemplar à campanha pelo Euro (2002); Gilles Kepel et Bruno Etienne, orientalistas, pela sua análise do declínio do islamismo (2001); Martin Bernal, autor de "Black Athena - Les origines afro-asiatiques de la civilisation classique", pela sua análise das origens da civilização ocidental (2000); Michèle Tribalat, demóagrafa, pela sua análise do custo da imigração (1999); Pierre Bourdieu, sociólogo, pelo conjunto da sua obra (1998); Pascal Perrineau, politólogo, pela sua análise da vida política francesa (1997); André Langaney, geneticista, professor no Museu de História Natural, pela sua contribuição ao estudo das raças humanas (1996); Jean-Pierre Chrétien, historiador profissional e etnólogo amador, pela sua análise das etnias africanas, descritas como um fantasma da imigração (1995); John Kenneth Galbraith, economista, pela sua defesa do salário mínimo e das políticas socialistas de luta contra o desemprego (1994); Carlo Ginzburg, historiador, e Jean-Paul Demoule, arqueólogo, adversários de Georges Dumézil (1898-1986), pela sua contribuição aos estudos indo-europeus (1993); Robert Badinter, ex-ministro da justiça, “filho espiritual” do criminólogo Marc Ancel (1902-1990), pela sua contribuição teórica e prática à luta contra o crime (1992); Hervé Le Bras, demógrafo, pelas suas análises da imigração estrangeira e da natalidade francesa (1991); Albert Jacquard, geneticista, pelo conjunto da sua obra , e Jean-Noël Jeanneney, historiador, pela sua acção como presidente da missão do Bicentenário da Revolução Francesa (1990). Os documentos relativos a cada “galardoado” podem ser consultados na página do Club de l’Horloge.
Trophime Denissovitch Lyssenko (1898-1976)
Mestre da biologia soviética durante o tempo de Estaline e Krutchev, Lyssenko combateu a genética, demonstrando que os seus ensinamentos são contrários ao marxismo. Segundo a sua análise, a ciência progressista apela à transformação da sociedade e opõem-se à ciência reaccionária - burguesa, fascista, nazi -, que justifica o conservadorismo e a inegalidade. Os que atacam as teorias julgadas por eles reaccionárias e denunciam os autores que as apoiam nos diversos domínios da ciência são fiéis à interpretação de Lyssenko.
O Club de l’Horloge
O Club de l’Horloge é um círculo de reflexão política independente de partidos. Foi criado em 1974 e é presidido por Henry de Lesquen. Pelos seus trabalhos e publicações impôs-se como uma força de análises e propostas que intervêm no debate de ideias para promover os valores liberais, nacionais e democráticos inscritos na tradição republicana. O Club de l’Horloge está aberto aos responsáveis de empresas, membros de profissões liberais, aos universitários, aos altos funcionários, que desejem trabalhar para a renovação doutrinal da direita. O Club de l’Horloge organiza conferências, seminários políticos, universidades e publica os trabalhos decorrentes destes encontros.
Razões de um anti-prémio
O Prémio Lyssenko, criado pelo Club de l’Horloge em 1990, é atribuído todos os anos a um autor ou uma personalidade que, pelos seus escritos ou pelos seus actos, traga uma contribuição exemplar à desinformação em matéria científica ou histórica, com métodos e argumentos ideológicos. Os galardoados são escolhidos por um júri científico formado por especialistas de diversas disciplinas: biologia, demografia, economia, linguística, geografia, etnografia, sociologia, politologia, psiquiatria, criminologia, história, etc. A composição do júri é secreta para garantir a liberdade de julgamento dos seus membros.
“Galardoados” anteriores
Catherine Wihtol de Wenden, politóloga, directora de pesquisas no CNRS , e Yvan Gastaut, historiador, docente na Universidade de Nice, pelas suas análises das vantagens da imigração e da mistura social (2006); Olivier Le Cour Grandmaison, historiador, autor de "Coloniser. Exterminer - Sur la guerre et l’Etat colonial", pela sua contribuição à história da colonização francesa (2005); Didier Billion, geógrafo, historiador e politólogo, pela sua análise pour son analyse des rapports entre la Turquie et l’Europe (2004); Elisabeth Roudinesco, psicanalista, discipla de Freud e Lacan, pela sua defesa e ilustração da psicanálise (2003); Daniel Cohn-Bendit e Olivier Duhamel, deputados europeus, e Thierry Vissol, economista, pela sua contribuição exemplar à campanha pelo Euro (2002); Gilles Kepel et Bruno Etienne, orientalistas, pela sua análise do declínio do islamismo (2001); Martin Bernal, autor de "Black Athena - Les origines afro-asiatiques de la civilisation classique", pela sua análise das origens da civilização ocidental (2000); Michèle Tribalat, demóagrafa, pela sua análise do custo da imigração (1999); Pierre Bourdieu, sociólogo, pelo conjunto da sua obra (1998); Pascal Perrineau, politólogo, pela sua análise da vida política francesa (1997); André Langaney, geneticista, professor no Museu de História Natural, pela sua contribuição ao estudo das raças humanas (1996); Jean-Pierre Chrétien, historiador profissional e etnólogo amador, pela sua análise das etnias africanas, descritas como um fantasma da imigração (1995); John Kenneth Galbraith, economista, pela sua defesa do salário mínimo e das políticas socialistas de luta contra o desemprego (1994); Carlo Ginzburg, historiador, e Jean-Paul Demoule, arqueólogo, adversários de Georges Dumézil (1898-1986), pela sua contribuição aos estudos indo-europeus (1993); Robert Badinter, ex-ministro da justiça, “filho espiritual” do criminólogo Marc Ancel (1902-1990), pela sua contribuição teórica e prática à luta contra o crime (1992); Hervé Le Bras, demógrafo, pelas suas análises da imigração estrangeira e da natalidade francesa (1991); Albert Jacquard, geneticista, pelo conjunto da sua obra , e Jean-Noël Jeanneney, historiador, pela sua acção como presidente da missão do Bicentenário da Revolução Francesa (1990). Os documentos relativos a cada “galardoado” podem ser consultados na página do Club de l’Horloge.
Trophime Denissovitch Lyssenko (1898-1976)
Mestre da biologia soviética durante o tempo de Estaline e Krutchev, Lyssenko combateu a genética, demonstrando que os seus ensinamentos são contrários ao marxismo. Segundo a sua análise, a ciência progressista apela à transformação da sociedade e opõem-se à ciência reaccionária - burguesa, fascista, nazi -, que justifica o conservadorismo e a inegalidade. Os que atacam as teorias julgadas por eles reaccionárias e denunciam os autores que as apoiam nos diversos domínios da ciência são fiéis à interpretação de Lyssenko.
O Club de l’Horloge
O Club de l’Horloge é um círculo de reflexão política independente de partidos. Foi criado em 1974 e é presidido por Henry de Lesquen. Pelos seus trabalhos e publicações impôs-se como uma força de análises e propostas que intervêm no debate de ideias para promover os valores liberais, nacionais e democráticos inscritos na tradição republicana. O Club de l’Horloge está aberto aos responsáveis de empresas, membros de profissões liberais, aos universitários, aos altos funcionários, que desejem trabalhar para a renovação doutrinal da direita. O Club de l’Horloge organiza conferências, seminários políticos, universidades e publica os trabalhos decorrentes destes encontros.
segunda-feira, outubro 27, 2008
domingo, outubro 26, 2008
Nem a Gulbenkian escapa
Começa hoje na Fundação Gulbenkian e vai até amanhã, uma conferência pomposamente denominada Podemos Viver Sem o Outro? - As Possibilidades e os Limites da Interculturalidade, que entre outros figurões contará com a presença de Jorge Sampaio, o importantíssimo e indispensável Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações. A Gulbenkian é uma instituição muito estimável em muitas coisas, mas ultimamente tem andado um bocado obcecada demais com o multiculturalismo, com as interculturalidades e com "o outro". Não lhe fica mesmo nada bem, parece uma velha gaiteira a querer manter-se na moda a todo o custo, e a ficar cada vez mais ridícula sem dar por isso.
sexta-feira, outubro 24, 2008
Para onde vai o nosso dinheirinho (6)
Gastos sumptuários de três ex-administradores da Gebalis (dois do PSD, um do PS), empresa da Câmara Municipal de Lisboa, em viagens ao estrangeiro, refeições em restaurantes caros e artigos de luxo: 200 mil euros.
quinta-feira, outubro 23, 2008
terça-feira, outubro 21, 2008
Para onde vai o nosso dinheirinho (5)
Custo de uma nova campanha fotográfica de Portugal, a ser feita pelo fotógrafo americano Steven Klein, por encomenda do Ministério da Economia: um milhão de euros.
domingo, outubro 19, 2008
A e-escola "magalhânica" de José Sócrates
Das gazetas, sobre o acontecido há dias numa acção de formação do computador Magalhães dirigida a professores, promovida pela americana Intel, no Parque Tecnológico de Cantanhede: "Sessão de formação de Magalhães transforma-se em aula de teatro para professores - O que foi anunciado aos professores de Informática como uma acção de formação sobre o computador portátil Magalhães acabou por se transformar numa sessão de composição de músicas infantis para apresentar o portátil". E assim, com teatro e cantigas - e também ameaças das formadoras americanas de que não há Magalhães para quem não se juntar à funçanata -, caminhamos alegremente rumo à e-sociedade sonhada pelo primeiro-ministro.
sábado, outubro 18, 2008
Liberdade para a História
Excelente editorial de José Manuel Fernandes, hoje no Público, que fala sobre o último delírio de Baltasar Garzón que, numa necessidade crónica de protagonismo, se lembrou de "julgar o franquismo". Mas não é a tentação dos juízes fazerem política que merece a minha atenção, antes o controlo da "memória histórica". Refere muito bem o director do Público o artigo de Timothy Garton Ash, "The freedom of historical debate is under attack by the memory police", publicado no Guardian no passado dia 16 de Outubro, sobre "as tentativas de se criminalizar, nalguns países, versões da história diferentes das aceites pela maioria dos historiadores", acrescentando: "Isto quando eles se põem de acordo, pois já o Presidente Truman disse um dia que nunca conseguia encontrar dois historiadores que estivessem totalmente de acordo e que o pior era ambos terem a certeza absoluta de ser a sua versão a certa".
Esta tentativa de controlo e de imposição de "versões oficiais" da história, levou, em 2005, o falecido René Rémond e um grupo de historiadores a criar a associação "Liberté pour l'Histoire", hoje presidida por Pierre Nora que considera "A verdade legal, uma prática dos regimes totalitários".
Repito, em conclusão, aquilo que escrevi há uns anos: “a minha formação em História diz-me que proibir a investigação, por mais loucas ou disparatadas que sejam as suas conclusões, é errado. (…) Devem, isso sim, ser debatidas e, se necessário for, contrariadas com argumentos e provas, em resumo, com outras investigações, nunca com leis”.
Esta tentativa de controlo e de imposição de "versões oficiais" da história, levou, em 2005, o falecido René Rémond e um grupo de historiadores a criar a associação "Liberté pour l'Histoire", hoje presidida por Pierre Nora que considera "A verdade legal, uma prática dos regimes totalitários".
Repito, em conclusão, aquilo que escrevi há uns anos: “a minha formação em História diz-me que proibir a investigação, por mais loucas ou disparatadas que sejam as suas conclusões, é errado. (…) Devem, isso sim, ser debatidas e, se necessário for, contrariadas com argumentos e provas, em resumo, com outras investigações, nunca com leis”.
sexta-feira, outubro 17, 2008
A frase
O meu caro amigo HNO, fala sobre o que se passou no jogo França-Tunísia, no qual os novos "franceses" demonstraram a sua verdadeira face de invasores-colonizadores, e da "preocupação" dos governantes, concluindo com uma frase lapidar: «Repararam, porém, que aqui jamais se falou de xenofobia?» Nem podia ser de outra maneira, já que no mundo do politicamente correcto o "racismo" só tem uma direcção...
quarta-feira, outubro 15, 2008
A "pen"
O Orçamento de Estado, e o governo deste país, estão nas mãos de uns sinistros e de uns pascácios que ontem andaram a falar ao povo pela televisão e pela rádio em horário nobre, sobre uma pen que não abria, ou que ainda não se podia abrir, ou o raio que os parta a todos com o Magalhães enfiado pelas cabeças deles abaixo. E abstenho-me de dizer o que podem fazer com a pen.
terça-feira, outubro 14, 2008
Para onde vai o nosso dinheirinho (4)
Verba disponibilizada este ano pelo governo ao ACIDI - Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural: cerca de 25 milhões de euros.
O "romance"
José Rodrigues dos Santos vai lançar um novo "romance". Qual é o título? Sei lá! Qual é a história? Who cares? O homem escreve "romances" a mata-cavalos, até as notícias ele lê mais devagar do que publica. José Rodrigues dos Santos vai lançar um novo "romance". Depois não digam que não vos avisei.
Blogosfera superior
Excelente texto do meu caro João Marchante no Eternas Saudades do Futuro, blog que visito diariamente, onde analisa a antecipação metafórica da decadência da cultura europeia no magistral La Dolce Vita de Fellini. Vão até lá apreciar o horror do nada.
segunda-feira, outubro 13, 2008
A brincar, a brincar...
...se põe o dedo na ferida. Gosto especialmente da parte em que se justifica a censura "em nome da democracia e da esquerda moderna". Nem mais!
domingo, outubro 12, 2008
Oportunidade perdida
Foi notícia hoje que "mais de mil" (adoro esta expressão!) se manifestaram hoje em Lisboa pela "legalização de todos os imigrantes". Argumentos à parte, é de estranhar que a polícia não tenha aproveitado para fazer uma rusga, pois conseguiria com certeza deter inúmeros imigrantes ilegais.
Um longo e amargo adeus
Jorg Haider sacudiu como ninguém, nos anos oitenta, uma política austríaca enfadonha, pantanosa e dirigida por toupeiras pró-soviéticas (alguém se lembra do repulsivo Bruno Kreisky?) e chocou, posteriormente, a mornidão do politicamente correcto que há muito se instalara nesse País e na Europa.
Era uma personagem controversa e não foi imune a erros.
A sua irreprimível falta de continência verbal, fazendo dispensáveis apreciações histórico-humorísticas de carácter público (caso das Waffen SS e da política de emprego do Hitler) que depois se voltaram previsivelmente contra ele, levaram os opositores a satirizar que, se alguém o quisesse assassinar, teria também de matar a sua boca em separado.
Como táctico, cometeu também alguns lapsos dispensivos. Após o seu triunfo eleitoral em 1999, celebrou uma coligação com os democratas-cristãos do ÖVP (que batera por alguns milhares de votos) e aceitou confiar àqueles, a Chancelaria e não integrar pessoalmente o Governo como nº 2. O resultado foi: o total domínio do governo de coligação pelo ÖVP; a irrupção intermitente de críticas perturbadoras que não resistiu em lançar ao Governo e aos ministros do seu próprio Partido (o FPÖE) como “comentador político” (instalado na chefia do Land da Caríntia); e uma gravíssima cisão que propiciou nesta formação e que a atirou para os 10%.
Todavia, no seu notável “activo”, Haider conseguiu tomar de assalto e refundar um pequeno partido do centro-liberal, elevando o score de 5% que aquele obtivera em 1986, para 27% em 1999 e conseguindo quebrar o “gueto” onde o establishment confinara a direita radical e nacionalista, fazendo-a entrar numa coligação com os paridos do sistema.
Para além de ser, a nível europeu, o responsável por um “aggiornamento” das correntes nacionalistas da direita radical (transformando-as em partidos de massas com vocação de governo e não em pandilhas de cabeças rapadas), marcou também a agenda política austríaca e europeia com as suas propostas corajosas em matéria de imigração, segurança interna, preferência no emprego a nacionais, defesa de políticas sociais e apoio às pequenas e médias empresas.
Dado como morto politicamente quando saiu do partido da Liberdade e fundou o seu próprio partido, o BZÖ, que obteria apenas 4% nas penúltimas eleições, Haider, a partir do seu governo da Caríntia que manteve com mais de 40% dos votos, renasceu e conseguiu uma subida notável nas últimas eleições de há duas semanas atrás, com quase 11%.
A sua morte estranhíssima, prematura e trágica, enluta as modernas correntes nacionalistas europeias que muito devem às suas ideias, força, imagem e tenacidade.
Nos últimos dias, antes de morrer, terá enterrado o machado de uma guerra muito “feudal” que vinha travando com o antigo discípulo, Strache, o líder do Partido da Liberdade (de quem se encontrava há muito afastado, depois de aquele ter derrotado a sua irmã, na chefia do FPÖE). Heinz Strache, também ele um populista com apoio esmagador na juventude e operariado de Viena, lidera com quase 18% a direita nacionalista e é o óbvio candidato a primeiro-ministro no futuro. Falou-se então numa possível coligação ou união entre os dois partidos.
O BZÖ sem Haider não será o mesmo, já que o partido tem sido, sobretudo, “one man show”. O novo Presidente interino, Petzner, um jovem secretário-geral de apenas 27 anos, dificilmente conservaria uma liderança estável, atendendo ao facto de figuras mais experientes terem ambições ao lugar como Westenhaller (líder Parlamentar que já ocupou o lugar de presidente), Dörfler (novo Governador da Caríntia e candidato potencial a lider) e a irmã de Haider, Ursula Haubner. Os maiores riscos, no momento, não serão, contudo, uma ruptura imediata (porque o BZÖ é um pequeno clube de amigos), mas sim uma tentação de a nova direcção órfã vir a ajudar a formar uma coligação do bloco central com o SPOE e o ÖVP. Nesse caso o partido seria deglutido nesse mesmo bloco central.
A prevalecerem figuras que não Ursula Haubner, será possível, a prazo, outras soluções, tais como: uma fusão com o FPÖE; uma união com este partido semelhante à CDU/CSU ( com o BZÖ como partido do ramo caríntio); ou uma coligação. Se tal vier a ocorrer e caso se confirme a reedição do bloco central nos actuais tempos de catástrofe financeira, a Direita Nacionalista austríaca na oposição venceria com grande probabilidade as próximas eleições, que se prevêem antecipadas.
Tal constituiria, seguramente, a maior vitória póstuma desse bravo e notável líder europeu que foi Haider e cujo desaparecimento nos deixa o sentimento amargo que são sempre os melhores que partem prematuramente.
sábado, outubro 11, 2008
sexta-feira, outubro 10, 2008
A minha alegre casinha (3)
Ao som do clássico Our House, dos Madness, eis o pódio da cedência de casas do património público da Câmara Municipal de Lisboa a privados, por presidente:
Medalha de Ouro: João Soares, 281 casas.
Medalha de Prata: Krus Abecassis, 200.
Medalha de Bronze: Santana Lopes, 155.
Menções Honrosas: Jorge Sampaio, 153.
Carmona Rodrigues, 112.
António Costa, 69 (e ainda não acabou o mandato).
quinta-feira, outubro 09, 2008
quarta-feira, outubro 08, 2008
Prato de lentilhas
Portugal acaba de reconhecer a "independência" do Kosovo, em troca do apoio dos EUA à candidatura a um lugar de observador no Conselho de Segurança da ONU. Os que nos governam venderam-se em troca do prato de lentilhas do costume.
terça-feira, outubro 07, 2008
segunda-feira, outubro 06, 2008
A minha alegre casinha (2)
Considerando as proporções que o escândalo das casas da Câmara Municipal de Lisboa está a tomar, sugere-se que a letra da popular canção entoada por Milú no clássico da comédia portuguesa O Costa do Castelo, e retomada décadas mais tarde em versão rock pelos Xutos & Pontapés, seja alterada para: "Que saudades que eu já tinha/da minha alegre casinha/dada pela Câmarazinha/de um presidente amigo meu".
domingo, outubro 05, 2008
sexta-feira, outubro 03, 2008
By your command
Ao ver as tristes notícias de que o (des)governo português prepara para breve o reconhecimento da autoproclamada "independência" do Kosovo, lembro-me da série televisiva Battlestar Galactica e dos cylons, que perante o que lhes era ordenado respondiam pronta e metalicamente "By your command" — tal é a atitude de máquina obediente deste executivo face aos ditames de Bruxelas e de além-Atlântico.
O assalto do "Gimbas"
O indivíduo que assaltou há dias a Direcção Central de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária, foi identificado como sendo o "Gimbas", um conhecido toxicodependente e «gosme» da zona, colega de snifanços do conhecido "Sarni". Segundo disse o "Gimbas" à comunicação social, "É pá, fui enganado por um carocho amigo, o "Nelso", que me disse que aquilo era uma casa de ricaços e que havia guito à babuje! Afinal era uma casa da bófia, da Judite, e só havia era uns computadores e uns trocados. A culpa é do "Nelso"! Eu sou um excluído social fragilizado!". Após este embaraçoso percalço, a Polícia Judiciária anunciou que vai "intensificar a vigilância à extrema-direita neonazi e xenófoba".
quinta-feira, outubro 02, 2008
Rumor
Corre pelos corredores das chancelarias que o Reino Unido teria, unilateralmente, decidido retirar os seus adidos militares em quatro países, entre os quais Portugal e o Bangladesh. Independentemente do que se pense sobre a "pérfida Albion" não deixa de ser intrigante saber qual a razão de semelhante abaixamento de relações militares, considerada a Aliança multisecular entre Londres e Lisboa e a presença dos dois Estados na NATO.
Há quem considere que a decisão governamental da retirada das tropas especiais portuguesas no Afeganistão, num momento em que se intensifica a guerra, podendo ser considerada um acto de prudência para uns, não deixou de ter, também, os seus custos para o prestígio de Portugal no sistema internacional de defesa colectiva onde se integra e onde conta cada vez menos, devido à redução crescente da despesa militar.
quarta-feira, outubro 01, 2008
"Marquintónio" para Líder do PSD
Ao Circo do Arrepia chegou mais um figurante, de seu nome Marco António Costa ("Marquintónio" para os amigos e fãs gaienses), Vice-Presidente da Câmara de Gaia, prestes a ensaiar o seu famoso número, "o homem das mil caras" ( vide nas imagens supra, as mutações vertiginosas entre o seu pretérito "look" bimbo e o nóvel look "stylish").
Pois hoje o nosso autarca disse à Lusa que “Uma opção do PSD no sentido de não ser favorável à regionalização seria uma decisão contranatura sob o ponto de vista da sua génese política. Esta direcção nacional pagará muito caro uma atitude centralista desse tipo, que seria uma traição aos seus valores tradicionais e ao seu eleitorado".
Muito bem Marquintónio. Parece uma proposta séria e oportuna! Traição ao eleitorado votante que rejeitou por 60% a regionalização é óbvio que não tem importância nenhuma. Toca a criar novas Madeiras endividadas até à molécula em tempos de catástrofe económica mundial. É preciso ousar. Assim se fazem os líderes do futuro.