terça-feira, janeiro 31, 2006
Outro paradoxo
Uma presidencial
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Promoção da homossexualidade e outros fundamentalismos
Diálogos Doutrinários (em Memória de Rodrigo Emílio)
— Sou Tradicionalista, do ponto-de-vista Histórico.
— Afinal, não estás agarrado à cultura da tourada e do fado...
— Sou Vanguardista, do ponto-de-vista Cultural.
— Como é que consegues ser desprendido das coisas materiais?
— Sou Aristocrático, do ponto-de-vista Espiritual.
— É estranho... Tens referências de que eu gosto...
— Sou Cosmopolita, do ponto-de-vista Estético.
— Mas tu não és pelos ricos e contra os pobres?
— Sou Justicialista, do ponto-de-vista Social.
— Eu pensava que tu eras conservador...
— Sou Revolucionário, do ponto-de-vista Ontológico.
Olha como ele sabe!...
Príncipe Bernhard, fundador do Clube Bilderberg
domingo, janeiro 29, 2006
Batem leve, levemente...
Da Música
Falta de memória
Pelo ralo abaixo
sábado, janeiro 28, 2006
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Cultura de serviço público
As artes a que temos direito
Há cinquenta anos. Pois é. Ainda no Estado Novo, a criação artística foi entregue, numa bandeja, à esquerda (comunistas, católicos progressistas e outros artistas). Pensaram — alguns brilhantes estrategas pré-marcelistas — que, assim, a esquerda não conspiraria politicamente e se manteria entretida. O resultado viu-se. Entrou-nos pela casa dentro...!
Coisa triste esta de entender as artes como algo de acessório sem perceber que as revoluções políticas são sempre precedidas de revoluções culturais. A esquerda sabe-o e pratica-o.
Por outro lado, a direita-torta a que temos direito, passou a dedicar-se, nestas coisas das artes, às antiguidades. Conservadora que é, faz conservação e restauro. Restauro de trecos, entenda-se, que a Restauração Nacional dá muito trabalho!
O resultado prático desta situação continua: as novas gerações são formadas esteticamente pelos símbolos produzidos pela esquerda — da Arquitectura ao Cinema, da Pintura ao Teatro —, e os meninos e meninas da "não-esquerda" entretêm-se nos salões de velharias...
Outra (grande) frase do dia
Ted Nugent, músico norte-americano
quinta-feira, janeiro 26, 2006
A (grande) frase do dia
Alan Ladd, «Shane»
Legítima defesa
O multiculturalismo e a imigração maciça geraram inevitavelmente conflitos sociais e trouxeram novas formas de criminalidade. Assistimos, paralelamente, à descredibilização e à falta de autoridade e capacidade das forças de segurança, controladas por um poder político cada vez mais toldado pelos ditames do politicamente correcto. Neste caso concreto, as cidades do Norte de Itália têm sido palco de um crescente número de assaltos perpetrados por imigrantes ilegais, na sua maioria albaneses, e por isso esta lei foi proposta pela Lega Nord.
Ainda bem para os italianos que, desta forma, perante a impossibilidade de actuação da polícia, se podem agora defender. Pior para países como o nosso, onde nem nos defendem nem nos deixam defender.
Diz-me como falas...
É ouvi-la, toda contente — reconfortada pela dose q. b. de politicamente correcto —, dizer: "Ponte 25 de Abril"; "Guerra Colonial"; "Ditadura de Salazar"; "Fascista" e "Neo-Nazi" (a torto e a direito); e, por aí fora...
Pela boca morre o peixe e assassina-se uma Nação.
É sinistro!
Platina e chumbo
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Afinidades
Desvitalizado
Os novíssimos bárbaros
terça-feira, janeiro 24, 2006
Essa faz-me lembrar aquela
"Os homens dividem-se na vida prática, em três categorias - escrevia Pessoa num dos textos - os que nasceram para mandar, os que nasceram para obedecer e os que não nasceram nem para uma coisa nem para outra. Estes últimos julgam sempre que nasceram para mandar; julgam-no mesmo mais frequentemente que os que efectivamente nasceram para o mando."
Da função pública
E, já agora, algumas das compras culturais...
DVD: «Le Doulos», «Le Deuxiéme Souffle» (Jean-Pierre Melville), «Pickpocket» (Robert Bresson), «Le Bossu» (André Hunebelle), «Le Crabe-Tambour», «L'Honneur d'un Capitaine» (Pierre Schoendoerffer).
Rápidas impressões de uma breve viagem a Paris (4)
Rápidas impressões de uma breve viagem a Paris (3)
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Rápidas impressões de uma breve viagem a Paris (2)
Rápidas impressões de uma breve viagem a Paris
- «Jihad pelo fogo»
- «Paris será um imenso subúrbio»
- «Paris vai arder»
- «Paris em chamas»
- «Biko, Biko»
- «Biko connosco»
- «Sarkozy espanca-nos, vamos 'partir' uns brancos»
- «Ódio»
Pura Doutrina II
ALFREDO PIMENTA in «Três Verdades Vencidas — Deus, Pátria, Rei»
domingo, janeiro 22, 2006
Quentes e boas
Pura Doutrina
ANTÓNIO SARDINHA in «Ao Princípio era o Verbo»
Diálogo eleitoral
Pai: - É algo muito menos divertido que um golpe de estado, mas mantém as pessoas contentes...
Quem te avisa teu amigo é
JOSÉ DE ALMADA-NEGREIROS in «Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX»
sábado, janeiro 21, 2006
As coisas sem causas
Muito finos, mas ignorantes.
Muito inteligentes, mas tolos.
Classe média, "cultura" dos media.
Gente mediática, meia-tijela.
Conversadores, como papagaios.
Calados, e desastrados.
Gente simpática, mas pouco séria.
Aperto-de-mão, olhar no chão.
Pobretes, mas alegretes.
Dia de reflexão (sem Vénus)
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Três apontamentos de café
Têm um ar apressado; e, no entanto, nada têm para fazer.
Não sei o que mais me enjôa: se a esquerda mal-cheirosa ou a direita mal-perfumada.
O “morto”
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Artistas portugueses
Para lamentar
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Identidade
com um silêncio de cobardia,
e ardendo em chamas chamou vitória
ao medo e à morte daquele dia;
A esse eu quero negar-lhe a mão,
negar-lhe o sangue da minha voz
que foi ferida pela traição
e teve o nome de todos nós.
E o que diz Pátria, sem ter vergonha
e faz a guerra pela Verdade,
que ama o Futuro, constrói e sonha
Pão e Poesia para a Cidade;
A esse eu quero chamar irmão,
sentir-lhe o ombro junto do meu,
ir a caminho de um coração
que foi de todos e se perdeu.
ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA
terça-feira, janeiro 17, 2006
Coisas do demo
Logo hoje, no dia em que Walter Ventura refere — no seu O Diabo a Sete — este «Jantar das Quartas», recém aparecido na "Rede", mas que já alimenta o espírito de muito boa gente.
(Vou ali, continuar a ver A Filha do Duce, e já volto.)
No cinema
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Chamar os bois pelos nomes sem ter medo
Pat Buchanan, in «The American Conservative», Janeiro de 2006
Só para homens
Já repararam que não existem mulheres nestas três superiores formas de expressão?
Rifões
Sina lusitana
Portugal Maior
Ano Mozart
Primeiro adolescente: «Olha, uma revista sobre o Mozart...»
Segundo adolescente: «Quando é que ele viveu? Foi no século XIX, não foi?»
Primeiro adolescente: «Sei lá, pá! Foi há bué, no mundo antigo...»
Entre cervejas
Primeiro homem : «O Marx é que percebeu tudo, pá, tenho os livros dele todos lá em casa: a mais-valia, o índice de exploração, o capital industrial, o, o... foi o Marx, pois foi.»
Segundo homem: «E depois os tipos do dinheiro pegaram nisso tudo e viraram tudo contra os trabalhadores! Esses gajos, o Belmiro, o Amorim, e o outro, aquele do banco BCP... sabes quem é, não sabes?»
Primeiro homem: «E o Mário Soares, pá, o Mário Soares também está cheio dele!»
Segundo homem: «Obrigado!... O Bin Laden é que a sabe toda. O Bin Laden é que vai dar cabo desses filhos da puta todos!»
Primeiro homem: «O Bin Laden não é parvo nenhum! Filhos da puta! Vai rebentar com esta porcaria toda!»
Segundo homem: «Visto ontem o jogo? O Sporting não jogou um corno! Aquilo é só gastar dinheiro e nada!»
Primeiro homem: «E o Belenenses? E o Belenenses? Porra, aquilo é uma desgraça...»
Segundo homem: «Filhos da puta!...»
domingo, janeiro 15, 2006
Dúvidas eleiçoeiras
— Porque usam eles só quarenta palavras quando a Língua Portuguesa tem largas centenas?
— Qual é afinal o papel das mulheres, companheiras ou lá o que são?
— Tomarão eles banho todos os dias?
— Para quê tanto barulho se vão caber em meia página da História de Portugal de Veríssimo Serrão?
O melhor da campanha
Interlúdio Cinematográfico II
ROBERT BRESSON
Orientações
JOÃO BIGOTTE CHORÃO
sábado, janeiro 14, 2006
A caneta de Faizant parou de desenhar
Leituras de fim-de-semana III
Leituras de fim-de-semana I
sexta-feira, janeiro 13, 2006
Viva a música
Mais Quadrantes Musicais muito meus
Chet Baker e Stan Getz;
Heróis do Mar e Joy Division;
Kraftwerk e Kruder & Dorfmeister.
Pergunta séria, resposta a sério
Julius Evola
R: - Antes de mais, não cair.
Camarada polícia
Ordem de mérito à estopada
Quadrantes Musicais muito meus
De Ramones a Pixies;
De Cocteau Twins a Portishead;
De José Campos e Sousa a Rodrigo Leão.
O «onze» ideal
Mandamentos do homem moderno para dar nas vistas e ter sucesso:
2. Usar gravatas tipo palhaço.
3. Dizer às amigas que tem amigos gay.
4. Andar em cursos de danças latinas.
5. Ir ao Brasil todos os anos.
6. Falar alto nos restaurantes in.
7. Ler a "Visão".
8. Ver exposições de arte contemporânea.
9. Andar de "jeep" na cidade.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Para acabar com a juventude
Cavaco Silva - Soraia Chaves, na condição de nunca, mas nunca, abrir a boca.
Manuel Alegre - O pequeno Saúl, infinitamente mais articulado e castiço que o Pacman.
Mário Soares - O Harry Potter, porque só com feitiçaria é que ele consegue ser eleito.
Anacleto Louçã - O Nélito dos «sketches» de Herman José.
Jerónimo de Sousa - Qualquer camarada que saiba quem é Elvis Presley.
Errar é humano...
E ainda mais jovens
A malta é jovens
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Sociologia
Jantarada
PLS
terça-feira, janeiro 10, 2006
Pequenas grandes satisfações
Ao José Alberto Xerez
FERNANDO PESSOA
Pausa Poética I
A sala do castelo é deserta e espelhada.
Tenho medo de Mim. Quem sou? De onde cheguei?...
Aqui, tudo já foi... Em sombra estilizada,
A cor morreu — e até o ar é uma ruína...
Vem de Outro tempo a luz que me ilumina —
Um som opaco me dilui em Rei...
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
Etiópia pop
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Reflexão de final de noite
Já que estou com a mão na massa...
Responda quem souber
A Cultura que veio do frio
Três cartazes
Mas não. Não chegou ninguém de Marte. E os que por cá mourejam, calejados de trinta anos, desfilam indiferentes sob os cartazes garridos. Um casal de namorados lambuza-se mesmo nas barbas de Alegre. Um velhote encanecido urina numa árvore aos pés de Soares. Uma mulher, dois sacos de supermercado numa mão, fala ao telemóvel com um amiga sob o olhar sorridente de Cavaco. Parece que o salpicão é mais barato no Pingo Doce. Nenhum dos candidatos conhece estas verdades elementares da existência.
Reciprocidade blogosférica
Do português
José de Almada-Negreiros
Ainda a Cultura
Fernando Pessoa
domingo, janeiro 08, 2006
Da Cultura 2
Da Cultura
Doutrina social
Encontrei um amigo, de muitas afinidades mas de berço diferente, que não via há muito tempo. O meu filho tratou-o por tio. Ele, espantou-se e disse: «Não me trates por tio, eu sou o Manel». Teve a seguinte ─ certeira e surpreendente ─ resposta duma criança de sete anos: «Trato-o por tio porque o meu pai o trata como irmão».
Voz de veludo
Níveis de pachorra excedidos
Pai da Pátria
Outra das minhas frases favoritas
Georges Courteline (Romancista, dramaturgo e humorista)
Uma das minhas frases favoritas
Hugh Hefner (Editor da «Playboy» e homem de grande gosto em mulheres e cinema)
sábado, janeiro 07, 2006
Tradição e Vanguarda
O salto em frente será sempre dado a partir da espiritualidade ─ e visceralidade ─ que atravessa o Corpo da Pátria.
Foi assim com o Futurismo. Da História para o Futuro, através da Estética.
Olhar e saber ver mais além. Criar novas formas para ideias renovadas e com essas mesmas formas novas recriar mais uma vez as ideias.
Imparável dinâmica.
Com alegria e ironia; mas, com realismo e pessimismo. Com força atlética; mas, com serenidade. Com modernidade; mas, tradicionalmente.
Beber no Passado para voar no Futuro. Sem medo.
O seguro de Vida da Pátria tem Mil Anos.
Novas imagens serão criadas para louvar os Eternos Valores. As palavras bailarão ao som das novas músicas. As belas raparigas redescobrirão o fascínio pelos Heróis do Passado e do Futuro!
A Torre, lá em cima, vigia. E o Castelo lembra-nos que a Nação se forjou na Reconquista e que os tempos são ─ de novo ─ de Refundação: Estética, Cultural, e etc e tal.
Cada um trata da sua menina. Cada macaco no seu galho. Cada soldado na sua trincheira.
Encham-se as canetas de tinta permanente ─ de sangue ─ e: escreva-se, escreva-se, escreva-se.
Pintores: Alerta! Façam-se novos retratos e novas paisagens do agora triste Portugal. Tendes a vista toldada, bem sei. Lavai os olhos; e, olhai de novo ─ e: pintai, pintai, pintai! Ai.
Novos exemplos de anti-semitismo
- Dizer que o último filme de Woody Allen é uma porcaria.
- Dizer que o novo livro de Philip Roth é intragável.
- Dizer que Jorge Sampaio foi um péssimo presidente.
Mais Ferro para o Jantar
De António Ferro para Eurico de Barros
A minha pátria é a língua portuguesa
Rapariga: «Óla ali um tásse vazio, mandó parar!»
Rapaz: «Olha o spide do man, não pára nada, hehe, vai maluco! Ganda maluco!»
Rapariga: «Da-se, Fábio! Qual é a tua, man? Pá, man! Já vou atrasada, da-se!»
Rapaz: «Da-se, Vânia, não viste o spide dele? Não viste? Esta gaja, da-se...»
Rapariga: «Os meus pais vão flipar, Fábio!... pá!»
Rapaz: «Oh... dasssse, Vânia!...»
Cultura geral
Primeira adolescente, brinquinho cravado na narina, olhando a capa de «O Código Da Vinci», de Dan Brown: «Olha este... já lestes?».
Segunda adolescente, umbigo à mostra: «Anhh... não. A minha mãe diz que é muita bom».
Primeira adolescente: «Sobre o que é a história?».
Segunda adolescente, apontando para a capa: «Parece que é sobre esta pintura que aparece nos livros».
Educação nacional
Primeiro adolescente: «Não sabes quem foi o Marcelo Caetano? Foi o último rei do fascismo e foi morto pela República».
Segundo adolescente: «Não, eles mataram foi o São Carlos!»
Em casa de ferreiro 2
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Em casa de ferreiro...
À mesa
Muitos anos depois, Papini viu num livro a imagem acabada do desconhecido desse dia. O coração sobressaltou-se-lhe de comovido pasmo: era o retrato de Nietzsche.
O futuro escritor da "História de Cristo" foi afagado um instante pela mão que escreveu "O Anticristo". Que o episódio sirva de concílio e mote à hora em que nove amigos de tendências várias se atrevem juntos à estrada da blogosfera.
Boa Noite
Então, o rumo de quem quer manter a mente lúcida — e o bom-gosto a salvo — é este: trocar ideias com gente que pensa pela sua própria cabeça — e que sabe estar à mesa e que aprecia um bom vinho e uma boa conversa —, mas que não se acomoda aos rasteiros confortos pequeno-burgueses, nem embarca em delírios optimistas, nem alinha em salamaleques.
Por mim, continuarei sempre a falar daquilo que gosto, à minha maneira: livros, quadros, filmes. Não necessariamente por esta ordem, ou outra qualquer. Fazê-lo aqui, entre Homens Cultos, é um prazer e uma honra. Além do mais... — Lava-me a alma!
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Ariel mata mais branco
- Em 1953, e após haver integrado, oito anos antes, a organização sionista de luta armada Haganah, Ariel Sharon tornou-se líder da Unidade 101, criada para combater os árabes, tendo comandado um operação sangrenta contra a aldeia de Kibya, na Cisjordânia, fazendo explodir 45 casas e matando 69 moradores. As acções terroristas dessa unidade incluíram tantas mortes de civis palestinianos, que foi emitida uma ordem proibindo matar mulheres e crianças.
- Em 1956, Sharon foi acusado pelos seus superiores de insubordinação e desonestidade na campanha do Canal do Suez. Segundo o historiador militar israelita Martin Van Cheveld, da Universidade Hebraica de Jerusalém, os soldados de Sharon avançaram «da forma mais incompetente possível, resultando tal acção numa batalha totalmente desnecessária, que se tornou a mais sangrenta da guerra». Na ocasião, os seus próprios comandados acusaram Sharon de oportunismo desumano, para tentar construir a sua reputação à custa deles.
- No início dos anos 70, e enquanto comandante militar no sul de Israel, Sharon reprimiu os palestinianos na faixa de Gaza, através de deportações em massa de famílias inteiras, chegando a abrir uma larga avenida no meio de um campo de refugiados, destruindo centenas de casas.
- Entre 1977 e 1981, Ariel Sharon foi Ministro da Agricultura no primeiro governo do Likud e organizou o primeiro grande movimento de colonização judaica nos territórios ocupados.
- Durante a invasão do Líbano em 1982, Sharon era Ministro da Defesa de Menachem Begin, e foi o responsável pelo massacre de mais de dois mil civis palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, localizados numa região de Beirute controlada por Israel e pelas milícias cristãs libanesas, que agiram durante anos a fio com procuração de Israel em acções assassinas coordenadas pelo exército judeu. O massacre de Sabra e Chatila provocou uma verdadeira comoção mundial, quando a comunidade internacional responsabilizou o governo de Israel pelos massacres. Foi instaurado um inquérito em Israel ao sucedido, que concluiu que Sharon tinha responsabilidade no massacre, sendo sugeriu que ele deixasse a pasta da Defesa.
- Sharon foi ainda ministro do Comércio e da Indústria entre 1984 e 1990, e supervisionou a gigantesca expansão de colónias judaicas no Ministério da Construção, entre 1991 e 1992.
- Ariel Sharon terá também estado na origem da proibição do escritor inglês John Le Carré de visitar Israel, após este ter escrito o livro «A Rapariga do Tambor», altamente crítico das acções clandestinas desenvolvidas pelos serviços secretos israelitas na Europa, visando a eliminação de militantes palestinianos. (Já agora, ver também o excelente filme homónimo de George Roy Hill que adapta o livro de Le Carré, com Diane Keaton, Yorgo Voyagis, Sami Frey e Klaus Kinski, nem por acaso «demolido» pela maioria da crítica americana à altura da sua estreia nos EUA, em 1984).
Aqui fica este material para a devida reflexão sobre este homem da paz (dos cemitérios) e da resolução (à mão armada) do problema do Médio Oriente.