sábado, maio 31, 2008
Não é irónico que, sabendo-se o pó que Humberto Delgado tinha ao comunismo, e tendo o PCP feito tudo para desacreditar, boicotar e isolar o general após este ter ido para o exílio, contribuindo directa e indirectamente para a sua morte, apareçam agora nas sessões comemorativas dos 50 anos da campanha eleitoral de 1958, militantes comunistas a elogiá-lo? Estes rançosos estalinistas portugueses não têm mesmo vergonha nenhuma na cara.
sexta-feira, maio 30, 2008
quinta-feira, maio 29, 2008
Acreditem, que é verdade
Da imprensa inglesa: "Um condutor de 18 anos que circulava na localidade de Melksham foi obrigado por um polícia a remover uma bandeira de Inglaterra do seu carro, porque podia ser ofensiva para os imigrantes e configurar uma atitude racista. Ben Smith foi avisado de que a recusa de remoção da bandeira seria punida com uma multa de 30 libras. O jovem contou que primeiro desatou a rir 'porque pensei que o agente estava a brincar, mas depois percebi que ele estava a falar a sério e tive que a tirar logo da parte de trás do carro. É um disparate. Este é o meu país e quero mostrar que o apoio'". Pois, mas parece que a polícia não deixa.
quarta-feira, maio 28, 2008
terça-feira, maio 27, 2008
Preocupações nucleares
O ex-Presidente dos EUA Jimmy Carter disse no País de Gales que "Israel tem cerca de 150 armas nucleares". O número adiantado por Carter peca por defeito. O arsenal nuclear da Pequena Democracia do Médio Oriente (PDMO) deve andar pelas 200 ogivas. Carter já começou a ser atacado nos EUA por causa destas afirmações. É que além de ter tocado no tema tabu do armamento nuclear da PDMO, também disse, na mesma ocasião, que a maneira como Israel está a tratar os palestinianos é "um dos maiores crimes do mundo no campo dos direitos humanos", e acrescentou a Europa está "deitada" perante o poder de Telavive. Mas o que interessa, o que é mesmo importante, o que fornece manchetes preocupadas aos media e inquieta Washington e Bruxelas é o ameaçador programa nuclear do Irão, não é?
Tudo na mesma
Uma pessoa regressa a Portugal após quase duas semanas no estrangeiro, liga a televisão para ver o que há de novo, e apanha com vários e muito berrados anúncios de apoio à selecção de futebol, um debate sobre o futuro financeiro do Sporting, uma promoção histérica de uma entrevista exclusiva com o novo treinador do Benfica, um programa sobre a ida de José Mourinho para o Inter e um longo, interminável "directo" para o estágio da selecção, em que um qualquer "responsável técnico" cuspinha inanidades, em resposta às perguntas imbecis dos jornalistas. Pois é, nada de novo em Portugal.
Televisivamente correcto
Na televisão estatal francesa já não pode ser utilizada a palavra "gitan" para referir os ciganos. A expressão obrigatória é agora "gens du voyage".
domingo, maio 25, 2008
Alarme em Amesterdão
Lido no Le Monde deste fim-de-semana: "Em Amesterdão, cidade onde o culto religioso està em recessão quer entre os catolicos, quer entre os protestantes, as igrejas que ficam devolutas são transformadas em discotecas, galerias de exposições, departamentos camaràrios, salões de beleza ou escritorios. Segundo um intelectual nascido e criado na cidade, 'Não é bonito, mas antes isso do que virarem mesquitas. Faremos tudo para que tal não aconteça'. Em menos de dez anos, o islamismo serà a primeira religião da Holanda".
sábado, maio 24, 2008
Que estranho!
A França é um país muito estranho. Aqui, ninguém fala do Europeu de Futebol, as televisões não passam o tempo a encher os olhos e os ouvidos dos telespectadores com notícias da bola, anúncios da transmissão de jogos e programas de debate de futebol, e os telejornais não só não abrem com notícias do reino do pontapé na chincha, como são preenchidos com notícias do país e do mundo, reservando apenas um ou dois minutos para a actualidade desportiva. Que país tão estranho, que televisões tão esquisitas!
quinta-feira, maio 22, 2008
Racismo africano
Das gazetas e da televisão: "Violentas manifestações de xenofobia e racismo na Africa do Sul contra imigrantes do Zimbabwe e de Moçambique". Curioso, não fazia ideia de que a extrema-direita e os skinheads tinham tanta força numa nação africana com governo de maioria negra...
segunda-feira, maio 19, 2008
O exemplo italiano
Uma operação-surpresa levada a cabo pelo novo governo italiano, contra a criminalidade ligada à imigração, permitiu capturar, numa série de cidades transalpinas, cerca de 400 estrangeiros associados ao comércio de droga, proxenetismo, roubo organizado, venda ou falsificação de documentos de identidade e contrafacção. Muitos dos detidos foram deportados em poucas horas para as suas origens. Ora eis aquilo a que se chama um bom exemplo de politica de imigração, sobretudo se tivermos em conta que existem cidades italianas - caso de Castel Volturno, na Campania - onde a Camorra "subcontratou" a actividade criminosa a gangs de imigrantes ilegais nigerianos.
quinta-feira, maio 15, 2008
Adeus, patrão
George W. Bush viajou até Israel, alegadamente para comemorar os 60 anos da Pequena Democracia do Médio Oriente. Na realidade, foi receber as derradeiras ordens antes de deixar a Casa Branca, e saber o que tem que transmitir ao seu sucessor. Ou seja, foi-se despedir do patrão.
quarta-feira, maio 14, 2008
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço...
...ou a República (Bananeira) do quero, posso e mando.
terça-feira, maio 13, 2008
domingo, maio 11, 2008
Títulos
O nome dos processos em Portugal denota a falta de inspiração natural de quem viu demasiados filmes americanos. Veja-se por exemplo o "Apito final", como se a corrupção no futebol tivesse acabado...
sábado, maio 10, 2008
Partam-lhes a espinha
Não sigo o futebol, não percebo nada de futebol, desprezo o mundo do futebol e todos aqueles que vivem nele, dele ou encostados a ele, incluindo "comentadores", pseudo-"fazedores de opinião", empresários e classe política. E repugna-me a forma verdadeiramente totalitária como o futebol se transformou na grande obsessão dos portugueses - grande, mas indigente -, como monopoliza as conversas, domina os media (em especial as televisões) e infiltrou promiscuamente em tudo. Por isso, dá-me um gozo especial ver a mafia do futebol a espernear e a vociferar por causa do 'Apito Final'. Mas é preciso dar-lhes ainda com mais força. Partam-lhes a espinha, para não mexerem mais.
sexta-feira, maio 09, 2008
"Por detrás do famigerado acordo"
O Carlos Portugal, em comentário ao meu apelo à assinatura da petição contra o acordo ortográfico, ofereceu-nos o seguinte texto que, pela sua qualidade e tendo a minha total concordância, não posso deixar de publicar como post. É caso para dizer que os leitores também vêm ao Jantar. Obrigado.
A aberração deste acordo (único apenas por - que eu saiba - nenhum outro país ou cultura se ter lembrado de uma imbecilidade a este nível) reside em três pontos de agenda inconfessáveis:
1º - Pressão dos grandes fabricantes de computadores, software e periféricos no sentido de uniformizarem tudo, impondo o teclado americano como padrão - sem acentos ou cedilhas - como em tempos aconteceu no Brasil, que engoliu o disparate como uma «modernidade». Depois, apareceram por lá programinhas (estou-me a lembrar de um chamado «fácil») para permitir, por combinação de teclas, repor os acentos e cedilhas.
É um negócio de milhões, pois também se incluem os programas de processamento de texto, dicionários, etc.
2º - Tentativa de anular por completo as editoras portuguesas, para que as brasileiras fiquem a deter o monopólio da edição em língua portuguesa. Essas mega-editoras brasileiras, intimamente ligadas às majors americanas, são uns monstros económicos, mas a qualidade dos seus produtos (livros) é na generalidade muito má. As traduções de livros técnicos, por exemplo, são absolutamente imprestáveis. Traduzem tudo à letra, inventando vocábulos, ficando o texto muitas vezes sem sentido.
3º - No Brasil houve recentemente a aposentação compulsiva de mais de uma centena de milhar de professores. Postos na prateleira. Assim, a sinistra ministra cá do burgo está a fazer tudo para que os nossos professores se demitam, ou sejam reformados antecipadamente, para darem lugar aos milhares de brasucas que virão - a preço de saldo - ocupar as vagas e trabalhar sob quaisquer condições. Trabalho escravo para sobreviverem.
É fácil, é barato, e dá milhões...
E é isto - para além da sempre presente tónica de destruição de culturas, de abastardamento de povos, de nivelamento por baixo - que está por detrás deste famigerado «acordo».
A aberração deste acordo (único apenas por - que eu saiba - nenhum outro país ou cultura se ter lembrado de uma imbecilidade a este nível) reside em três pontos de agenda inconfessáveis:
1º - Pressão dos grandes fabricantes de computadores, software e periféricos no sentido de uniformizarem tudo, impondo o teclado americano como padrão - sem acentos ou cedilhas - como em tempos aconteceu no Brasil, que engoliu o disparate como uma «modernidade». Depois, apareceram por lá programinhas (estou-me a lembrar de um chamado «fácil») para permitir, por combinação de teclas, repor os acentos e cedilhas.
É um negócio de milhões, pois também se incluem os programas de processamento de texto, dicionários, etc.
2º - Tentativa de anular por completo as editoras portuguesas, para que as brasileiras fiquem a deter o monopólio da edição em língua portuguesa. Essas mega-editoras brasileiras, intimamente ligadas às majors americanas, são uns monstros económicos, mas a qualidade dos seus produtos (livros) é na generalidade muito má. As traduções de livros técnicos, por exemplo, são absolutamente imprestáveis. Traduzem tudo à letra, inventando vocábulos, ficando o texto muitas vezes sem sentido.
3º - No Brasil houve recentemente a aposentação compulsiva de mais de uma centena de milhar de professores. Postos na prateleira. Assim, a sinistra ministra cá do burgo está a fazer tudo para que os nossos professores se demitam, ou sejam reformados antecipadamente, para darem lugar aos milhares de brasucas que virão - a preço de saldo - ocupar as vagas e trabalhar sob quaisquer condições. Trabalho escravo para sobreviverem.
É fácil, é barato, e dá milhões...
E é isto - para além da sempre presente tónica de destruição de culturas, de abastardamento de povos, de nivelamento por baixo - que está por detrás deste famigerado «acordo».
quinta-feira, maio 08, 2008
terça-feira, maio 06, 2008
Como disse?
Pedro Passos Coelho acaba de afirmar com convicção numa entrevista de fundo à SIC Notícias, que Fernando Nogueira foi "um grande político e um grande governante". Curioso, nunca reparei nisso. Eu e muitos mihões de portugueses.
Chegou atrasado
Aquele rapaz Bob Geldof, que se reformou de rocker para se reciclar em salvador profissional da humanidade, com especialidade em África, disse hoje em Lisboa que Angola "é governada por criminosos". Mas só agora é que ele reparou nisso?
domingo, maio 04, 2008
Ainda as desculpas
Numa entrevista dada a um diário, a propósito da reedição do seu livro A Expansão Quatrocentista Portuguesa, o professor Vitorino Magalhães Godinho diz a certa altura, a propósito da escravatura: "Eu não tenho nada que ver com o que fizeram os homens do século XV. A culpa não se transmite de pais para filhos, não é hereditária". Uma frase à atenção dos pressurosos construtores de memoriais e profissionais dos pedidos de desculpa com retroactivos históricos.
Em Defesa da Língua Portuguesa: Contra o Acordo Ortográfico
«(...)sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado), e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia. (...)»
Paneleirices
A manchete do «Público» de ontem não deixa dúvidas: «70% dos portugueses consideram que as relações homossexuais são "erradas"». Para a brigada do politicamente correcto, percebe-se que são números "preocupantes". Na notícia, baseada no Inquérito Saúde e Sexualidade (2oo7), feito pelo ICS, uma das autoras, utilizando o jargão dos sociólogos bem-pensantes, não hesita em afirmar que "Portugal ainda é um país homofóbico". "Ainda"... porque com certeza os "donos da verdade" estão a trabalhar para mudá-lo.
É curioso como aqui a opinião da maioria é mal vista. Nestes casos o povo é ignorante, retrógrado e sei lá que mais. A investigadora fala em "masculinidade tradicional e homofóbica em Portugal" e fica surpreendida com a opinião dos jovens: "Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas".
Outro dado curioso é a "queda" (mas alguém alguma vez acreditou nisso?) do mito dos 10% de homossexuais, já que apenas 0,7% se assumem como tal.
Mas não se preocupem, logo teremos o excepcional (des)governo a "tratar" disto. Aí virão os casamentos homossexuais, o direito destes à adopção, etc. E tudo perante a passividade, quando não cumplicidade, das direitas curvas. Como dizia o outro: qualquer dia é obrigatório!
É curioso como aqui a opinião da maioria é mal vista. Nestes casos o povo é ignorante, retrógrado e sei lá que mais. A investigadora fala em "masculinidade tradicional e homofóbica em Portugal" e fica surpreendida com a opinião dos jovens: "Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas".
Outro dado curioso é a "queda" (mas alguém alguma vez acreditou nisso?) do mito dos 10% de homossexuais, já que apenas 0,7% se assumem como tal.
Mas não se preocupem, logo teremos o excepcional (des)governo a "tratar" disto. Aí virão os casamentos homossexuais, o direito destes à adopção, etc. E tudo perante a passividade, quando não cumplicidade, das direitas curvas. Como dizia o outro: qualquer dia é obrigatório!
sábado, maio 03, 2008
O Portugal da "passa"
Das gazetas, rádios e televisões: "Marcha Global da Marijuana em Lisboa, Porto e Coimbra visa chamar a atenção para as vantagens da legalização, cultivo, venda e consumo de cannabis". Perseguem-se, demonizam-se e criminalizam-se os tabagistas por um lado, e pelo outro estimula-se a legalização dos maconheiros. Enfim, deve ser mais um sinal positivo do "Portugal que progride". A chupar na "passa".
sexta-feira, maio 02, 2008
quinta-feira, maio 01, 2008
E por falar em assaltos a esquadras...
Ainda não chegámos aos extremos do filme de culto de John Carpenter Assalto à 13ª Esquadra, mas pelo andar da carruagem...
Volto já
Parece-me que a melhor maneira de evitar episódios lamentáveis, como este da esquadra com um polícia só que foi invadida por energúmenos, é muito simplesmente esta. O solitário agente arranja um daqueles letreiros onde se lê 'Volto já' e que os empregados dos estabelecimentos comerciais utilizam quando vão almoçar ou têm que se ausentar, pendura-o na porta da esquadra, sai e só regressa quando tiver reforço de camaradas. É fácil, é barato e evita depredações e humilhações. E também termos que ouvir, nos telejornais, o insofrível ministro da Administração Interna a fingir que está muito indignado e preocupado com a falta de segurança, nas ruas e nas esquadras.