A dura realidade

Esta semana, nos arredores de Roma, um casal de turistas holandeses que fazia campismo selvagem foi assaltado por dois romenos. Os turistas foram roubados e espancados brutalmente, e a mulher foi violada, tendo sido internada num hospital em estado muito grave. Poucas horas depois, os romenos, imigrantes ilegais que trabalhavam ilegalmente como pastores, foram presos ainda na posse do dinheiro e dos objectos furtados. Esperam agora para ser deportados, ao abrigo das novas medidas que o governo italiano tomou para combater a criminalidade cometida por imigrantes ilegais, e que a esquerda contesta com os habituais argumentos "humanistas". O problema é que a realidade tem uma maneira muito sua, muito dura, de contradizer as piedades e os choradinhos "humanistas".

Have you ever considered any real freedoms?

I went down that river when I was a kid. There's a place in the river... I can't remember... Must have been a gardenia plantation at one time. All wild and overgrown now, but about five miles you'd think that heaven just fell on the earth in the form of gardenias...
Have you ever considered any real freedoms ? Freedoms from the opinions of others... Even the opinions of yourself. They say why..., Willard, why they wanted to terminate my command?


I worry that my son might not understand what I've tried to be. And if I were to be killed, Willard, I would want someone to go to my home and tell my son everything. Everything I did, everything you saw, because there's nothing that I detest more than the stench of lies. And if you understand me Willard, you will do this for me.

Colonel Walter E. Kurtz

Onda de insegurança?

Não se preocupem... Lembram-se do arrastão? Em breve esta fantasia será desmentida num jornal em fim de vida, num filme de uma jornalista desempregada, ou algo do género.

Ironias à parte, perante a gravidade da situação actual, o ministro da Administração Interna, apesar de tentar disfarçar afirmando que se tratam de "casos isolados", anunciou a criação de "unidades especiais" para combater o crime violento e até vozes da extrema-esquerda questionam a "ausência de uma política de segurança", tão acarinhada nesses meios onde os criminosos não passam de "bons selvagens" vítimas da sociedade.

A anedota da 'rentrée'

Um motorista pára no trânsito em Lisboa e alguém bate no vidro do carro. Vê um homem e, receoso, baixa um pouco o vidro e pergunta: "- O que é?".
O homem diz: "O clima de insegurança está insuportável. Veja lá o senhor que o nosso primeiro-ministro José Sócrates foi sequestrado, e o pedido de resgate é de 50 milhões de euros. Se o resgate não for pago, os sequestradores ameaçam regá-lo com gasolina e incendiá-lo. Estamos a receber contribuições. Gostaria de participar?".
O homem no carro pergunta: "- Por média, quanto é que cada pessoa tem dado?"
O outro responde: "- Entre 5 a 10 litros".

Vira o disco e toca o mesmo

Jogos Olímpicos? Quais Jogos Olímpicos? No fim-de-semana, regressou o totalitarismo alarve do futebol às televisões, jornais, rádio, Internet e às cabecinhas dos portugueses. Vanessa o quê? Nélson quem?

Se a insegurança continua...

... temos que começar a seguir as sugestões das garotas deste vídeo.

Rotina

Das gazetas e das televisões: "Mais três assaltos à mão armada em Portugal nas últimas horas". Para isto se tornar uma rotina bocejante, falta só aparecer o ministro Rui Pereira a acrescentar que todos estes assaltos se deram "isoladamente".

Está explicado

O ministro Rui Pereira disse no inquérito feito por uma revista semanal, que a sua leitura de Verão iam ser os álbuns do Tintim. Percebe-se agora porque é que o ministro parece viver num mundo de banda desenhada, totalmente deslocado da realidade, sempre que fala da criminalidade em Portugal.

Ouro (5)

Só valeu mesmo este (tal como se esperava desde o início, aliás).

O Portugal seguro

Ontem: assalto com três viaturas potentes, armas com miras laser e explosivos, a uma carrinha de valores no Alentejo; assalto a uma ourivesaria em Setúbal por dois "jovens", o ourives foi assassinado.
Hoje: assalto a uma bomba de gasolina na A5 por seis indivíduos, deslocando-se em dois automóveis que foram roubados por carjacking.
Qualquer semelhança entre este país e o país em que, segundo o governo, a criminalidade violenta "diminuiu", é pura coincidência.

A Lisboa dos vândalos (4)

Original da estátua de homenagem a Eça de Queirós, da autoria de Teixeira Lopes, deixado ao abandono ao ar livre, no Museu da Cidade. O busto do escritor está no chão, à direita. A obra foi substituída por uma réplica na sua localização original, no Largo Barão de Quintela, por ser constantemente vandalizada (ver o 'A' no peito da figura feminina). Mais fotos aqui.

Sobre a Geórgia, Bush e os 'neocons'

Ler Pat Buchanan.

Então a 'Marcha da Paz' não resultou?

Prosseguiram hoje na Quinta do Mocho, na multicultural cidade de Loures, as Ganguíadas que ali se disputam já há alguns anos, com a realização de mais uma prova de Violência Étnica. O resultado, um "jovem" morto e cinco feridos, constitui um novo recorde local.

Ouro (4)

Um "atleta" da cada vez mais esquelética representação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Pequim, justificou o seu mau resultado com o facto da prova da sua especialidade se ter disputado de manhã, e as manhãs terem sido feitas para se estar na "caminha". À atenção dos organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012: agradecíamos que marcassem uns horários da tarde para as provas dos "nossos", se não fosse muita maçada.

Para onde vai o nosso dinheirinho (3)

Prejuízo deste ano do Estádio do Algarve, construído para o Euro2004: 939 mil euros.

Ouro (3)

Os atletas portugueses presentes nos Jogos Olímpicos de Pequim continuam a bater recorde nacional atrás de recorde nacional, embora não tenham ganho uma só medalha até agora. Os campeões do cronómetro são a consolação dos países pobres, sem ambição, sem capacidade nem vontade de vencer e onde "desporto" se confunde com "futebol".

Especialistas

O ficcionista Tareco Júnior foi à TVI "comentar" os últimos números da nossa economia e pintou um quadro cor-de-rosa a propósito. Razão tem Medina Carreira quando diz que a televisão está cheia de pessoas que tanto falam do Pinto da Costa e da mortalidade nas estradas como de economia, e depois são tomadas por "especialistas" nesta disciplina. Já agora, alguém sabe o que é o crescimento "líquido" do emprego?

Demorou... mas lá chegaram

Finalmente, alguém na comunicação social descobriu a vergonha da Rua António Enes.

Ouro (2)

Os nadadores portugueses que vão aos Jogos Olímpicos nunca deixam de me espantar. Batem recorde nacional atrás de recorde nacional... só nunca conseguem é ganhar uma medalhazinha que seja.

A anedota da semana

George W. Bush ordena a Vladimir Putin que deixe a Geórgia "em paz".

Vincent Reynouard: prisão por delito de opinião

Filhos das ervas

Rosalinda Camolas, militante do Bloco de Esquerda, fotografada em pleno workshop de 'Iniciação ao Charro', durante o Acampamento de Jovens do BE que decorre em São Gião, na Serra da Estrela.

Ouro

Mostrando que é mesmo uma potência mundial do desporto, a Espanha já ganhou uma medalha de ouro, logo no primeiro dia dos Jogos Olímpicos. Será que o entusiasmo e a confiança em redor da representação portuguesa se vai traduzir em medalhas, ou vai ser mais um flop olímpico do desporto nacional? Aguardemos.

Uf, que alívio!

O país pode finalmente sossegar e os portugueses continuarem as suas férias aliviados. Cristiano Ronaldo afinal fica no Manchester United.

Nem nas férias...

A pena certeira de Konk e a omnipresença da lavagem ao cérebro politicamente correcta.

Vox Populi

Ouvido esta semana, na esplanada de um restaurante da Baixa:

Primeiro jovem com ar "cool": "Fizestes aquilo que o outro pediu... aquela cena?..."
Segundo jovem com ar "cool": "O memorando? Fiz..."
Primeiro jovem com ar "cool": "E pusestes tudo lá?... Pusestes as cenas todas?"
Segundo jovem com ar "cool": "Pus meu, pus... é pá, não era isto que eu estava à espera de fazer... mas o meu velho é que me arranjou esta cena, percebes? Mas eu não curto nada, mesmo nada..."
Primeiro jovem com ar "cool": "Iá... iá."
Segundo jovem com ar "cool": "Um gajo não se sente na dele, percebes, não está a curtir, eu queria mesmo era assim uma cena ligada ao surf, ao mar, tás a ver? Tu sabes do que eu gosto, meu..."
Primeiro jovem com ar "cool": "Iá... fala ao teu velho, meu, diz-lhe que não curtes esta cena, explica-lhe que fizestes mal em dizer que sim..."
Segundo jovem com ar "cool": "Tás maluco, man, o velho flipava, o velho passava-se! Fogo! Então o meu! Fooogo!"
Primeiro jovem com ar "cool": "Iá, tens razão... mas tá mal, tá mal... anda-se mal."
Segundo jovem com ar "cool": "Foooogo!"

Convém recordar

A propósito do achincalhamento a que Alexandre Soljenitsine e O Arquipélago de Gulag foram submetidos pela máquina do PCP e pelo seu aparelho de "intelectuais" quando da edição do livro em Portugal, e que o BOS refere no postal anterior, convém recordar um artigo do inevitável José Saramago no então comuníssimo Diário de Notícias, no qual o futuro Nobel da Literatura se refere ao escritor e dissidente soviético como "um furúnculo que é preciso lancetar". O discurso é o homem.

Na hora da morte de Soljenitsine

Um dos escritores que sempre frequentei com agrado. Muito mais que o simples denunciador das prisões e dos campos de trabalho forçado da antiga União Soviética. Iniciei-me com os dois volumes do «Arquipélago Gulag», prossegui com «Um dia na vida de Ivan Denisovich», continuei com outras obras, de «O pavilhão dos cancerosos» a «O erro do Ocidente».
Preso, julgado por traição e finalmente condenado ao exílio na libérrima URSS, instala-se nos Estados Unidos. Maldiz o sistema ocidental, o capitalismo, as aparências de liberdade. Chega a afirmar que os dois sistemas que conheceu são erróneos. Diminuído em Portugal pela cultura dominante, achincalhado pela máquina do PCP, Soljenitsine pagou o alto preço da independência e da nobreza de carácter. Foi, acima de tudo, um escritor de inspiração religiosa, com páginas místicas, que a crítica independente colocará no lugar próprio, na linha dos grandes perseguidos russos, que remonta pelo menos a Pushkin e Dostoievski.

Miséria dos media

No noticiário das 11.00 de hoje, a SIC Notícias relegou a morte de Alexandre Soljenitsine para depois da informação sobre o futebol, mesmo no final do bloco informativo. Enquanto isso, a BBC World abriu o seu noticiário com um "especial" de quase 10 minutos sobre o autor de O Arquipélago de Gulag e Prémio Nobel da Literatura.

Alexandre Soljenitsine (1918-2008)

"I can't say that I wrote my books in order to open the eyes of the West to what had been going on in the East. Above all, I wrote all my books for the benefit of my own people, for the Russians, because [we] ourselves don't know our own history."

"It is time, in the West, to defend not so much human rights as human obligations."

"The main achievement is that Russia has revived its influence in the world. But morally we are too far from what is needed. This cannot be achieved by the state, through parliamentarianism... As far as the state, the public mind and the economy is concerned, Russia is still far away from the country of which I dreamed."

Para onde vai o nosso dinheirinho (2)

Prejuízo do Teatro Nacional D. Maria II, acumulado pelo recém-dissolvido Conselho de Administração: 1.947.151 euros.

Se Mugabe fosse branco...

... a conversa era outra, completamente diferente.